Mercado aguarda atualização sobre as expectativas para as safras agrícolas

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, o dia relativamente vazio de dados econômicos, conta com a divulgação do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE, que atualizará as expectativas para a safra deste ano e do próximo. No exterior, a atenção é voltada para a divulgação do número de pedidos de seguro-desemprego, e para os discursos de Jerome Powell, presidente do Fed, e de Christine Lagarde, presidente do BCE. 
  • As bolsas na Ásia fecharam sem direção única, com algumas se recuperando de perdas recentes e outras pressionadas por dados fracos de inflação na China. Os preços ao consumidor tiveram queda anual de 0,2% em outubro (exp: -0,1%), enquanto os preços ao produtor recuaram 2,6% na mesma comparação (exp: -2,7%), sinalizando que a demanda segue enfraquecida. Nesse sentido, o Xangai Composto ficou praticamente estável, subindo 0,03%, o Hang Seng fechou com queda de 0,33% e o Nikkei subiu 1,49%.
  • As bolsas europeias operam majoritariamente em alta modesta, mantendo o tom positivo de ontem, enquanto investidores seguem atentos às sinalizações de política monetária e aos balanços corporativos. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 0,34%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street dão sinais mistos sobre a abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,53%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,65%, a US$ 79,93 o barril.
  • O ouro recua 0,18%, a US$ 1.946,80 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 37,2 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: Levantamento Sistemático da Produção Agrícola
  • 10:30 EUA: Pedidos de Seguro-Desemprego 
  • 14:00 Europa: Discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE
  • 16:00 EUA: Discurso de Jerome Powell, presidente do Fed

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Vindo de ganhos nas cinco sessões anteriores, o Ibovespa cedeu 0,08%, aos 119,176,67 pontos. O desempenho foi afetado pelos índices de Nova York e pelo petróleo, que encerrou o dia abaixo de U$80 por barril. 

Os juros futuros de médio e longo prazos deram sequência ao movimento de queda visto ontem, ainda apoiados pelo exterior, mas mantendo o noticiário sobre a área fiscal no foco. As taxas curtas ficaram estáveis. O movimento do dia foi impulsionado pela nova rodada de alívio nos rendimentos dos Treasuries, pelo recuo do petróleo e pela perspectiva de evolução da pauta econômica no Congresso. 

O dólar à vista fechou em alta de 0,68%, aos R$4,9070. De acordo com operadores, o ambiente externo avesso ao risco, com perdas de divisas emergentes, abriu espaço para um movimento de realização de lucros no mercado doméstico.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam perto da estabilidade, em uma sessão que contou com atenção à reta final da temporada de balanços e discursos de dirigentes do Fed, ainda que não tenham tecido comentários sobre política monetária. Nesse cenário, o Dow Jones fechou em queda de 0,12%, o S&P subiu 0,10% e o Nasdaq avançou 0,08%. 

Os retornos longos dos Treasuries caíram, novamente com  foco em sinais do Fed. O presidente da instituição, Jerome Powell, falou em evento, mas não tocou na política monetária. 

O dólar operou misto ante moedas fortes, avançando frente ao Iene, mas em queda em relação ao euro. A moeda americana foi pressionada por uma desaceleração dos retornos dos Treasuries, enquanto analistas chamam atenção para a possibilidade de maior enfraquecimento do dólar nos EUA. Nesse sentido, o índice DXY fechou em alta de 0,05%, aos 105,593 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O setor público consolidado registrou déficit primário de R$18,1 bilhões em setembro, ante superávit de R$10,7 bilhões em setembro de 2022. Nos 12 meses encerrados em setembro, o setor público consolidado registrou déficit de R$101,9 bilhões, equivalente a 0,97% do PIB. Em relação à dívida bruta do governo geral, esta atingiu 74,4% do PIB, estável em relação ao mês anterior. 

As vendas no varejo restrito avançaram 0,6% em setembro na comparação mensal, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE. O resultado veio acima das expectativas que apontavam para uma alta de 0,1%, com piso de -1,3% e teto de +0,7%. Na comparação com o mesmo período de 2022 houve expansão de 3,3%, enquanto a projeção indicava crescimento de 2,3%, oscilando entre -0,2% e 3,6%. 

Já as vendas no varejo ampliado (PMC-A), que incluem vendas de veículos, materiais de construção e atacado alimentício, subiram 0,2% em setembro, acima da expectativa de estabilidade no mês, que variava entre -0,7% e +0,8%. Na comparação com o mesmo mês de 2022, o crescimento foi de 2,9%, também superando as projeções, que tinham mediana de 2,7% e oscilavam entre 1,6% e 3,8%. Para saber mais, clique aqui.

RESULTADOS CORPORATIVOS

O Banco do Brasil (BBAS3) reportou lucro líquido ajustado de R$8,78 bilhões no terceiro trimestre, 4,5% acima do reportado no mesmo período do ano passado. O resultado veio um pouco abaixo da média das expectativas dos analistas do mercado, que projetavam lucro de R$8,98 bilhões. 

O BTG Pactual (BPAC11) registrou um lucro líquido ajustado de R$2,73 bilhões no terceiro trimestre, com alta de 6,2% sobre o trimestre anterior e de 18,8% sobre o mesmo período do ano passado. O resultado é um novo recorde de lucro, e foi puxado pelo desempenho robusto dos segmentos de gestão de recursos e do banco de investimentos. 

A Braskem (BRKM5) registrou um prejuízo de R$2,42 bilhões no terceiro trimestre, 119,2% maior do que a perda do mesmo período do ano passado. De acordo com a companhia, a performance fraca ocorreu principalmente pelo impacto da variação cambial no resultado financeiro.

POLÍTICA NO BRASIL

Em votação histórica, o Senado aprovou a Reforma Tributária com 53 votos a favor e 24 votos contra, resultado apertado se levando em conta que são necessários pelo menos 49 votos para uma alteração constitucional. Como o Senado fez alterações no texto, o projeto deverá passar novamente pela Câmara antes de sua promulgação. De acordo com o presidente da Câmara, o texto pode ser votado no plenário “a qualquer momento” após o feriado. (Folha)

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), reafirmou seu apoio à meta de déficit zero nas contas públicas de 2024 e ao cumprimento do arcabouço fiscal. “Todo nosso esforço é para que o ministro Haddad cumpra a meta zero”, afirmou. (Valor)

Uma reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e líderes partidários destravou a discussão sobre a medida provisória das subvenções a investimentos, com a qual o governo espera arrecadar R$35 bilhões em 2024. Lira e aliados definiram que a proposta precisa de três ajustes principais (Valor): 

  • Estabelecer na lei o que é custeio e investimento para que não fique a cargo da Receita decidir; 
  • Tratar adequadamente o passivo dos últimos cinco anos, com possibilidade de parcelamento em caso de cobrança sobre essas empresas. 
  • Bloquear brechas de sonegação de impostos e a má utilização dos incentivos tributários. 
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