Leitura do CPI americano deve definir direção dos mercados

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NESTA MANHÃ
Nesta manhã: Leitura do CPI americano deve definir direção dos mercados.
  • As bolsas asiáticas fecharam em baixa, após a divulgação de dados de inflação ao consumidor (CPI) da China e na expectativa para o CPI americano. O Xangai Composto recuou 0,35%, enquanto o Hang Seng teve queda de 1,96% e o Nikkei cedeu 0,65%. 
  • O índice de preços ao consumidor (CPI) da China avançou 2,7% em julho, na comparação anual, conforme divulgado pelo NBS. O resultado representa uma aceleração ante a alta de 2,5% do mês de junho. Contudo, ficou abaixo da previsão de alta de 2,9% dos analistas ouvidos pelo WSJ. Enquanto, em relação a junho, o CPI subiu 0,5%.
  • Ao passo que o índice de preços ao produtor (PPI) chinês desacelerou pelo nono mês consecutivo, o que sugere que a pressão inflacionária sobre a economia em geral está moderada. O PPI subiu 4,2% em julho, na comparação anual, após subir 6,1% em junho. A expectativa de analistas era de alta de 4,5%. Enquanto, ante o mês de junho, o PPI recuou 1,2%. 
  • As bolsas europeias oscilam perto da estabilidade, à medida que investidores se mostram cautelosos antes do CPI americano, que pode ajudar a determinar o ritmo da escalada dos juros da maior economia do mundo. Assim, o índice Stoxx Europe 600 opera praticamente estável, com alta de 0,03%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura em alta. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 2,79%. A taxa do Tesouro de dois anos excede a de 10 anos em quase 50 pontos-base. Essa inversão é vista como um sinal de uma recessão iminente sob a campanha de aperto monetário do Fed para conter a inflação.
  • Os contratos futuros do Brent caem 1,17%, a US$ 95,18 o barril.
  • O ouro recua 0,18%, a US$ 1.790,94 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 23 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: Vendas no Varejo PMC (Jun)
  • 09:30 EUA: Índice de Preços ao Consumidor CPI (Jul)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Com IPCA e ata do Copom dentro do esperado, o Ibovespa mostrou fôlego para levar a recuperação adiante, fechando com alta de 0,23%, aos 108.651,05. Após quatro pregões de queda, o dólar subiu 0,31%, a R$ 5,1300, em meio a ajustes de posições e movimentos de realização de lucro. 

Os juros futuros de médio e longo prazo subiram, recompondo parte dos prêmios devolvidos nas últimas sessões, enquanto a ponta curta ficou estável. Após dias consecutivos de forte alívio, a abertura da curva americana e o avanço do dólar serviram de pretexto para um ajuste, num dia de agenda pesada, mas sem surpresa. Além disso, a ata do Copom endossou a mensagem do comunicado de que a intenção do Copom é não subir mais a Selic e a deflação histórica do IPCA de julho ligeiramente acima da esperada não gerou reação.

De acordo com a ata do Copom, o ambiente externo mantém-se “adverso e volátil” devido a revisões para baixo no crescimento econômico em grandes economias em 2022 e 2023. Além disso, o Copom ainda destacou que segue acompanhando os riscos “de uma desaceleração global em ambiente de inflação significativamente pressionada”. As autoridades mencionam que os efeitos defasados da política monetária devem se intensificar no segundo trimestre de 2022, mas destacam que estímulos fiscais de curto prazo podem confundir a interpretação dos efeitos cumulativos da política monetária. Por outro lado, o comitê também enfatizou que permanecerá vigilante e avaliará se apenas a perspectiva de juros elevados por um período prolongado garantirá a convergência da inflação para a meta. Desse modo, deixa a porta aberta para mais algum aumento de juro, a depender das condições econômicas até a próxima reunião.

EXTERIOR

Os mercados acionários de Nova York registraram quedas. O índice Nasdaq exibiu perdas maiores, com papéis dos setores de tecnologia e serviços de comunicação em geral em queda, mas o Dow Jones esteve durante boa parte do pregão perto da estabilidade, em véspera de publicação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos. O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,18%, enquanto o S&P 500 caiu 0,42% e o Nasdaq recuou 1,19%.

Os rendimentos dos Treasuries subiram. Em uma sessão marcada pela agenda esvaziada, o foco do mercado esteve na divulgação do CPI americano de julho, que dará mais pistas dos próximos passos do Fed. O índice DXY recuou 0,06%, ao passo que os investidores se posicionavam para a leitura do CPI.  

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

 O IPCA de julho registrou queda de 0,68%, conforme divulgado pelo IBGE. A leitura foi levemente mais baixa do que as expectativas da Órama (-0,62%) e do consenso de mercado (-0,66%), acumulando alta de 10,07% em 12 meses. É a maior deflação da série histórica do Plano Real. Ao passo que, no ano, a alta acumulada é 4,77%.

Dos nove grupos que compõem o índice, dois apresentaram deflação e os demais avançaram no mês. A maior queda (-4,51%) veio do grupo Transportes, além do Habitação, que apresentou recuo nos preços de 1,05%. Já nos itens que mostraram elevações de preços, o maior impacto (0,28 p.p.) veio de Alimentação e Bebidas (1,30%), com Alimentação fora do domicílio acelerando (0,82%), subgrupo que representa a categoria de Serviços. Para ler o relatório completo de inflação, acesse aqui

POLÍTICA NO BRASIL

O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou na terça-feira (09) a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2023, que dá as bases para a formulação do Orçamento do próximo ano. A sanção presidencial foi publicada na edição de hoje (10) do Diário Oficial da União. O texto estabelece as diretrizes orçamentárias da União para 2023, incluindo: metas e prioridades da administração pública federal; estrutura e organização dos orçamentos; diretrizes para a elaboração e execução dos orçamentos da União; aplicação de recursos de fomento; regras para promoção da transparência no uso de recursos; e disposições relacionadas à dívida pública federal; além de despesas com pessoal, encargos sociais, benefícios pagos aos funcionários públicos federais; entre outros tópicos. (Poder 360)

O deputado Christino Áureo (PP-RJ), da base aliada de Jair Bolsonaro (PL), protocolou na Câmara dos Deputados uma proposta de emenda constitucional (PEC) para tornar permanente o Auxílio Brasil no valor mínimo de R$ 600. Além disso, o texto ainda estabelece que pelo menos 11 milhões de beneficiários recebam o vale-gás e garante uma dotação orçamentária de pelo menos R$ 500 milhões para o Programa Alimenta Brasil. Caso o projeto seja aprovado pelo Congresso, os dois programas também se tornariam permanentes. No entanto, o autor ainda está na fase da coleta de assinaturas. Desse modo, para que comece a tramitar, é necessário o apoio de pelo menos 171 deputados. (Valor)

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

PAINEL DE COTAÇÕES

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