Câmara aprova o Novo Arcabouço Fiscal

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, o mercado brasileiro deve digerir o Novo Arcabouço Fiscal, aprovado ontem (22) à noite pela Câmara dos Deputados. O texto final manteve a exclusão do Fundeb e do FCDF do limite de gastos. Ainda, o dia contará com a continuação das conferências dos Brics, além de trazer mais uma leva de dados do exterior.
  • As bolsas na Ásia fecharam sem direção única. O Xangai Composto caiu 1,34%, diante de sinais que a economia desacelera e o cenário de deflação pesa no sentimento, enquanto o Nikkei subiu 0,48% e o Hang Seng avançou 0,31%.
  • Na Europa, as bolsas exibem ganhos nas primeiras horas do pregão de hoje. Números fracos vindos do PMI da região reforçaram a cautela com o ritmo da economia do continente, mas também poderiam sinalizar uma postura menos dura dos BCs, fator positivo para as ações. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 0,38%.
  • O PMI composto da Zona do Euro recuou de 48,6 em julho para 47 pontos na prévia de agosto, ante uma expectativa de 48,5 pontos. O dado atingiu a mínima de 33 meses. Já no Reino Unido, o índice caiu a 47,9 pontos na prévia de agosto, ante uma expectativa de 50,3 pontos, dificultando a avaliação do cenário para o Banco da Inglaterra traçar seus próximos passos. 
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam alta na abertura. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,26%.
  • Os contratos futuros do Brent cai 1,51%, a US$ 82,76 o barril.
  • O ouro sobe 0,31%, a US$ 1.903,80 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 25,9 mil.
AGENDA DO DIA
  • Encontro dos BRICS
  • 09:00 EUA: Licenças para Construção (Jul)
  • 10:45 EUA: PMI S&P Global – Preliminar (Ago)
  • 11:00 EUA: Venda de Casas Novas (Jul)
  • 11:00 Zona do Euro: Confiança do Consumidor – Preliminar (Ago)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa mostrou seu segundo ganho diário de agosto, crescendo 1,51%, aos 116.156,01 pontos. Embora o cenário externo siga atrapalhando o apetite por risco do investidor, a perspectiva de votação final do arcabouço fiscal na noite de ontem favoreceu a performance da bolsa durante o dia. 

Os juros futuros caíram com a trégua da escalada dos Treasuries longos e da desvalorização do câmbio, além da perspectiva para a votação do arcabouço fiscal na Câmara.

 Por fim, o dólar fechou em queda de 0,76%, a R$4,9407. De acordo com operadores, houve um momento de realização de lucros e ajuste de posições no mercado futuro, embalado pelo avanço das commodities metálicas e pelo recuo das taxas dos Treasuries de 10 e 30 anos, que ontem haviam atingido o maior nível desde 2007.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam sem direção única, à medida que a retomada de temores sobre o setor bancário descontaram pontos do Dow Jones, que fechou em queda de 0,51%, e do S&P, que caiu 0,28%. No sentido oposto, o Nasdaq subiu 0,06%. No geral, Wall Street segue aguardando o Simpósio de Jackson Hole, onde o presidente do Fed falará na sexta (25). 

Os juros da T-note de 2 anos avançaram à medida que o mercado vê riscos de uma prolongada postura restritiva pelo Fed. A preocupação foi intensificada após a fala do dirigente do Fed de Richmond, Tom Barkin, defender o compromisso de levar a inflação à meta de 2%, além de alertar que evidências de pressões inflacionárias ainda elevadas poderiam significar mais contração monetária nos EUA. Na ponta longa, os rendimentos dos Treasuries recuaram. 

Diante da expectativa de juros mais restritivos por mais tempo após a fala de Barkin, presidente do Fed de Richmond, o índice DXY subiu 0,25%, a 103,563 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

As vendas de casas existentes caíram 2,2% em julho, para um total de 4,07 milhões de unidades, número anual dessazonalizado, abaixo dos 4,15 milhões esperados pelos economistas entrevistados pela Reuters.

ARCABOUÇO FISCAL

A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei do novo arcabouço no país e, com isso, o texto segue para sanção presidencial a tempo de permitir que o Executivo envie a Proposta de Lei Orçamentária Anual (PLDO) de 2024 na próxima semana. 

Os deputados aceitaram a modificação do Senado e removeram do limite de gastos do Arcabouço o Fundeb e do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), com amplo apoio, aprovada por 379 votos a 64. Contudo, negaram a remoção de ciências, tecnologia e inovação do limite, assim como rejeitaram a permissão adicionada pela Casa Alta para que o governo pudesse prever despesas condicionadas no orçamento. Essa última, no entanto, deve ser incluída no PLDO.  (Valor / Infomoney)

POLÍTICA NO BRASIL

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, diz que o governo passará pente-fino sobre “fraudes e erros” em benefícios do INSS. O intuito seria repor o orçamento dos ministérios em 2024. De acordo com ela, o TCU teria apontado que, do total de mais de R$1 trilhão de reais pagos em benefícios do INSS, haveria “fraude ou erro” em 10% deles. (Valor)

Deputados do PP continuam a receber informações de ministros palacianos de que a divisão do Ministério do Desenvolvimento Social continua na mesa, apesar dos acenos do presidente Lula de que manterá Wellington Dias no comando da pasta. Além disso, também informam que o presidente viajou para a África do Sul com esse fatiamento como principal alternativa. (Valor)

José Guimarães, líder do governo na Câmara, apresentou a proposta de reenviar a tributação de offshores por projeto de lei e retirá-la da medida provisória do salário mínimo para Arthur Lira, presidente da Câmara. A razão pela movimentação se dá pelas dificuldades de aprovar a taxação das offshores. A MP 1172 precisa ser aprovada até o dia 28/08 para não perder a validade. (Valor)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que adiou para o dia 29 a sessão plenária para ouvir os governadores sobre a reforma tributária, de modo a deixar a quinta (24) livre para senadores votarem medidas provisórias próximas do fim da validade. Além disso, Pacheco disse que considera razoável que o governo envie um projeto de lei para manter a taxação sobre offshore, caso a Câmara suprima esse ponto do texto da MP 1172. (Valor)

O vice-presidente, Geraldo Alckmin, afirmou que o governo federal estuda conceder financiamento atrelado à Selic para a compra de ônibus e caminhões. O financiamento valeria tanto para pessoas físicas quanto jurídicas, e seria realizado pelo BNDES na linha de financiamento de máquinas e equipamentos (Finame). (Valor)

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