Investidores aguardam comentários de Jerome Powell, presidente do Fed, em evento na Suécia

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NESTA MANHÃ
  • As bolsas na Ásia fecharam sem direção única, enquanto investidores avaliam a reabertura da China e a possibilidade de os EUA serem menos agressivos no aperto monetário. Na volta de um feriado, o índice japonês Nikkei subiu 0,78%, enquanto o Hang Seng caiu 0,27% e o Xangai Composto recuou 0,21%.
  • Na Europa, as bolsas europeias operam em baixa modesta, com investidores demonstrando cautela antes de comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, durante evento promovido pelo BC da Suécia. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,62%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street operam sem direção única. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,54%. 
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,50%, a US$ 80,05 o barril.
  • O ouro avança 0,11%, a US$ 1.874,87 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 17,2 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: IPCA (Dez)
  • 11:00 EUA: Discurso de Jerome Powell, Presidente do Fed

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR

BRASIL

A devastação material vista ontem nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, não se estendeu, em proporção semelhante, à precificação dos ativos na B3, em que o Ibovespa chegou a zerar com boa folga as perdas da abertura, ao longo da tarde. Na reta final, perdeu força em linha com Nova York, e chegou a oscilar de volta ao negativo. Mas conseguiu fechar em leve alta de 0,15%, aos 109.129,57 pontos.

Após subirem cerca de 10 pontos pela manhã, sob impacto dos atos antidemocráticos em Brasília e da rodada de elevação das projeções de inflação reveladas pelo Boletim Focus, os juros futuros perderam força à tarde e encerraram a sessão em baixa. A mudança de rota das taxas veio em meio a um alívio geral nos ativos domésticos, com a ação firme e unificada de representantes dos Três Poderes aos eventos de domingo (08) diminuindo a percepção de risco político-institucional.

O dólar à vista avançou 0,40% em relação ao real, a R$ 5,2575, na contramão do exterior, onde a moeda americana perdeu força ao longo de toda a sessão. Para operadores, o enfraquecimento da divisa brasileira em meio ao cenário externo positivo reflete o aumento da incerteza política no País após os atos promovidos em Brasília.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam o pregão desta segunda-feira com sinais mistos. Os índices começaram o dia em alta, em meio à renovada esperança por redução no ritmo de aperto monetário nos Estados Unidos. O rali, no entanto, se reverteu parcialmente à tarde, diante da pressão de ações de farmacêuticas. No fechamento, o índice Dow Jones caiu 0,34%, enquanto o S&P 500 diminuiu 0,08% e o Nasdaq avançou 0,63%.

Os retornos dos Treasuries caíram, com investidores atentos a declarações de dirigentes do Fed. Os mais longos chegaram a subir em parte do dia, também com expectativa pela publicação do índice de preços ao consumidor (CP) nesta quinta-feira, mas por fim o sinal negativo prevaleceu.

Entre os dirigentes do Fed, Mary Daly, presidente da distrital de São Francisco, não descartou uma alta de 25 ou 50 pontos-base, na próxima decisão de política monetária. Enquanto Esther George, prestes a deixar neste mês o comando do Fed de Kansas City, argumentou que diante da perda de fôlego na inflação “provavelmente faria sentido” desacelerar mais as altas nos juros, mas sem encerrar o ciclo de aperto agora.

O dólar operou em baixa ante moedas rivais, também com perspectivas de um aumento mais brando nos juros por parte do Fed na próxima reunião de política monetária, pressionando a divisa para baixo. O índice DXY fechou em queda de 0,84%.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O Boletim Focus desta semana apontou que a projeção para o IPCA de 2023 subiu de 5,31% para 5,36%, contra 5,08% há um mês. Para 2024, horizonte que fica cada vez mais relevante para a estratégia de convergência à inflação do Banco Central (BC), a mediana também voltou a subir, de 3,65% para 3,70%, de 3,50% há quatro semanas.

Da mesma forma, a projeção para o IPCA de 2025 avançou pela quinta semana seguida, agora de 3,25% para 3,30%, de 3,02% quatro semanas antes. No caso de 2022, por sua vez, a estimativa para a alta do IPCA continuou em 5,62%, de 5,79% há um mês. 

POLÍTICA NO BRASIL

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta 2ª feira (9.jan.2023) a omissão das Forças Armadas perante os acampamentos de bolsonaristas e extremistas radicais em frente a quartéis em todo o país. O chefe do Executivo também acusou a Polícia Militar do Distrito Federal e a Polícia do Exército, que atua na guarda presidencial, de terem sido negligentes ao não impedir a depredação das sedes dos Três Poderes no domingo (08). (Poder 360)

O plenário do Senado se prepara para analisar, a partir das 11h desta terça-feira (10), o decreto do presidente da República de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal até 31 de janeiro. O texto foi aprovado na segunda (09), sem alterações, pelo plenário da Câmara dos Deputados em sessão extraordinária convocada às pressas após a publicação do decreto. A tendência é que a aprovação ocorra sem dificuldades no plenário do Senado, assim como aconteceu na Câmara. (CNN)

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

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