Ibovespa se descola da cautela do exterior e tem valorização de 2,33%

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NESTA MANHÃ

Ibovespa se descola da cautela do exterior e tem valorização de 2,33%.

  • As bolsas asiáticas fecharam em alta, após Wall Street apresentar modesta recuperação ontem na esteira de perdas recentes, enquanto investidores aguardam um novo aumento de juros nos EUA. O índice acionário japonês Nikkei subiu 0,44%, enquanto o Hang Seng avançou 1,16% e o Xangai Composto teve alta de 0,22%.
  • Na Europa, as bolsas viraram para baixo no início da manhã, seguindo o comportamento dos índices futuros de Wall Street e apagando ganhos da abertura do pregão, em meio ao clima de apreensão que precede uma nova elevação de juros nos EUA. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,60%.
  • O índice de preços ao produtor (PPI) da Alemanha saltou 45,8% em agosto ante igual mês de 2021 – o maior avanço em uma comparação anual já registrado pela série histórica, de acordo com a Destatis. O resultado ficou bem acima do esperado por analistas entrevistados pelo WSJ, que projetavam alta de 37,9%. Enquanto a taxa anual do PPI acelerou dos 37,2% em julho. Em comparação ao mês anterior, o índice subiu 7,9% em agosto. Foi também o maior avanço de um mês para o outro já registrado na série histórica. Especialistas esperavam uma elevação de 1,6% na comparação mensal.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura no vermelho. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,53%.
  • Os contratos futuros do Brent estão de lado, a US$ 91,99 o barril.
  • O ouro recua 0,41%, a US$ 1.669,21 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 19,2 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:30 EUA: Licenças de Construção (Ago)
  • 14:00 Zona do Euro: Discurso de Christine Lagarde, Presidente do BDE

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa conseguiu se descolar da cautela pré-Fed que manteve a maior parte dos mercados do exterior na defensiva neste começo de semana. Assim, o índice fechou em alta de 2,33%, aos 111.823,89 pontos.

A semana do Copom começou com juros de médio e longo prazos em queda firme, influenciados pelo bom desempenho do real ante o dólar e melhora na perspectiva de risco fiscal após o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles formalizar seu apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, líder nas pesquisas de intenção de voto, à Presidência. As taxas curtas pouco oscilaram e terminaram perto da estabilidade, enquanto os agentes aguardam pela decisão sobre a Selic na quarta-feira, que também terá reunião do Federal Reserve. 

Após uma manhã marcada por volatilidade e troca de sinais, o dólar mergulhou ao longo da tarde e encerrou a sessão em queda firme, a despeito do sinal predominante de alta da moeda americana no exterior em boa parte do pregão em meio à expectativa pela decisão de política monetária americana. De acordo com profissionais do mercado, a forte onda de apreciação do real hoje pode refletir em parte a perspectiva de redução do risco fiscal em eventual governo de Lula, que lidera a corrida eleitoral, após Meirelles declarar apoio formal à candidatura. Assim, o dólar desvalorizou 1,79% na sessão, cotado a R$ 5,1660. 

EXTERIOR

Após uma sessão marcada pela volatilidade, as bolsas de Nova York conseguiram ganhar fôlego e fecharam em alta. Os índices chegaram a aprofundar as perdas da abertura após a divulgação do índice de confiança das construtoras dos EUA, que caiu um pouco mais do que o esperado em setembro. Além disso, segue no radar a expectativa pela decisão de política monetária do Fed, na quarta-feira (21). O índice Dow Jones fechou em alta de 0,64%, enquanto o S&P 500 avançou 0,69% e o Nasdaq subiu 0,76%.

Os juros dos Treasuries subiram na ponta curta da curva. Em um dia de agenda econômica relativamente esvaziada, o mercado segue na expectativa pela decisão de política monetária do Fed, que deve elevar juros em 75 pontos-base, conforme a perspectiva da maioria dos analistas. O índice DXY recuou 0,02%, em sessão volátil, com o dólar ajustando parcialmente os ganhos recentes.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O índice de confiança das construtoras dos Estados Unidos recuou de 49 em agosto a 46 em setembro – menor nível desde maio de 2014, de acordo com a Associação Nacional das Construtoras (NAHB). O resultado veio abaixo da previsão de analistas consultados pelo WSJ, que esperavam queda a 47.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve uma alta de 0,6% em julho ante junho, de acordo com o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com julho de 2021, a atividade econômica teve expansão de 3,1% em julho de 2022.

POLÍTICA NO BRASIL

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aumentou para 16 pontos a vantagem em intenções de voto em relação ao presidente Jair Bolsonaro (PL), conforme pesquisa Ipec contratada pela “TV Globo” e divulgada nesta segunda-feira (19). O petista oscilou um ponto para cima e tem agora a preferência de 47% dos eleitores (ante 46% na semana passada). Enquanto o atual presidente da República manteve os mesmos 31% da semana passada. A pesquisa mostra que a possibilidade de o ex-presidente Lula vencer a eleição já em primeiro turno vem aumentando nas últimas quatro sondagens, desde 29 de agosto. Ao passo que em um eventual segundo turno, a vantagem de Lula subiu dois pontos percentuais, com 54% das intenções de voto, contra 35% de Bolsonaro. Na sondagem da última semana, a diferença era de 53% para o petista a 36% para o candidato do PL. (Valor)

O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles (União Brasil) defendeu nesta segunda-feira (19) a gestão econômica dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao explicar por que declarou apoio ao ex-presidente nestas eleições. Meirelles compôs um grupo de oito políticos que disputaram a Presidência da República em eleições passadas e que nesta segunda-feira (19) declararam voto em Lula em encontro com o petista em São Paulo. (Valor)

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

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