Carrefour – Receita em linha, mas rentabilidade em deterioração.

Trimestre de crescimento do top-line.

O Carrefour apresentou um trimestre de SSS de 6% (ex- gasolina), com desempenhos parecidos tanto no cash and carry como no varejo. A Receita Líquida da companhia atingiu R$ 25,7 bilhões, com crescimento de 28,9% ano a ano.

Rentabilidade é ponto de atenção.

A companhia reportou uma margem bruta em linha com o ano anterior, com melhores condições na operação de varejo. Entretanto, com o processo de integração do Grupo Big e um resultado fraco do Banco Carrefour, a empresa apresentou uma margem Ebitda consolidada de 4,0% (220 bps abaixo do ano anterior e 70bps abaixo das expectativas do mercado).

Primeiro lucro líquido negativo desde o seu IPO.

Por conta do resultado operacional mais fraco, a companhia reportou, pela primeira vez desde o seu IPO, um prejuízo no seu resultado trimestral. O lucro líquido foi beneficiado em R$ 441 milhões (reversão de provisão), dessa forma atingindo R$ -112 milhões de lucro líquido.

Visão para frente.

A empresa apresentou um resultado fraco, e que conversa bastante com o momento macro de desaceleração da inflação de alimentos. A empresa anunciou que deve finalizar até junho de 2023 as conversões das lojas BIG em Carrefour, e reforçou o guidance de sinergia na casa dos R$ 2 bilhões no Ebitda para serem capturadas até 2025. As ações caem no ano cerca de 37%. O trigger para uma reação das ações deveria vir da divulgação do início de capturas de sinergias, e o impulso na rentabilidade da companhia.

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