Investidores monitoram alteração da política de preços da Petrobras

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, no Brasil, o relator do novo Arcabouço Fiscal, Cláudio Cajado (PP-BA), vai apresentar o projeto para os líderes do congresso. A expectativa é que o texto se torne público amanhã (16). O mercado também monitora a possível mudança de preços da Petrobras. No exterior, os investidores ficam de olho nos discursos de membros dos principais BCs e nas atualizações da situação da dívida americana. 
  • As bolsas asiáticas fecharam em alta, à espera de novos dados chineses sobre indústria e varejo e em meio ao enfraquecimento do iene ante o dólar. O Xangai Composto subiu 1,17%, enquanto o Nikkei avançou 0,81% e o Hang Seng teve valorização de 1,75%. 
  • Na Europa, os mercados operam no positivo, após a União Europeia melhorar as projeções de crescimento para a zona do euro. Contudo, limitando o impulso, investidores estão atentos à situação da dívida americana. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 0,41%.
  • A União Europeia revisou para cima suas expectativas de avanço do PIB da zona do euro, para 1,1% em 2023 (antes 0,9%) e de 1,5% para 1,6% em 2024. Por outro lado, elevou a previsão para inflação (CPI) de 5,6% para 5,8% em 2023 e de 2,5% para 2,8% em 2024. 
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura em alta. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,49%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,30%, a US$ 74,39 o barril.
  • O ouro avança 0,09%, a US$ 2.013,16 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 27,4 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:25 Brasil: Boletim Focus
  • 09:30 EUA: Índice Empire State de Atividade Industrial (Mai)
  • 10:15 EUA: Discurso de Kashkari, membro do FOMC  
  • 13:00 Reino Unido: Discurso de Pill, Membro do CPM do BoE  
  • 23:00 China: Produção Industrial (Abr)
  • 23:00 China: Vendas no Varejo (Abr)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa fechou a sétima sessão consecutiva em alta, acumulando ganho de 3,15% na última semana, segunda melhor do ano. Na sexta-feira (12), o índice teve alta de 0,19% e encerrou o pregão aos 108.463,84 pontos. A Petrobras (ON +3,52%, PN +3,22%), na contramão do sinal do petróleo, impelida pela reação favorável do mercado ao balanço trimestral e à distribuição de dividendos anunciados quinta-feira (11) pela companhia, ajudaram a impulsionar o índice. Contudo, o fôlego foi limitado pelo desempenho de parte dos grandes bancos (Itaú PN -0,92%, BB ON -0,38%, Bradesco ON -0,22%), após série positiva, de recuperação, para o setor financeiro esta semana.

Os juros futuros encerraram o pregão sem direção definida, com alta das taxas na parte curta da curva e quedas nos trechos intermediário e longo. A percepção dos agentes de mercado é de que o IPCA mais forte do que o esperado em abril mostrou uma inflação ainda resistente no país, o que limitaria o espaço para que o Banco Central possa cortar a taxa Selic em breve, hoje em 13,75%.

O dólar à vista emendou a quarta sessão consecutiva de queda no mercado doméstico de câmbio, na contramão da onda de valorização da moeda americana no exterior. Afora uma alta pontual na abertura dos negócios, a divisa trabalhou em baixa durante toda a sessão e chegou a esboçar o rompimento do piso de R$ 4,90 pela manhã, após a leitura do IPCA de abril acima da mediana das expectativas sugerir pouco espaço para redução da taxa Selic no início do segundo semestre. No fim do dia, a divisa registrava queda de 0,28%, cotada a R$ 4,9230.  

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em baixa, em um cenário de cautela diante da persistência dos riscos no setor bancário e as ameaças de um default pelo governo dos Estados Unidos. Além disso, o dia contou com a publicação de indicadores econômicos que reforçaram a visão de maior aperto monetário pelo Fed, o que também foi indicado pelos comentários de uma diretora da autoridade. O índice Dow Jones encerrou o pregão em queda de 0,03%, enquanto o S&P 500 caiu 0,16% e o Nasdaq recuou 0,36%. Na semana, as baixas foram de 1,11%, 0,29%, respectivamente, e alta de 0,40% do Nasdaq.

Os rendimentos dos Treasuries subiram, após o avanço das expectativas de inflação de longo prazo corroborar o discurso de dirigentes do Fed de que os juros podem ter que ficar em níveis restritivos por um tempo para conter os preços.

A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, reiterou que um default no país seria “uma catástrofe econômica e financeira”. Além disso, a diretora do Fed Michele Bowman alertou que a autoridade provavelmente precisará aumentar ainda mais as taxas de juros e mantê-las mais altas por algum tempo se a inflação continuar elevada.

O dólar chegou a operar perto da estabilidade ante uma cesta de moedas fortes, mas ganhou força ao longo do dia, em meio aos indicadores e às declarações dos membros do Fed. Nesse contexto, o índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, avançou 0,61%, com alta de 1,45% na comparação semanal.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA:

O índice de sentimento do consumidor nos Estados Unidos, medido pela Universidade de Michigan, recuou de 63,5 em abril a 57,7 na prévia para maio. Analistas ouvidos pela FactSet previam queda menor, a 63,0. Ao passo que as expectativas para a inflação em 1 ano passaram de 4,6% em abril para 4,5%. Já as expectativas para a inflação em 5 anos subiram de 3,0% para 3,2% em maio.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL:

O IPCA de abril apresentou alta de 0,61%, acima das expectativas da Órama (0,54%) e do mercado (0,55%). No acumulado de 12 meses, o índice apresenta alta de 4,18%, menor resultado acumulado desde outubro/2020, enquanto a expectativa era de 4,12%. A leitura foi negativa e, da mesma forma que na prévia da inflação, trouxe alguns pontos de atenção. O índice de difusão voltou a subir, assim como a média dos núcleos. Contudo, entendemos que não é necessariamente uma reversão da trajetória de desaceleração da inflação

Para 2023, alteramos nossa projeção marginalmente para 6,1%, de 6% anteriormente. Em maio, esperamos alta de 0,40%, onde já incorporamos uma queda nos preços dos combustíveis pela Petrobras. Para ler o relatório completo da inflação de abril, acesse aqui.

POLÍTICA NO BRASIL:

A Petrobras informou neste domingo (14), em comunicado, que está discutindo internamente alterações em suas políticas de preço para diesel e gasolina. De acordo com a estatal, as mudanças “serão analisadas pela Diretoria Executiva da empresa no início desta semana e poderão resultar em uma nova estratégia comercial para definição de preços de diesel e gasolina”. (G1)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizou a abertura de um inquérito para investigar dirigentes do Google e do Telegram no Brasil por suposta “campanha abusiva” contra o PL das “Fake News”. (Valor)

A mudança na composição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que costumava ocorrer sem sobressaltos, tem movimentado os bastidores de Brasília e sido tratada como prioridade pelo presidente da corte, Alexandre de Moraes. O ministro quer colocar nomes de confiança nas duas vagas que vão abrir esta semana, com as saídas dos ministros Sérgio Banhos e Carlos Horbach. (Valor)

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, participou da feira promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no sábado (13), e afirmou que um programa de reforma agrária será divulgado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda neste mês. (CNN)

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