Em dia de agenda esvaziada, investidores acompanham novas atualizações sobre o conflito em Israel e os discursos de membros do Fed

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NESTA MANHÃ
  • Hoje o dia é de agenda esvaziada tanto no Brasil quanto no exterior. O mercado deve acompanhar o desenrolar do conflito em Israel e os discursos de membros do Fed, buscando entender os próximos passos da política monetária americana. No Brasil, os operadores ajustam suas posições na véspera da divulgação do IPCA de setembro.  
  • As bolsas na Ásia fecharam sem direção única, com algumas favorecidas pelo avanço de Wall Street ontem e outras pressionadas pelas incertezas do conflito entre Israel e o Hamas. O Xangai Composto fechou em queda de 0,70%, o Hang Seng avançou 0,84% e o Nikkei liderou os ganhos na região, com alta de 2,43%.
  • Na Europa, as bolsas se recuperam com vigor, à medida que comentários favoráveis sobre as taxas de juros dos EUA ajudam a melhorar o apetite a risco. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 1,47%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam alta na abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,67%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 0,24%, a US$ 86,29 o barril.
  • O ouro recua 0,24%, a US$ 1.856,84 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 27,8 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Europa: Discurso de Lagarde, presidente do Banco Central Europeu 
  • 09:00 Brasil: Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) (Set)
  • 10:30 EUA: Discurso de Bostic, membro do Fed
  • 11:00 EUA: Inventários do Atacado (Ago)
  • 14:00 EUA: Discurso de Waller, membro do Fed
  • 16:00 EUA: Discurso de Kashkari, membro do Fed
  • 19:00 EUA: Discurso de Daly, membro do Fed

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

A mudança de sinal em Nova York à tarde, do negativo para o positivo, e a acentuação de ganhos em Petrobras (PETR3: +4,10% e PETR4: +4,30%) levaram o Ibovespa aos 115.156,07 pontos ao fim do pregão, uma alta de 0,86%. À exceção de Petrobras e de utilities como Eletrobras, a sessão foi majoritariamente negativa para as ações na B3, refletindo a aversão a risco com novo ingrediente neste início de semana: a guerra no Oriente Médio, deflagrada no sábado pelo Hamas, em ataque em escala considerada sem precedentes a Israel.  

Os juros futuros fecharam em baixa, a despeito das tensões geopolíticas vindas do conflito entre Israel e o Hamas. Assim, as declarações dovish de Philip Jefferson, vice-presidente do Fed, e informações de que o grupo extremista estaria aberto a negociar um armistício abriram caminho para uma correção mais consistente de parte da alta da semana passada. 

O dólar à vista fechou o dia cotado a R$5,1310, com baixa de 0,60%. A queda da moeda se deu diante de uma retomada do apetite ao risco no exterior, com alta firme das bolsas em Nova York, na esteira de fala de dirigente do Federal Reserve sugerindo menos espaço para nova alta dos juros.

EXTERIOR

As bolsas fecharam em alta depois de falas do vice-presidente do conselho do Fed conduzirem uma melhora do humor diante da pressão em meio aos desdobramentos do conflito entre o Hamas e Israel. Assim, o índice Dow Jones fechou em alta de 0,59%, o S&P teve alta de 0,63% e o Nasdaq subiu 0,39%.

Diante do feriado de Columbus Day  o mercado de Treasuries não abriu. 

O dólar se valorizou mais no início do dia, com o foco no confronto entre o Hamas e Israel e seus desdobramentos, mas o movimento não se sustentou em grande medida com o apoio ao apetite por risco no fim do pregão do mercado acionário americano. Nesse contexto, o índice DXY fechou próximo da estabilidade, com alta de 0,04%, a 106,083 pontos. 

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL: 

O Boletim Focus registrou relativa estabilidade na semana, apenas com revisão do câmbio de R$4,95 para R$5,00 em 2023 e a mediana da projeção do IPCA de 2024 subindo de 3,87% para 3,88%. No que diz respeito à atividade e à taxa Selic, ambas ficaram estáveis em todos os horizontes.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

Lorie Logan, presidente do Fed de Dallas, afirmou que a inflação continua alta demais e que o mercado de trabalho permanece muito forte. A dirigente observou também que os dados de gastos e crescimento no emprego estão superando as expectativas. Nesse sentido, Logan disse que o comitê de dirigentes votantes poderá precisar fazer mais para alcançar suas metas econômicas. 

O vice-presidente do conselho do Fed, Philip Jefferson, comentou que os riscos de fazer pouco ou em demasia na política monetária estão agora mais equilibrados e, portanto, que atuará com cautela ao avaliar a necessidade de aperto monetário adicional, mencionando o avanço recente nos juros dos Treasuries de longo prazo. Ao mesmo tempo, afirmou que pode ser cedo para “garantir” que o Fed apertou sua política monetária o suficiente para levar a inflação de volta à meta de 2%.

POLÍTICA NO BRASIL

O Ministério da Fazenda quer concluir até o fim do ano uma proposta que vai permitir a securitização de recebíveis. Com isso, será possível antecipar o ingresso nos cofres públicos de receitas futuras, oriundas de transações tributárias. Nos cálculos do Tesouro Nacional, o projeto poderá gerar até R$50 bilhões de arrecadação já em 2024. (Valor)

A pouco mais de dois meses para o fim dos trabalhos do Legislativo em 2023, a equipe econômica reforçou a ofensiva para garantir o avanço da reforma tributária no Senado. O objetivo é superar as incertezas impostas pelo calendário, já que o Congresso deve ficar mais esvaziado em pelo menos três semanas até o recesso parlamentar em função dos feriados. De acordo com o relator da reforma, a previsão para apresentação do parecer segue sendo entre os dias 20 e 24 de outubro. (Valor)

Em resposta a uma consulta encaminhada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a unidade técnica do Tribunal de Contas da União indicou que os pisos mínimos constitucionais para as áreas de Saúde e Educação só precisam ser cumpridos a partir de 2024. O parecer, que ainda precisa ser chancelado pelo plenário, representaria um alívio de cerca de R$20 bilhões para o governo. (Valor)

PAINEL DE COTAÇÕES

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