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MAPA DE TENDÊNCIAS
Mapa de Tendências

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO : 17/11/2023
PERSPECTIVAS PARA AS CLASSES DE ATIVOS
CLASSE DE ATIVO | CURTO PRAZO | MÉDIO PRAZO | COMENTÁRIOS |
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Renda Fixa – Pós | ![]() | ![]() | O Brasil está hoje em um momento mais avançado da política monetária, na comparação com outros países. Iniciamos o ciclo de corte de juros em agosto, saindo de 13,75%. Hoje já estamos em 12,25%, com guidance de corte de 50 bps para as próximas reuniões. Esperamos encerrar o ano de 2023 em 11,75% e com a Selic terminal de 9,5%, finalizando o ciclo de queda no terceiro trimestre de 2024. Na última ata, o BC trouxe a mensagem de cautela, principalmente com o cenário externo adverso. Ainda, no ambiente doméstico, a atenção com o fiscal, no que tange ao cumprimento das metas, e a necessidade de serenidade e moderação na condução da política monetária, dada a volatilidade no cenário e a possibilidade de reversões abruptas, foram destaques. Foi retirado do documento o trecho que citava as condições para acelerar a magnitude dos cortes, o que na nossa visão já era improvável e ressaltando a baixa possibilidade disso acontecer. Desse modo, para o curto prazo, mantemos uma visão positiva, com boas oportunidades atreladas a altas taxas. Existem títulos bancários atrativos para 1 ano com taxas acima de 115% do CDI. Para prazos mais longos, a remuneração da renda fixa bancária chega a 120% do CDI. Contudo, para o médio prazo, o Focus projeta a Selic chegando a 8,75% em 2025, enquanto aqui na Órama esperamos uma Selic terminal de 9,5% Assim, entendemos que a perspectiva seja neutra, o que não significa que não existam excelentes taxas que devem ser aproveitadas. Nosso time de analistas acompanha os melhores papéis, que você pode acessar aqui. É válido destacar que a classe pós-fixada tem um papel importante na redução da volatilidade das carteiras, e por isso são componentes importantes da diversificação. |
Renda Fixa – Pré | ![]() | ![]() | A inflação tem apresentado um comportamento benéfico, principalmente nas aberturas de serviços e nos núcleos. Esses são os principais fatores analisados hoje pelo Banco Central para compreender a reação dos preços à política monetária, de modo que o resultado corrobora com o cenário de contínuos cortes da taxa nas próximas reuniões do Copom, apesar de um cenário mais desafiador no exterior. Em outubro, a elevação da percepção de risco fiscal, com a dificuldade na tramitação de medidas arrecadatórias no Congresso, e a perspectiva de juros altos por mais tempo nos EUA, levaram a um estresse no mercado de juros, o que resultou em uma subida de mais de 40 bps nos vértices intermediários e longos da curva. O DI para janeiro de 2033 voltou para patamares superiores a 12%, o que não se via desde maio deste ano. Contudo, com a aprovação da reforma tributária e alívio também do exterior, os juros futuros em novembro caem em todos os vértices. Para títulos bancários, é possível encontrar taxas acima de 12,5% a.a. para prazos maiores que 4 anos. É válido destacar que para a maior parte dos vencimentos ainda há taxas de dois dígitos nos ativos tributados, o que é atrativo, dada a expectativa da Selic em 9,5% no fim do ciclo e um cenário benigno para a inflação. Para os títulos públicos as taxas já ficam abaixo de 11% a.a., sendo marcados a mercado diariamente e com o benefício da liquidez. |
Renda Fixa – Inflação | ![]() | ![]() | Hoje temos um cenário melhor para a inflação no curto e médio prazos. Nossa projeção é que o IPCA feche 2023 em 4,5% (confira nossas projeções atualizadas). As últimas leituras da inflação foram positivas, refletindo a trajetória de desinflação que permite o ambiente para corte de juros. Comentários recentes do presidente Lula questionando a viabilidade da meta de déficit zerado em 2024, adicionaram incerteza no cenário A equipe econômica tentou conter os danos à credibilidade do arcabouço e, até o momento, a meta ainda não foi oficialmente alterada. Vale ressaltar que existem pontos de atenção também no exterior. As questões fiscais americanas, a política monetária dos EUA e o conflito no Oriente Médio, e, como efeito, os possíveis impactos no preço internacional do petróleo, são destaques. Cabe mencionar ainda que, independente da conjuntura atual ser um bom ponto de entrada, a renda fixa indexada à inflação é importante para qualquer investidor