Contração do PIB americano reforça discurso do Fed de moderar a alta de juros

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NESTA MANHÃ
Nesta manhã: Contração do PIB americano reforça discurso do Fed de moderar a alta de juros.
  • As bolsas na Ásia fecharam com viés de baixa, em meio a preocupações com o desempenho econômico da China e após mais uma rodada de ganhos em Wall Street. O Xangai Composto caiu 0,89%, após autoridades da China reconheceram que a economia do país enfrenta dificuldades e que não serão capazes de cumprir a meta de crescimento de 5,5% estabelecida para 2022. Enquanto o Hang Seng teve queda de 2,26%, à medida que a ação do Alibaba sofreu um tombo de 6,10% após relatos de que a fintech Ant Group pretende se afastar da gigante do e-commerce. Já o Nikkei, recuou 0,05%
  • Na Europa, os mercados operam em alta, com balanços de grandes empresas da região e positivos dados econômicos, mas também com inflação acima das expectativas. O índice Stoxx Europe 600 avança 0,86%.
  • O PIB da zona do euro cresceu 0,7% no segundo trimestre de 2022 ante os três meses anteriores, conforme dados preliminares divulgados pela Eurostat. O resultado veio bem acima da expectativa de analistas consultados pelo WSJ, que previam alta de 0,1% no período. Na comparação anual, o PIB do bloco teve expansão de 4% entre abril e junho, superando o consenso do mercado, de 3,4%.
  • A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro atingiu a máxima histórica de 8,9% em julho, ainda sob os efeitos da guerra da Rússia na Ucrânia, de acordo com  dados preliminares divulgados pela Eurostat. Enquanto, a expectativa de analistas consultados pelo WSJ era de 8,6%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura em alta.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 2,70%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 2,04% a US$ 109,33 o barril.
  • O ouro avança 0,41%, a US$ 1.763,10 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 24 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: Taxa de Desemprego
  • 09:30 EUA: Índice de Preços PCE (Jun)
  • 10:45 EUA: PMI Chicago (Jul)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa emendou o segundo dia de ganhos energizado pelo apetite por risco em Nova York, deflagrado pelos sinais sobre juros emitidos pelo Fed. A indicação de que o ritmo de elevação da taxa de referência pode ser suavizado já na próxima reunião do Fed, em setembro, ganhou força hoje com a primeira leitura sobre o PIB do segundo trimestre nos EUA. Assim, o Ibovespa subiu 1,14%, aos 102.596,66 pontos.

Os juros futuros fecharam a sessão em queda firme, amparada no resultado negativo do PIB nos EUA. Ao passo que, o dólar, em dia marcado pelo apetite ao risco, fechou em queda de 1,66%, a R$ 5,1630. 

EXTERIOR

Os mercados acionários de Nova York fecharam com ganhos. O quadro foi de volatilidade, em dia de publicação do PIB dos EUA no segundo trimestre. Apesar de o sinal negativo da atividade no país, pesou mais hoje a avaliação de que isso fará o Fed elevar menos os juros, enquanto o governo americano continuou a demonstrar otimismo sobre o quadro na atividade. Além disso, investidores monitoraram balanços de empresas importantes. O índice Dow Jones fechou em alta de 1,03%, enquanto o S&P 500 subiu 1,21% e o Nasdaq avançou 1,08%.

Desse modo, o rendimento dos Treasuries caíram na sessão, após a notícia da contração da economia. Além disso, o índice DXY também recuou com a leitura do PIB, fechando a sessão em leve queda de 0,09%. 

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos registrou contração de 0,9% no segundo trimestre deste ano, em termos anualizados, de acordo com a primeira leitura do indicador divulgada pelo Departamento do Comércio do país. No entanto, as previsões de analistas consultados pelo Projeções Broadcast apontavam para um crescimento de 0,4%. 

O índice de preços de gastos com consumo subiu à taxa anualizada de 7,1% entre abril e junho, conforme também informou o Departamento do Comércio, replicando o desempenho do primeiro trimestre. Já o núcleo do PCE, que desconsidera preços de alimentos e energia, avançou 4,4% no mesmo intervalo, após alta de 5,2% no trimestre anterior.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O mercado de trabalho formal voltou a acelerar e registrou um saldo positivo 277.944 carteiras assinadas em junho, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O resultado do mês passado decorreu de 1.898.876 de admissões e 1.620.932 de demissões. O mercado esperava um novo avanço no emprego no mês, mas o resultado veio acima da mediana das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de mediana de 234 mil. No primeiro semestre de 2022, o saldo do Caged já é positivo em 1.334.791 de vagas. No mesmo período do ano passado, houve criação líquida de 1.478.997 postos formais.

POLÍTICA NO BRASIL

Pesquisa Datafolha concluída e divulgada ontem (28) mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na liderança isolada da disputa presidencial com 47% das intenções totais de voto. Candidato à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro vem em segundo lugar com 29%. Na sequência estão o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 8% e a senadora Simone Tebet (MDB-MS), com 2%. André Janones (Avante), Pablo Marçal (Pros) e Vera Lúcia (PSTU) tiveram 1% cada um. Os demais não pontuaram. Na rodada anterior do Datafolha, com entrevistas feitas em 22 e 23 de junho, Lula tinha 47%; Bolsonaro, 28%; Ciro Gomes, 8%. (Folha)

O pré-candidato do União Brasil à Presidência da República, Luciano Bivar, tem reunião decisiva amanhã em Pernambuco com o clã da família Coelho, liderada pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), para decidir seu futuro político. Bivar sinalizou aos Coelho nos últimos dias que pode desistir da disputa presidencial para apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já no primeiro turno das eleições. A intenção de Bivar, caso a desistência seja concretizada, é tentar uma vaga na Câmara Federal. Existem negociações com o PT para que, em caso de vitória de Lula, o partido o apoiasse para a presidência da Câmara. (Folha)

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

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