Mercados reagem a nova decisão de juros do Brasil e EUA

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NESTA MANHÃ
  • Os mercados reagem hoje ao comunicado do Copom, que sinalizou que os juros não devem cair na próxima reunião. A semana de decisões de política monetária continua com  Banco Central Europeu (BCE) e os investidores aguardam a entrevista da presidente da instituição, Além disso,  serão divulgados dados de emprego e de comércio norte-americanos, além de PMIs mundial e do Brasil, enquanto aguardam o Payroll de abril, amanhã.
  • A ação do PacWest Bancorp lidera perdas de bancos regionais dos EUA nos negócios do pré-mercado de Nova York, após um tombo de 58% no after hours,, mesmo após divulgar comunicado mais cedo numa tentativa de acalmar investidores, após a Bloomberg revelar que o banco americano avalia uma série de opções estratégicas, incluindo uma venda, uma cisão ou um aumento de capital.
  • As bolsas na Ásia fecharam sem direção única, após o aumento dos juros americanos e dados mostrarem que a atividade manufatureira chinesa está em contração. O índice Hang Seng subiu 1,27%, enquanto o Xangai Composto teve alta de 0,82%. No Japão, não houve negócios devido a feriados.
  • O índice de gerentes de compras (PMI) industrial da China caiu de 50,0 em março para 49,5 em abril.
  • Na Europa, os mercados acionários operam em baixa, mantendo cautela antes de uma nova decisão de juros do Banco Central Europeu. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,68%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura negativa.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,37%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 1,24%, a US$ 73,23 o barril.
  • O ouro recua 0,04%, a US$ 2.038,33 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 29,1 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:15 Zona do Euro: Decisão da Taxa de Juros (Mai)
  • 09:30 EUA: Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego
  • 09:45 Zona do Euro: Coletiva de Imprensa do BCE
  • 17:30 EUA: Saldos de reservas com bancos do Fed

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Após algumas mudanças de sinal durante o pregão, o Ibovespa encerrou em leve queda, com investidores dividindo as atenções entre a temporada de balanços corporativos e a decisão de política monetária nos EUA. Agentes aguardam, ainda, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). No fechamento,  o índice recuou 0,13%, aos 101.797 pontos. 

Os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) fecharam em baixa ao longo da curva, após a decisão de juros nos EUA. As quedas dos Treasuries e do dólar contribuíram para as taxas fecharem em queda, horas antes da decisão do Copom.

O dólar à vista encerrou a sessão em queda de 1,09%, cotado a R$ 4,9920, em dia marcado por uma onda de enfraquecimento da moeda americana no exterior tanto em relação a divisas fortes quanto emergentes.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em baixa, em uma sessão volátil que acompanhou a alta de juros do Fed e a coletiva de imprensa do presidente da autoridade após a decisão. Em um primeiro momento o aumento dos juros chegou a impulsionar as bolsas, com o aumento das expectativas de pausa nas elevações. No entanto, as falas de Powell indicando que ainda pode haver um caminho a percorrer para conter a inflação levaram os índices ao terreno negativo.

O índice Dow Jones caiu 0,80%, enquanto o S&P 500 cedeu 0,70% e o Nasdaq recuou 0,46%.

Em sessão marcada pela decisão de política monetária do Fed, os rendimentos do Treasuries e do dólar operaram em baixa. Apesar de agentes do mercado esperarem uma pausa no aperto monetário após as taxas dos Feds Funs atingirem o maior patamar em 16 anos, as falas de Powell de que o aperto monetário ainda pode prosseguir, reduziu parte das perdas do dólar. o caso do euro, a moeda comum avançou ainda de olho na decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).  O índice DXY registrou queda de 0,60%.