no Brasil em todos os momentos. Somos um país historicamente inflacionário, assim, a garantia de um juros reais, que nesse momento está elevado, é importante dentro dos portfólios, tanto para diversificação e proteção desse risco, como para potencial ganho de capital. O investidor pode aproveitar a oportunidade com ativos bancários, com juro real superior a 6%, para vários prazos Existem também títulos de crédito privado incentivado (isento de IR) com taxas variando entre 6 – 9% para diversos vencimentos e ratings diferentes. Para investidores que buscam um potencial maior de retorno e aceitam também uma volatilidade também maior, as NTN-B de prazos médios e longos, se apresentam como uma ótima oportunidade, conforme mostramos neste relatório. |
Imobiliário | ![]() | ![]() | O momento de inflexão do ciclo monetário é positivo para os fundos imobiliários. Esse mercado costuma se antecipar à recuperação da atividade, de modo que a perspectiva de juros mais baixos impulsiona as atividades do setor, pois significam um custo menor de financiamento aos empreendimentos. Contudo, as incertezas do cenário internacional e fiscal brasileiro, podem elevar a volatilidade da classe nesse momento, especialmente no segmento de FIIs de tijolo. Desse modo, precisamos ficar ainda mais atentos às oportunidades selecionadas pelos nossos especialistas. Para acompanhar nossas recomendações de FIIs, acesse as carteiras e confira a tabela de Cobertura de Fundos Listados. |
Agro | ![]() | ![]() | A agropecuária no PIB recuou apenas 0,9% no segundo trimestre, contrariando as projeções da Órama de queda de 8% na comparação trimestral. O resultado reforça a expectativa de uma safra histórica para 2023, mas deixa dúvidas em relação ao desempenho no 2° semestre e de 2024 frente aos desafios em torno da desaceleração econômica global iminente e dos efeitos do El Niño sobre a próxima safra. De acordo com o levantamento do IBGE, os produtores esperam uma safra 2,78% menor em 2024 para o grupo Cereais, leguminosas e oleaginosas, que engloba as principais commodities brasileiras. Em nossa visão, considerando o El Niño no próximo ano, é um panorama favorável. Desse modo, apesar das expectativas do fenômeno mais intenso no próximo ano, para o curto e médio prazos, para o Agro enquanto classe de ativo, as perspectivas são positivas em função da baixa inadimplência geral do setor. Com um cenário de queda de juros e a expansão do mercado de capitais como ferramenta de financiamento, os investimentos em CRAs ou FiAgros se apresentam como uma oportunidade interessante. |
Multimercado | ![]() | ![]() | A classe possui liberdade para operar em diversos mercados e com diferentes ferramentas. Com isso, os gestores podem migrar para as melhores oportunidades disponíveis em cada momento. Além disso, também podem adicionar retornos operando a volatilidade e a reprecificação de ativos globais. Vale destacar que diante da complexidade do cenário, os fundos vêm apresentando retornos aquém da performance histórica. De toda forma, enxergamos as perspectivas positivas para curto e médio prazo. Para conferir as escolhas da nossa equipe de análise, acesse aqui. |
Câmbio | ![]() | ![]() | De acordo com o estudo que fizemos, o câmbio real médio desde julho de 2000 se encontra em R$ 4,40 e o desvio padrão em R$ 0,89. – num exercício em que excluímos valores extremos, acima de R$ 7,00 e abaixo de R$ 4,00. Logo, admitindo que o desvio padrão possa ser usado como uma proxy para o risco, e que a situação fiscal do país está melhor, diante das aprovações do novo arcabouço fiscal e da reforma tributária, se supusermos a média acrescida de meio desvio (risco caindo) encontraremos uma taxa de R$ 4,85, que, em nossa análise, sugere o preço de equilíbrio para as condições de momento. A nossa projeção de dólar médio para 2023 e 2024 está no intervalo de R$ 5,00 e R$ 5,10. O momento de indefinição fiscal no Brasil e o cenário incerto no exterior, com os riscos fiscais, política monetária incerta e guerra no Oriente Médio como os principais drivers, aumentam a volatilidade da moeda. Como a cotação atual está próxima ao que consideramos o câmbio de equilíbrio, alteramos a perspectiva de curto prazo para neutro, mantendo a mesma visão para um horizonte mais longo. Caso o nosso cenário base se concretize, com o andamento da agenda econômica e melhorando a percepção de risco, o câmbio pode caminhar para se aproximar da média histórica de R$ 4,40. |
