Mercado teme Fed mais hawkish após Payroll forte

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NESTA MANHÃ
  • As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa, após dados fortes do mercado de trabalho dos EUA gerarem temores de que o Fed terá de manter juros elevados por mais tempo do que se imaginava. O índice Hang Seng teve queda de 2,02%, enquanto o Xangai Composto registrou baixa de 0,76%. Na contramão, o Nikkei subiu 0,67%.
  • Na Europa o mercado opera em baixa, acompanhando o tom negativo dos índices futuros de Nova York, em meio a temores de que o Fed seja obrigado a manter juros elevados por mais tempo do que se imaginava. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,93%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura negativa.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,59%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,24%, a US$ 80,13 o barril.
  • O ouro avança 0,40%, a US$ 1.873,16 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 22,9 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:25 Brasil: Boletim Focus 
  • 14:00 Reino Unido: Discurso Membro BoE
  • 15:00 Zona do Euro: Discurso Presidente do BCE

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa cedeu 1,47%, aos 108.523,47 pontos, agora no menor nível de encerramento desde 5 de janeiro (107.641,32). Foi a terceira perda diária seguida para a referência da B3 que, nas últimas sete sessões, avançou apenas em uma, no dia 31 (+1,03%). No ano, o Ibovespa vira para o negativo (-1,10%), acumulando nestas três primeiras sessões de fevereiro perda de 4,33%. 

Os juros futuros dispararam, após críticas do presidente Lula ao Banco Central e dados econômicos mais fortes nos Estados Unidos, que pressionaram os Treasuries e o câmbio, foram os condutores dos negócios na sessão.

Após três pregões seguidos de queda, o dólar encerrou a sessão em alta de 2,04%, cotado a R$ 5,1480. O estresse mais forte na reta final do pregão ocorreu em meio a mínimas do Ibovespa e à forte aceleração dos ganhos da moeda americana no exterior, em especial na comparação com o euro.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em queda, após o relatório de empregos payroll nos EUA intensificar a cautela que já vinha sendo gerada pela repercussão negativa de balanços de empresas do setor de tecnologia. A criação firme de postos de trabalho ampliou os temores de que o Fed tenha que manter juros em níveis restritivos por um período prolongado. O índice Dow Jones encerrou a sessão em baixa de 0,38%, enquanto o S&P 500 recuou 1,04% e o Nasdaq cedeu 1,59%.

O retorno dos Treasuries operaram em alta, depois que o relatório de empregos dos EUA (payroll) bem mais forte que o esperado reduziu as apostas de cortes de juros do Fed ainda este ano.

O dólar avançou ante rivais, fortalecido pela ampliação na geração de empregos dos EUA, que reforça a expectativa por novos aumentos de juros pelo Fed. Além disso, dados do setor de serviço mostraram que a economia americana está resiliente.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O índice de gerentes de compras (PMI) composto global, que inclui serviços e manufatura, subiu de 48,2 em dezembro para 49,8 em janeiro. 

A economia dos Estados Unidos criou 517 mil empregos em janeiro, em termos líquidos, de acordo com os dados publicados pelo Departamento do Trabalho do país, no relatório do Payroll. O resultado ficou bem acima da expectativa de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que previam a geração de 150 mil a 305 mil vagas, com mediana de 190 mil. Ao passo que a taxa de desemprego dos EUA recuou para 3,4% em janeiro, ante 3,5% em dezembro. O consenso do mercado era de manutenção da taxa em 3,5% no mês passado.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

A produção industrial apresentou estabilidade na comparação de dezembro contra novembro, conforme  divulgado pelo IBGE, em linha com a expectativa do mercado, que oscilava entre -0,4% e +1,0%. Na comparação com dezembro de 2021, o número recuou 1,3%, também de acordo com o projetado, que variava de queda de 2,5% a avanço de 0,7%. 

Para ler o relatório completo da produção industrial, acesse aqui.

POLÍTICA NO BRASIL

O presidente Lula considera aumentar a faixa de isenção do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física) para quem recebe até 2 salários mínimos ainda em 2023. Com isso, o teto passaria de R$ 1.903 para R$ 2.604. O assunto tem sido debatido com frequência entre o Ministério da Fazenda e o Palácio do Planalto. As duas equipes discutem uma solução para compensar eventual perda de receita acima de R$ 10 bilhões. (Poder 360)

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