Decisão do Copom e votação do Arcabouço Fiscal na CAE do Senado são destaques da sessão

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, no Brasil, o mercado espera pela decisão do Copom, cuja expectativa é de manutenção da Selic e uma suavização do tom do comunicado, indicando cortes no segundo semestre. Ainda, no âmbito político, aguarda-se a votação do Arcabouço Fiscal na CAE do Senado. No exterior, o presidente do Fed, Jerome Powell, testemunha na Câmara dos Representantes.
  • As bolsas asiáticas fecharam sem direção única, mas as da China e de Hong Kong tiveram perdas consideráveis, antes de feriados, em meio ainda à decepção com a falta de medidas mais concretas para estimular a economia chinesa. O Xangai Composto recuou 1,31%, enquanto o Hang Seng apresentou desempenho ainda pior, com baixa de 1,98%. O Nikkei contrariou a tendência e subiu 0,56%.
  • Em função dos feriados nos próximos dias, os mercados da China e de Taiwan só voltarão a operar na segunda-feira (26). Já o de Hong Kong ficará fechado nesta quinta-feira (22).
  • Na Europa, as bolsas também operam sem direção única, após dados da inflação britânica acima do esperado darem mais um motivo para o Banco da Inglaterra (BoE) seguir elevando juros e à espera de comentários de Powell. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 opera próximo a estabilidade, com alta marginal de 0,01%.
  • A taxa anual da inflação ao consumidor (CPI) do Reino Unido ficou em 8,7% em maio, repetindo a variação de abril e contrariando as expectativas, que eram de 8,4%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street operam próximo a estabilidade. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,73%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,29%, a US$ 76,12 o barril.
  • O ouro recua marginalmente 0,03%, a US$ 1.935,45 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 29,2 mil.
AGENDA DO DIA
  • 11:00 EUA: Depoimento de Powell, Presidente do Fed
  • 12:00 Brasil: Fluxo Cambial Estrangeiro
  • 17:00 EUA: Discurso de Mester, membro do FOMC
  • 18:00 Brasil: Decisão da Taxa de Juros Selic
  • Brasil: Votação do Arcabouço Fiscal na CAE do Senado

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O pessimismo com a economia chinesa após um corte menor do que o esperado nas taxas de juros do país induziu uma correção de preços na Bolsa brasileira, que levou o Ibovespa a uma queda de 0,20%, a 119.622,40 pontos. Apesar da baixa diária, o índice ainda sustenta alta de 0,73% na semana, enquanto investidores aguardam a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa Selic hoje (21).

Os juros futuros fecharam perto da estabilidade, com exceção do trecho intermediário que encerrou em leve baixa. O impacto do corte de juros menor do que o esperado na China foi absorvido durante a tarde, quando o mercado então ensaiou um ajuste, mesmo com a manutenção do sinal negativo nos retornos dos Treasuries. O noticiário de Brasília ficou no radar, mas sem grandes efeitos sobre os preços.

O dólar à vista encerrou em leve alta no mercado doméstico de câmbio, em meio a ajustes e movimentos de realização de lucros estimulados pela onda de fortalecimento da moeda americana no exterior. O corte dos juros pelo PBoC lançou dúvidas sobre o ritmo de crescimento da segunda maior economia global e deprimiu os preços de commodities metálicas e do petróleo. Em clássico movimento de busca por proteção, investidores reduziram exposição em ações e moedas emergentes para se abrigar nos Treasuries. A divisa fechou em R$ 4,7960, com alta de 0,42%.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em baixa na volta do feriado, após o Banco do Povo da China (PBoC) frustrar expectativas de maior estímulo à economia com corte de 10 pontos-base nos juros. O salto de Tesla, Nvidia e PayPal em meio ao noticiário corporativo, chegou a atenuar as perdas, mas a cautela prevaleceu ainda assim. No fim da tarde, o índice Dow Jones fechou em queda de 0,72%, enquanto o S&P 500 perdeu 0,47% e o Nasdaq recuou 0,16%.

Os retornos dos Treasuries não firmaram sinal único em boa parte do dia, em sessão volátil, mas chegaram ao fim da tarde em baixa. Houve alta no início da terça-feira, mas o movimento não se sustentou, com certa pressão sobre os juros diante de cautela na maior parte dos mercados. Declarações de dirigentes do Fed estiveram no radar, ao lado de sinalizações da China, onde houve corte de juros, mas onde era esperado um relaxamento mais agressivo. 

O dólar se fortaleceu ante boa parte dos pares globais, após a decepção com a magnitude do corte de juros na China imprimir cautela nos mercados, o que reforçou a demanda pela segurança da moeda americana e também do iene. Sinais de resiliência da economia dos EUA ajudaram a amplificar o movimento. O índice DXY, que mede a divisa dos EUA ante seis rivais fortes, fechou em alta de 0,02%.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL 

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve uma queda de 1,2% em abril ante março, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com abril de 2022, a atividade econômica teve expansão de 3% em abril de 2023.

A retração veio de um efeito esperado do Agro, principalmente, por causa da produção de soja. A maior parte da colheita da cultura se concentra no primeiro trimestre e neste ano teve grande influência nos resultados positivos registrados nos primeiros meses de 2023. A queda em abril sinaliza apenas que a colheita tende a ser menor a partir do segundo trimestre.

POLÍTICA NO BRASIL

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), confirmou nesta terça-feira (20) que pretende votar a reforma tributária na primeira semana de julho. Ele disse que está convidando os 27 governadores e seus secretários da Fazenda para reunião na quinta-feira (22), com o objetivo de “afinar a parte federativa” da proposta. (Valor)

O relatório do novo arcabouço fiscal foi apresentado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e, mesmo com boa parte das mudanças antecipadas, chegou com surpresas. O senador Omar Aziz (PSD-AM) confirmou a retirada do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) da nova regra. Aziz, como já era esperado, não alterou o período de cálculo da inflação para corrigir o limite de gastos — um desejo da equipe econômica. A surpresa foi a exclusão das despesas com ciência, tecnologia e inovação do novo marco. As alterações do relator obrigam o texto a voltar para Câmara após aprovação no plenário do Senado. A votação na CAE está prevista para hoje (21). (Valor)

Indicado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula (PT), para ocupar a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) deixada pelo ex-ministro Ricardo Lewandowski, o advogado Cristiano Zanin passou os últimos dias em preparação para a sabatina que o Senado Federal realiza nesta quarta-feira (21). Para ter o nome aprovado enquanto ministro do STF, Zanin terá primeiro que ser ouvido pelos senadores na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). (CNN)

PAINEL DE COTAÇÕES

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