Commodities | ![]() | ![]() | O Índice de Commodities–Brasil (IC-Br) acumula uma queda de 12,7% no ano até outubro de 2023 e 10,75% em 12 meses. A abertura do índice mostrou um recuo no mês apenas nas commodities metálicas (-0,32%), enquanto energia e agro subiam 2,34% e 0,85% respectivamente. O mercado de commodities está bastante sensível às incertezas sobre o setor imobiliário chinês e reagindo de forma expressiva ao noticiário sobre estímulos do governo. A dificuldade da atividade econômica chinesa mostrar tração é um dos fatores que afeta diretamente a cotação global de minério de ferro. Em relação ao petróleo, é importante acompanhar o desenrolar da guerra no Oriente Médio. Por enquanto, o conflito segue limitado ao Hamas e a Israel. Porém, dada a posição estratégica da região para o comércio global de petróleo, caso haja o envolvimento de potências como o Irã, é possível que o preço do barril dispare. Como há diversas forças atuando sobre os preços de commodities, o cenário prospectivo, e o consequente impacto sobre a inflação, é ainda incerto, de modo que mantivemos a perspectiva neutra no curto prazo. Contudo, vemos esse momento de desaceleração econômica global como conjuntural, de modo que para o médio prazo, a perspectiva é positiva. |
Ouro | ![]() | ![]() | A demanda crescente por diversificação do dólar pelos bancos centrais, principalmente da China e da Rússia, cria uma pressão altista para o ouro. Além disso, um cenário de guerra também aumenta a atratividade de metais preciosos com valor intrínseco. Por isso, dado as atuais incertezas do cenário, alteramos a perspectiva de neutra para positiva para no curto e médio prazos. |
Renda Variável | ![]() | ![]() | Mantivemos o preço-alvo do índice em 125 mil pontos em dezembro de 2023. Apesar de vermos um otimismo no mercado brasileiro, com forte valorização nas últimas semanas, entendermos que há muita volatilidade no cenário, tanto interno quanto externo. Já para 2024, projetamos o Ibovespa em 140 mil pontos. Vale ressaltar que existem riscos a serem monitorados. Uma continuação do mal estar no exterior, derivado das questões fiscais e monetárias nos EUA , poderia contaminar nosso mercado, assim como, uma nova redução significativa da entrada de fluxo estrangeiro pode segurar o movimento de alta. Dessa forma, os investidores podem aproveitar para otimizar os ganhos e montar proteções por meio de operações estruturadas com a nossa mesa. As melhores oportunidades para cada papel específico podem ser acompanhadas aqui. |
Investimento no Exterior – Renda Variável | ![]() | ![]() | Os juros americanos estão em um momento de fim de ciclo de alta, com uma incerteza acerca de mais um aumento da taxa ou de manutenção na faixa de 5,25%-5,50%. Contudo, esperamos a permanência dessa taxa por um período prolongado, pelo menos, até o segundo semestre de 2024. A resiliência dos dados de atividade econômica americana corroboram com esse cenário, além do aumento da preocupação fiscal nos EUA. A incerteza do cenário manifesta-se como volatilidade no mercado, principalmente nas curvas de longo prazo do tesouro americano, que se encontram em taxas elevadas. Em meados de outubro as taxas de 10 anos atingiram o patamar de 5,0%, o que não acontecia desde a crise dos subprimes, em 2007. Apesar de ter recuado cerca de 50 bps desde então, o patamar ainda é elevado para o país, mostrando a cautela dos agentes com o ambiente econômico. Hoje, vemos que a maior parte dos ativos da bolsa americana estão relativamente caros, com os índices próximos das máximas históricas. Mesmo em meio às incertezas mencionadas, o mercado já precifica que os cortes de juros devem vir a partir de maio de 2024. Isso implica que, se o Fed implementar o “higher for longer”, que é nosso cenário base, os índices acionários podem vir a sofrer, e por isso, a perspectiva é neutra para o curto e médio prazo para bolsa no exterior. |
Investimento no Exterior – Renda Fixa | ![]() | ![]() | Em meio à incerteza no exterior, relacionada principalmente à duração do ciclo de alta de juros, as taxas das rendas fixas americanas alcançaram máximas em mais de 15 anos nos últimos meses. As treasuries de 2, 10 e 30 anos, no mês de outubro ultrapassaram a marca de 5%. Porém, com dados mais fracos do mercado de trabalho e da inflação, o mercado já retirou parte do prêmio das curvas e títulos de 2 anos estão sendo negociados a taxas próximas a 4,80% e os de 10 anos a 4,50%. Ainda assim, esse patamar de taxa é extremamente atrativo e apresenta oportunidade de compra dos títulos com ganho potencial no curto e médio prazo com o fechamento da curva. Para o investidor, a oportunidade pode ser aproveitada via estruturas que investem em RF no exterior ou fundos de investimento que tenham alocação na classe. |