DECISÃO FOMC – TAXA FED FUNDS:

O Federal Open Market Committee (Fomc), comitê do Federal Reserve, elevou os juros dos Estados Unidos em 0,25 ponto percentual, para uma banda entre 5% e 5,25% ao ano. A decisão foi unânime. Essa mudança já era amplamente esperada pelo mercado, por isso as atenções estavam voltadas, principalmente, no tom do comunicado do Fed e nas falas do presidente do Fed, Jerome Powell.

No comunicado que acompanha a decisão, a autoridade monetária sinalizou que poderá dar uma pausa em novos ajustes, para que o comitê possa ter tempo para monitorar a crise nos bancos regionais, as discussões em torno do teto de gastos, pressões inflacionárias e expectativas inflacionárias as condições do mercado de trabalho. O Fomc abandonou a linguagem usada nos textos anteriores, de que novos ajustes seriam necessários para fazer a inflação retornar à meta. Em vez disso, o Fed falou em avaliar a extensão das ações tomadas até agora, para que a política monetária mais apropriada seja adotada.

Na entrevista coletiva após a divulgação do comunicado, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que o fato de não haver uma previsão de novo aumento das taxas no comunicado é importante, mas reiterou que a decisão de interromper o ciclo de aperto monetário ainda não foi feita. “Tomaremos essa decisão a cada reunião, com base nos dados econômicos disponíveis”, disse o banqueiro central.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O índice de gerentes de compras (PMI) de serviços nos EUA subiu de 52,6 em março para 53,6 em abril, de acordo com o S&P Global. Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam avanço a 53,7%. Já o PMI composto global, que inclui serviços e indústria, avançou de 52,3 em março para 53,4 em abril. Leituras acima de 50 apontam para expansão da atividade.

O setor privado dos EUA criou 296 mil empregos em abril, segundo pesquisa divulgada pela ADP. O resultado veio acima da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam geração de 133 mil postos de trabalho no mês passado.

DECISÃO COPOM – SELIC:

Na terceira reunião de 2023 do Copom do Banco Central (BC) decidiu manter a taxa Selic em 13,75% a.a., conforme amplamente esperado pelo mercado. A grande expectativa, portanto, estava relacionada ao comunicado pós-encontro e se o Comitê iria dar alguma indicação, sutil que fosse, sobre os próximos passos, mais especificamente se haveria alguma possibilidade de inflexionar, no curtíssimo prazo, a política austera em curso desde 2021.

No comunicado, o Copom salientou os elementos perturbadores existentes, domésticos e externos, apesar de reconhecer que a apresentação do novo arcabouço fiscal possui méritos em reduzir parte das incertezas. Porém, não deu pistas reais de que a queda da taxa esteja próxima. Portanto, diante do texto ainda duro, a ideia de que o início do afrouxamento da atual política possa ocorrer já na próxima reunião de junho perde força.

Para ler o relatório completo da Órama sobre a decisão do Copom, clique aqui

POLÍTICA NO BRASIL

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (3) projeto de decreto legislativo (PDL) que suspende dispositivos de dois decretos presidenciais de regulamentação do novo marco do saneamento básico. (Agência Câmara de Notícias)

Com o embarque do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a Nova York), nesta quarta-feira (03/05), e o seu retorno ao Brasil previsto para a próxima semana, o compromisso de votar, até o 10 maio, o projeto do arcabouço fiscal enviado pelo governo não será realizado. A discussão do PLP (Projeto de Lei Complementar) sobre o tema deve ficar para o dia 16 de maio. (Poder 360)

O relatório da Polícia Federal indica que o certificado fraudulento de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi emitido no Palácio do Planalto, a sede da Presidência da República. Ele foi alvo de busca e apreensão e seus auxiliares foram presos por fraudes no registro de doses de vacina contra a covid-19. (Valor)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca na noite desta quinta-feira (4) para o Reino Unido, onde participará da cerimônia de coroação do rei Charles III. O primeiro compromisso do presidente será um encontro com o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak. Não há previsão de assinatura de acordos ou termos de cooperação. (CNN)

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