Mercado reage a IPCA de Janeiro abaixo do consenso

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NESTA MANHÃ
  • As bolsas na Ásia fecharam majoritariamente em baixa, após Wall Street sofrer perdas pelo segundo dia consecutivo e na esteira de dados da inflação chinesa. O índice Xangai Composto recuou 0,30%, ao passo que o Hang Seng teve queda de 2,01% e o Nikkei apresentou alta de 0,31%.
  • A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) chinês acelerou para 2,1% em janeiro, ante 1,8% em dezembro, mas ficou um pouco abaixo das expectativas, que previam alta de 2,2%. 
  • As bolsas europeias operam em baixa, revertendo o tom positivo de ontem, em meio a temores persistentes sobre o futuro da política monetária e após dados mostrarem que a economia britânica ficou estagnada no fim do ano passado. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,91%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura negativa.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,69%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 2,32%, a US$ 86,46 o barril.
  • O ouro avança 0,10%, a US$ 1.863,20 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 21,8 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: Volume de Serviços (PMS) (Dez)
  • 11:00 Reino Unido: Discurso Membro do Comitê de Política Monetária do BoE
  • 11:00 Zona do Euro: Pronunciamento Membro do BCE
  • 12:00 EUA: Confiança do Consumidor Michigan (Fev) 
  • 14:30 EUA: Discurso Membro Fed

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa recuou 1,77%, aos 108.008,05 e zerou a recuperação da semana (agora -0,47%), vindo de perda de 3,38% no intervalo entre os dias 30 de janeiro e 3 de fevereiro, na abertura do mês. Após a recuperação vista na quarta-feira, 08/02, o giro financeiro voltou a se enfraquecer, limitado a R$ 23,9 bilhões. Com o desempenho, o Ibovespa eleva as perdas do mês a 4,78% e volta a ceder terreno no ano (-1,57%).

A curva de juros continuou ganhando inclinação, tendo como principal condutor o debate sobre mudanças nas metas de inflação pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que teve novos capítulos e vem ganhando força dentro do governo e no mercado financeiro. As taxas curtas recuaram, com ajuda ainda do IPCA de janeiro e as vendas do varejo de dezembro abaixo do consenso. As demais subiram, tendo como fator extra a escalada dos juros dos Treasuries e o leilão do Tesouro com aumento do risco.

O dólar encerrou a sessão em alta de 1,58%, cotado a R$ 5,2790. O maior valor de fechamento desde 5 de janeiro (R$ 5,3523). Apesar dos sinais de desaceleração da inflação, reforçados pela divulgação do IPCA de janeiro, cresce a apreensão com a desancoragem das expectativas inflacionárias. Com o avanço, o dólar já acumula alta de 3,98% em fevereiro e praticamente zerou as perdas no ano, que agora são apenas 0,02%

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em queda, após uma sessão volátil. Beneficiado por balanços no começo do pregão, o sentimento de risco piorou em Wall Street ao longo do dia em meio à retomada do movimento de vendas de papéis de tecnologia. Além disso, investidores seguem ajustando expectativas de ritmo de alta de juros pelo Fed nos próximos meses. O índice Dow Jones encerrou a sessão em queda de 0,73% enquanto o S&P 500 perdeu 0,88% e o Nasdaq teve queda de 1,02%.

Os retornos dos Treasuries subiram, após oscilarem em uma sessão marcada pela volatilidade, sendo que a inversão da curva entre os rendimentos de 2 e 10 anos se aprofundou e alcançou o maior nível em 40 anos. Enquanto o mercado ajusta expectativas de alta de juros do Fed nos próximos meses, os bônus foram favorecidos por um leilão do Tesouro americano abaixo da média, depois de serem pressionados por dados de auxílio-desemprego dos EUA.

O dólar recuou ante rivais, à medida que o mercado acompanhou uma rodada de comentários de dirigentes de bancos centrais, que continuam sinalizando aperto monetário por mais tempo para controlar a inflação. Dessa forma, investidores ajustam expectativas sobre altas de juros. O índice DXY fechou em queda de 0,18%.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O IPCA de janeiro apresentou alta de 0,53%, abaixo das expectativas da Órama (0,58%) e do mercado (0,57%), que oscilavam entre 0,47% e 0,66%. No acumulado de 12 meses, o resultado foi de 5,77%, também abaixo do previsto pelo mercado (5,82%) e por nós (5,84%). 

Para ler o relatório completo da Órama sobre IPCA, acesse aqui.

As vendas no varejo restrito tiveram queda de 2,6% em dezembro na comparação mensal, de acordo com o IBGE. O resultado ficou próximo ao piso das expectativas, que oscilavam entre queda de 2,9% até alta de 1,1%, sendo a mediana recuo de 0,8%. 

Para ler o relatório completo da Órama sobre as vendas no varejo, clique aqui

POLÍTICA NO BRASIL

O presidente Lula viajou aos Estados Unidos com a missão de restabelecer a relação do Brasil com o governo de Joe Biden e de levantar uma agenda econômica com os americanos que passa pela discussão climática e o fortalecimento do comércio bilateral. (Poder 360)

O presidente da Câmara, Arthur Lira, afirmou que a maioria dos parlamentares rejeitaria uma eventual proposta para alterar a lei que trata da autonomia do Banco Central. Em sua avaliação, um texto que propusesse a revogação da independência do órgão não teria chances de prosperar no plenário da Casa. (Valor)

Diante da série de ataques promovidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e à política monetária conduzida pela autarquia nas últimas semanas, cresce no governo a ideia de uma revisão antecipada das metas de inflação do país. De acordo com a emissora de televisão CNN Brasil e o site Metrópoles, Campos Neto teria sinalizado a integrantes do governo apoio a um leve aumento na meta para o IPCA de 3,25% para 3,5% neste ano, a ser discutida na próxima reunião do CMN. A mudança permitiria ao Banco Central trabalhar com uma inflação de até 5% ao final de 2023. (InfoMoney)

PAINEL DE COTAÇÕES

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