Criptoativos | ![]() | ![]() | No ano, já vemos o Bitcoin subir mais de 120% e alguns fatores ajudam a explicar esse avanço: – base comprimida: 2022 foi o pior ano da história da indústria de cripto. As desvalorizações chegaram a 90% em alguns casos. A quebra de diversos players (caso da FTX), com má gestão de risco e fraude levaram a um sell-off gigantesco. – “ouro digital” – tese de reserva de valor: a quebra do SVB em março e toda a tensão bancária nos EUA e Europa, reforçou a narrativa que uma moeda centralizada, como o bitcoin, pode ser usada como reserva de valor por não depender de bancos. – Bitcoin como a cripto mais consolidada: a própria quebra do SVB levou a um momento de perda de paridade de stable coins lastreadas em dólar, o que jogou ainda mais o fluxo para a cripto mais consolidada, o Bitcoin. – pedidos de registro de ETF de Bitcoin à vista: oito gestoras gigantes do ramo já entraram com pedido de registro junto à SEC, inclusive a BlackRock. A SEC tem até janeiro de 2024 para comunicar sua decisão sobre o primeiro caso, podendo, no entanto, ser aprovado a partir de agosto. A regulação e a entrada do investidor institucional pode impulsionar o mercado de Bitcoin e de cripto como um todo. Busca por fontes alternativas de diversificação no caso de deterioração do cenário global: os criptoativos são fortes concorrentes na diversificação de investimento, mesmo em cenários de elevada incerteza. No contexto atual, com a dificuldade de visualizar um soft, hard ou no-landing nos Estados Unidos, uma China em trajetória de desaceleração, dois conflitos geopolíticos de alta relevância ocorrendo simultaneamente, é possível que haja valorização desse grupo de ativos numa tentativa global de mitigar os riscos existentes. Porém vemos algumas pressões vendedoras fortes para esse segundo semestre, o que dado o compasso de espera pela decisão da SEC, podem pesar negativamente sobre o ativo. A principal delas é a venda do governo americano: o país é um dos maiores detentores de bitcoin do mundo, tendo aproximadamente 194.188 bitcoins, fruto de confiscos de carteiras. Desse modo, ocasionalmente o governo vende suas moedas em um sistema de leilões, algo que dependendo da magnitude pode exercer efeito negativo sobre a cotação da moeda. Por outro lado, para prazos médios e longos temos uma visão positiva, uma vez que o desempenho dessas criptomoedas, principalmente o Bitcoin, tem uma relação direta com o aumento da liquidez global. Então, à medida que ficar mais claro o início do corte de juros americanos, as criptos, especialmente os fundos de gestão ativa da classe, tendem a performar bem. É possível que essa resposta seja, até mesmo, mais forte que na bolsa, dado o nível de assimetria de um gestor profissional (em um mercado majoritariamente de pessoas físicas) e os mecanismos mais flexíveis para a alavancagem. Além da gestão profissional, os fundos também conseguem capturar oportunidades em outros tipos de criptoativos menos conhecidos, como altcoins. No início do próximo ano, acontecerá um evento extremamente importante: o halving do Bitcoin. O halving refere-se aos eventos periódicos programados que diminuem pela metade as recompensas por bloco fornecidas aos mineradores. Historicamente, esse evento é um catalisador de alta. Por fim, vemos que um dos pontos de atenção é a regulação, uma vez que da forma como é estruturada hoje, afasta os “grandes bolsos” dos investidores institucionais. Avanços regulatórios, especialmente se vier a aprovação do ETF de bitcoin spot, vai permitir a entrada desse fluxo, impulsionando o mercado cripto como um todo. |
Este material foi elaborado pela Órama DTVM S.A…Este material não é uma recomendação e não pode ser considerado como tal. Recomendamos o preenchimento do seu perfil de investidor antes da realização de investimentos, bem como que entre em contato com seu assessor para orientação com base em suas características e objetivos pessoais. Investimentos nos mercados financeiros e de capitais estão sujeitos a riscos de perda superior ao valor total do capital investido. Este material tem propósito meramente informativo. A Órama não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações aqui divulgadas. As informações deste material estão atualizadas até 17/11/2023.