Investidores monitoram divulgação da inflação americana

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NESTA MANHÃ
  • As bolsas na Ásia terminaram a terça-feira sem sinal único. Entre as principais bolsas, Tóquio subiu 0,40%, com ações de farmacêuticas e transportadoras marítimas apoiando os ganhos, mas em Xangai o quadro foi levemente negativo, com fabricantes de chips entre os papéis pressionados. Assim, o Xangai Composto recuou 0,09%. Enquanto em Hong Kong, o Hang Seng teve alta de 0,68%.
  • Na Europa, os mercados exibem sinal positivo nas primeiras horas do pregão, com impulso limitado. Investidores reagem a indicadores do dia, mas com expectativa por importantes decisões de política monetária ao longo desta semana. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,53%.
  • A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da Alemanha ficou em 10% em novembro, desacelerando ante 10,4% em outubro, de acordo com a revisão publicada pela Destatis. Na comparação mensal, o CPI alemão recuou 0,5% em novembro. O resultado veio em linha com as expectativas do mercado. 
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura no positivo. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,59%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 1,46%, a US$ 79,13 o barril.
  • O ouro avança 0,29%, a US$ 1.786,69 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 17,4 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:00 Brasil: Ata do Copom
  • 09:00 Brasil: Crescimento no Setor de Serviços PMS (out)
  • 10:30 EUA: Índice de Preços ao Consumidor CPI (Nov)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Em dia de apetite por risco em Nova York, o Ibovespa chegou a ceder mais de 3% nos piores momentos da sessão, atingindo o menor nível intradia desde 4 de agosto, mas conseguiu limitar a perda a 2,02%, aos 105.343,33 pontos no encerramento, amparado no fim por relato sobre a PEC da Transição. 

Os juros futuros fecharam a segunda-feira em alta. O movimento esteve atrelado ao risco que o mercado vê para as contas públicas na gestão Lula, com destaque para especulações em torno da possível nomeação do ex-ministro Aloizio Mercadante para o comando da Petrobras ou do BNDES e revogação da Lei das Estatais. Além disso, a agenda pesada da semana, com reuniões de política monetária na Europa e nos Estados Unidos, votação da PEC da Transição e possível anúncio da equipe econômica de Fernando Haddad na Fazenda, também amparou a postura defensiva dos investidores.

Riscos associados à transição engatilharam aversão ao risco no mercado doméstico nesta segunda-feira, arrastando para cima a cotação do dólar. A busca pela proteção na moeda americana fez a cotação correr ao maior nível em duas semanas, ainda que na etapa da tarde a força compradora tenha perdido um pouco de ímpeto. A expectativa de um discurso mais duro do Fed na quarta-feira também sustenta a valorização da divisa dos Estados Unidos mundo afora. Com isso, o dólar terminou o dia aos R$ 5,3110, valorização de 1,24%. 

EXTERIOR

Os mercados acionários de Nova York fecharam em alta, com perspectiva de redução do ritmo da alta de juros do Fed na reunião desta semana. Além disso, são esperados números da inflação ao consumidor americano em novembro, que saem na terça-feira (13). O índice Dow Jones fechou em alta de 1,58%, enquanto o S&P 500 avançou 1,43% e o Nasdaq teve alta de 1,26%.

Os juros dos Treasuries subiram em ritmo modesto, no começo de uma semana importante para os mercados, com os números de novembro da inflação nos EUA e decisões de bancos centrais relevantes. Além disso, a renda fixa americana reagiu a leilões realizados pelo Departamento do Tesouro.

O dólar operou sem direção única em comparação com outras moedas de países desenvolvidos, diante de um ambiente cauteloso no mercado cambial antes da divulgação da inflação de novembro dos EUA, além de decisões monetárias do Fed, BCE e BoE ao longo da semana. O foco ficou em eventos dos próximos dias também por conta de uma agenda esvaziada de drivers no exterior. Assim, o índice DXY fechou em alta de 0,31%.

POLÍTICA NO BRASIL

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, (PSB) foram diplomados na tarde desta segunda-feira (12) em cerimônia no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Lula se emocionou ao iniciar seu discurso. Lembrou do tempo em que esteve preso em Curitiba por causa da Operação Lava Jato, elogiou a conduta da Corte Eleitoral no pleito deste ano e, sem citar nomes, criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL). Também fez uma ampla defesa da democracia, que, para ele, enfrenta desafio “talvez maior do que no período da 2ª Guerra Mundial”. (Poder 360)

O presidente eleito Lula possivelmente vai alterar a Lei das Estatais já nos primeiros dias de governo, por meio de uma medida provisória, conforme afirma em nota a Eurasia. “A Lei das Estatais estipula rígidos parâmetros para as companhias públicas, e o PT a critica ferozmente desde a criação”, de acordo com o documento. A consultoria analisa que o gesto de Lula facilitaria a indicação de políticos para o comando de empresas estatais – como o senador petista Jean Paul Prates, cotado para presidir a Petrobras. A MP também deve reverter em indicações políticas para a chefia de bancos públicos. (Valor)

O governo federal publicou nesta segunda-feira (12), no Diário Oficial da União, uma Medida Provisória que prevê o salário mínimo em R$ 1.302 a partir de 1º de janeiro de 2023. Atualmente, o valor do piso nacional é de R$ 1.212. De acordo com a Secretaria-Geral da Presidência, “a correção do valor do salário mínimo de 2023 considera uma variação estimada de 5,81% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), no período de janeiro a dezembro de 2022, acrescida de um ganho real em torno de 1,5%”. (CNN)

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) tentaram atacar a sede da Polícia Federal, em Brasília, na noite desta segunda-feira (12). O grupo ateou fogo em ruas próximas da PF e até em um ônibus coletivo que trafegava nas imediações. (Valor)

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

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