Reajuste para baixo da gasolina e PMS fraca endossam a ideia de corte de juros em agosto

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, o IGP-10 de junho e o IBC-BR de abril são os destaques da enxuta agenda, em meio a expectativas pela decisão do Copom, na próxima semana. Nos EUA, a Confiança do Consumidor é divulgada às 11h. 
  • As bolsas asiáticas fecharam em alta, após o Banco do Japão (BoJ) deixar sua política monetária inalterada. O índice Nikkei subiu 0,66%, o Hang Seng avançou 1,07% e o Xangai Composto teve alta de 0,63%.
  • Na Europa, os mercados acionários operam no positivo, ensaiando recuperação das perdas de ontem, em uma semana marcada por decisões de política monetária de grandes bancos centrais. O índice Stoxx Europe 600 avança 0,48%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street não apontam para uma direção definida.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,7293%
  • Os contratos futuros do Brent recuam 0,70%, a US$ 75,14 o barril.
  • O ouro sobe 0,35%, a US$ 1.964,98 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 25,6 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:00 Brasil: IGP-10 (Jun)
  • 09:00 Brasil: IBC-Br (Abr)
  • 11:00 EUA: Confiança do Consumidor Michigan (Jun)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa sustentou uma leve alta de 0,13% aos 119.221,0 pontos, amparado pela expectativa de cortes na taxa Selic a partir de agosto e pela melhora da perspectiva da S&P para o rating do Brasil, de estável para positiva. Essa combinação de vetores positivos foi suficiente para compensar as quedas das ações preferenciais e ordinárias da Petrobras – de 2,36% e 1,48%, respectivamente – com a decisão da companhia de reduzir os preços da gasolina nas refinarias em 4,66% a partir desta sexta-feira, 16.

Os juros futuros oscilaram com queda moderada durante quase toda a sessão. O reajuste para baixo nos preços da gasolina e o dado fraco do setor de serviços, endossam a ideia de que as condições para o ciclo de distensão monetária estão sendo dadas. Assim, o dólar à vista também encerrou a sessão caindo 0,09%, cotado a R$ 4,8025.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em alta, seguindo um período de recuperação que levou o S&P 500 ao maior nível desde abril de 2022. As perspectivas para a postura do Fed seguem como o grande catalisador para o mercado acionário. O índice Dow Jones fechou em alta de 1,26%, enquanto o S&P 500 ganhou 1,22% e o Nasdaq subiu 1,15%.

Os rendimentos dos Treasuries recuaram, depois que dados econômicos mistos nos Estados Unidos impuseram dúvidas sobre a esperada retomada do aperto monetário do Fed, após a manutenção de juros na quarta-feira (14).

O euro se fortaleceu, após o Banco Central Europeu (BCE) decidir elevar juros em 25 pontos-base e sinalizar que pretende apertar mais a política monetária adiante. Com isso, o índice DXY recuou 0,81%, em meio a dados mistos dos Estados Unidos. 

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL 

O setor de serviços recuou 1,6% em abril na comparação com março, após dois meses de crescimento, de acordo com a Pesquisa Mensal dos Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE. O resultado veio abaixo das estimativas, que tinham mediana de -0,4%. Em relação a abril de 2022, o índice tem alta de 2,7%, também abaixo da mediana (4,3%). 

A leitura foi negativa, contribuindo para o nosso cenário de desaceleração da atividade ao longo do ano. O setor de serviços teve um desempenho forte no primeiro trimestre, impulsionado pela cadeia do agro, contudo, vem mostrando um resultado fraco, especialmente nas aberturas mais sensíveis à política monetária contracionista. Leia o relatório completo aqui

A Petrobras anunciou ontem (15) mais uma redução do preço de venda às distribuidoras da gasolina, em R$ 0,13 por litro. A medida começa a valer a partir de hoje (16). Estimamos que o efeito sobre a inflação será de cerca de 10 bps, distribuídos entre junho e julho, levando nossa projeção do IPCA para 5,2% neste ano. Acesse o comentário completo aqui.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA: 

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu elevar suas principais taxas de juros em 25 pontos-base, após concluir reunião de política monetária nesta quinta-feira, à medida que a inflação na zona do euro segue persistente e bem acima da meta oficial de 2%. Com a decisão, a taxa de refinanciamento do BCE passará de 3,75% a 4%, a de depósitos, de 3,25% a 3,50%, e a de empréstimos, de 4% a 4,25%. O ajuste veio em linha com a expectativa de analistas. A presidente da instituição, Christine Lagarde, afirmou que o banco não está considerando a possibilidade de uma pausa no ciclo de aperto monetário.

As vendas no varejo dos Estados Unidos subiram 0,3% em maio ante abril, a US$ 686,6 bilhões, de acordo com os dados do Departamento do Comércio. O resultado surpreendeu analistas consultados pela FactSet, que previam queda de 0,2% no período.

Por outro lado, a produção industrial dos Estados Unidos surpreendeu negativamente, com queda de 0,2% em maio, na comparação com o mês anterior, conforme informou o Federal Reserve (Fed). Analistas ouvidos pela FactSet previam avanço de 0,1% no período.

O número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos ficou estável na semana encerrada em 10 de junho, em 262 mil. O resultado, porém, ficou acima da previsão de analistas consultados pela Factset, de 251 mil solicitações.

POLÍTICA NO BRASIL:

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta quinta-feira (15) que não está nos planos do governo prorrogar o programa de crédito tributário para baixar os preços dos automóveis novos. (Folha)

Entre os muitos recados da reunião ministerial de quinta-feira (15), o presidente Lula alertou os ministros que irá intervir nas pastas, caso as demandas do Planalto não sejam atendidas pelos ministérios. A declaração soou como um aviso do que pode deflagrar uma reforma ministerial no futuro, com trocas no primeiro escalão. (CNN)

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