Semana agitada com decisões de política monetária, diplomação de Lula e votação da PEC da Transição

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NESTA MANHÃ
  • Os mercados acionários da Ásia tiveram pregão negativo, nesta segunda-feira, que marca o início de uma semana com importantes decisões de política monetária, especialmente nos EUA.
  • Na China, a Bolsa de Xangai fechou em baixa de 0,87% e a de Shenzhen caiu 0,67%. O aperto monetário global também esteve em foco, e ações de incorporadoras e setores relacionados, como de móveis para casa, pesaram no mercado. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 2,20%, após ter atingido anteriormente máximas em três meses. 
  • Na Europa, os ativos também operam em queda no aguardo, nesta semana, por decisões de política monetária, do Banco Central Europeu (BCE), do Banco da Inglaterra (BoE) e do Federal Reserve. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,43%.
  • Os índices futuros das bolsas de Nova York oscilam bem perto da estabilidade, após semana anterior de perdas, com o S&P 500 em baixa de mais de 3% e o Nasdaq, de 3,99%
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,5369%
  • Os contratos futuros do Brent recuam 0,59%, a US$ 75,65 o barril.
  • O ouro cede 0,37% a US$ 1.790,84 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 16,9 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:25 Brasil: Boletim Focus
  • 10:00 Reino Unido: Monitor do PIB Mensal NIESR
  • 14:00   Brasil: Diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Em sexta-feira de volume financeiro enfraquecido em dia de jogo do Brasil na Copa do Mundo, o Ibovespa fechou em alta de 0,25%, aos 107.519,56 pontos, apesar do sinal negativo em Nova York. O giro foi de R$ 20,2 bilhões. Na semana em que a atenção do mercado permaneceu concentrada na PEC da Transição e na formação da futura equipe de governo, o Ibovespa acumulou perda de 3,94%. No mês, o Ibovespa cede 4,42%, o que limita os ganhos do ano a 2,57%.

Os juros futuros de longo prazo encerraram o dia e a semana em alta, enquanto a ponta curta ficou de lado. O aumento da inclinação nesta sexta-feira se explica pelo exterior, onde o dado de inflação do atacado nos Estados Unidos acima do esperado puxou para cima o retorno dos Treasuries e pressionou moedas emergentes, e pelo desconforto com a confirmação de Fernando Haddad como futuro ministro da Fazenda, ainda que amplamente esperada. O IPCA de novembro no piso das projeções manteve as taxas curtas ancoradas nos ajustes, com viés de baixa.

Com a pressão externa contra moedas emergentes e ainda sob a tensão do futuro da política econômica do Brasil, o dólar à vista terminou a sessão e a semana em alta. Lá fora, pesaram a queda das commodities e os sinais ruins da inflação nos Estados Unidos, que adicionam mais incerteza à decisão do Fed. O dólar terminou a sessão cotado em R$ 5,2456, valorização diária de 0,57% e semanal de 0,59%.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em baixa, em uma sessão marcada pela divulgação do índice de preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos em novembro. Os números levantaram interpretações sobre os próximos passos do Fed em seu aperto monetário. A leitura acima do esperado por especialistas sugeriu maior agressividade pela autoridade monetária, mas ainda houve uma visão de que a desaceleração na alta de juros não deverá ser alterada. O índice Dow Jones caiu 0,90%, enquanto o S&P 500 recuou 0,73% e o Nasdaq teve baixa de 0,70%. Na semana, houve queda de 2,77%, 3,37% e 3,99%, respectivamente.

Os retornos dos Treasuries subiram, com foco na divulgação do PPI. Com a última decisão de juros da autoridade neste ano na próxima quarta-feira (14), investidores observam sinais sobre a postura do banco central.O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, avançou 0,03%. Investidores reagiram à leitura mais forte que a prevista do PPI dos Estados Unidos, posicionando-se para a decisão do Fed e de outros importantes bancos centrais, na próxima semana.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O índice de preços ao produtor (PPI) dos Estados Unidos avançou 0,3% em novembro ante outubro, de acordo com o Departamento do Trabalho do país. O resultado ficou acima da previsão de analistas consultados pelo WSJ, de avanço de 0,2% no período. O núcleo do PPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, subiu 0,3% na comparação mensal de outubro, acima da projeção de alta de 0,2%. No acumulado de 12 meses encerrados no mês passado, o PPI saltou 7,4%, enquanto o núcleo subiu 4,9%.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

Em novembro, o IPCA ficou em 0,41%, a menor taxa para o mês desde 2018, de acordo com os dados do divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE. O resultado surpreendeu analistas do mercado ouvidos pelo Projeções Broadcast, vindo no piso das estimativas, que iam de um avanço de 0,41% a 0,65%, com mediana positiva de 0,54%. A taxa em 12 meses desacelerou de 6,47% em outubro para 5,90% em novembro.

Alteramos nossa projeção no ano de 5,75%  para 5,60%, com inflação de 0,44% em dezembro. Para ler o relatório completo da inflação de novembro, acesse aqui.

POLÍTICA NO BRASIL

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), começou a anunciar nesta sexta-feira (9) os nomes do primeiro escalão de seu futuro governo. Na lista inicial, foram definidos:

  • Fernando Haddad (PT) – Ministério da Fazenda; 
  • Rui Costa (PT) – Casa Civil; 
  • Flávio Dino (PSB) – Justiça e Segurança Pública;
  • José Múcio Monteiro – Defesa
  • Mauro Vieira (diplomata de carreira) – Relações Exteriores

Novos nomes são esperados para essa semana. A princípio, a cantora Margareth Menezes já aceitou o convite para o Ministério da Cultura. No Meio Ambiente, a disputa é entre as ex-ministras Marina Silva e Izabela Teixeira, que comandaram a pasta nos governos Lula e Dilma, respectivamente. A área da Educação é outra que também divide opiniões na equipe de transição. Para uma ala do governo, o ideal seria a indicação de pessoas renomadas na área, como o ex-deputado federal e professor de Filosofia Gabriel Chalita ou Izolda Cela, governadora do Ceará, estado conhecido pelos indicadores acima da média nacional na Educação. Mas outra ala da equipe de Lula quer o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), que é líder petista na Câmara dos Deputados. (CNN)

O economista Aloízio Mercadante está cotado para assumir a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A influência de Mercadante na área econômica vem preocupando os agentes econômicos, por causa do seu viés desenvolvimentista de que o aumento do gasto público induz o crescimento. (CNN) 

A Câmara marcou para esta quarta-feira (14) a votação da PEC da Transição. As discussões já começaram no domingo (11) com encontro de petistas com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) e devem seguir pela semana. Apesar disso, os deputados devem aguardar decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre as emendas de relator para avançarem no texto aprovado pelo Senado. (Poder360)

Acontece nesta segunda-feira (12), no Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), às 14h, a solenidade de diplomação dos eleitos para a Presidência da República nas Eleições 2022. A cerimônia vai formalizar Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin como presidente e vice-presidente eleitos para o mandato de 2023-2026. Os diplomas são assinados pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, que também abrirá a sessão solene e designará dois ministros do Tribunal para conduzirem Lula e Alckmin ao Plenário. Autoridades do Judiciário, do Executivo e do Legislativo farão parte da mesa oficial da solenidade. (TSE)

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

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