Feriado na China, dados de desemprego e PCE americano direcionam o dia

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, o encerramento do mês de setembro contará com a divulgação dos dados de desemprego do Brasil, além de atualizações sobre o resultado fiscal e a trajetória da dívida. Nos Estados Unidos, a divulgação do indicador de gastos com consumo (PCE) deve ser a principal baliza do dia. 
  • As bolsas na Ásia, as bolsas tiveram resultados mistos. O Hang Seng subiu 2,51%, à medida que ações de tecnologia saltaram após o regulador de ciberespaço chinês propor uma flexibilização da política de dados transfronteiriços. No Japão, o Nikkei encerrou praticamente estável, com baixa marginal de 0,05%. Na China, Taiwan e Coreia do Sul os mercados não operaram por conta de feriados. 
  • Na Europa, as bolsas operam em alta, ampliando os ganhos de ontem, após dados prévios de inflação da zona do euro mais fracos do que o esperado reforçarem as chances de uma pausa no aperto monetário da região. 
  • O CPI anual preliminar da zona do euro recuou para 4,3% em setembro, ante 5,2% em agosto, de acordo com dados da Eurostat. A prévia do CPI ficou bem abaixo das expectativas dos analistas consultados pela FactSet: 4,8%. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 1,04%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam alta na abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,67%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 0,43%, a US$ 94,97 o barril.
  • O ouro sobe 0,34%, a US$ 1.871,34 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 27 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:30 Brasil: Resultado Primário Consolidado (Ago)
  • 08:30 Brasil: Dívida Bruta (Ago)
  • 09:00 Brasil: Taxa de Desemprego (Ago)
  • 09:30 EUA: Índice de Preços PCE (Ago)
  • 10:45 EUA: PMI de Chicago (Set)
  • 11:00 EUA: Índice de Confiança da Universidade de Michigan (Set)
  • 13:45 EUA: Discurso de Williams, membro do Fed 
  • Feriado na China

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa fechou em alta de 1,23%, aos 115.730,76 pontos. A alta foi resultado de uma melhora do sentimento doméstico e externo em relação aos últimos dias.

Em uma sessão marcada pela volatilidade, os juros futuros terminaram a sessão estáveis na ponta curta e em queda nos demais trechos. O alívio no mercado de Treasuries no fim da tarde resultou em uma melhora generalizada para os ativos globais. Além disso, a entrevista do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, onde reforçou que não há espaço para aceleração dos cortes da taxa Selic, também ajudou nesse processo.

O dólar fechou estável, em R$5,0400, após uma manhã de oscilações fortes. Na última hora de negócios, com a melhora do apetite ao risco no exterior e novas máximas do Ibovespa, a moeda se estabilizou. A onda compradora que dominou as mesas de operações nas últimas sessões e levou o dólar aos maiores níveis desde o fim de maio arrefeceu no pregão de ontem.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em alta com a melhora do apetite ao risco induzida pelo recuo dos juros dos Treasuries após terem alcançado os maiores níveis em mais de uma década na semana. As ações das montadoras se destacaram entre os ativos que subiram em meio a notícias de flexibilização das demandas de trabalhadores em greve que paralisou as atividades de algumas unidades. Desse modo, o Dow Jones subiu 0,35%, o S&P teve alta de 0,59% e o Nasdaq avançou 0,83%. 

Os juros dos Treasuries recuaram no fim da tarde, em correção após terem alcançado seus maiores níveis em mais de uma década. Os retornos continuam perto das máximas plurianuais mesmo assim, apoiados por uma perspectiva de política monetária restritiva nos EUA e em meio ao risco de paralisação do governo americano. 

O dólar recuou ante rivais fortes com o PIB americano consolidando expectativas de pausa no aperto do Fed e ameaça de paralisação das atividades do governo americano. Assim, o índice DXY encerrou o dia com queda de 0,41%, aos 106,224 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

Foi divulgado também o Relatório Trimestral da Inflação, onde o Banco Central subiu a projeção para o crescimento da economia, passando de 2% para 2,9% em razão da surpresa no segundo trimestre. Para 2024, o BC apresentou uma previsão de alta de 1,8%, um pouco acima das expectativas do Boletim Focus (+1,5%). Em relação à inflação, a instituição manteve sua projeção de 5% para o ano, com uma taxa Selic de 11,75% e um câmbio de R$4,90. Além disso, estima que a possibilidade do índice de preços encerrar o ano de 2023 acima da meta cresceu, indo de 61% para 67%.

O IGP-M subiu 0,37% em setembro, após queda de 0,14% no mês anterior. O resultado contribuiu para uma taxa de -4,93% no ano e -5,97% no acumulado de 12 meses. De acordo com o FGV IBRE, se não fosse o aumento dos preços ocorrido em 16/08, tanto o IPC e o IPA teriam apresentado deflação.

INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR

O PIB real dos Estados Unidos cresceu a uma taxa anual de 2,1% no 2°tri, ficando abaixo do consenso de mercado que era de 2,2%. O crescimento foi puxado pelo aumento nos investimentos empresariais, nos gastos dos consumidores e nos gastos do governo. 

As vendas pendentes de casas caíram 7,1% em agosto, em meio a uma alta das taxas de hipoteca acima de 7%, número não visto nos últimos 20 anos. O indicador veio bem abaixo das expectativas de uma queda de 1% no mês. De acordo com a National Association of Realtors (NAR), os potenciais compradores de casas estão dando uma pausa e reajustando suas expectativas em relação à localização e ao tipo de residência que cabe em seus orçamentos. 

Os pedidos de seguro-desemprego nos EUA ficaram em 204 mil na semana passada, encerrada no dia 22/09. O resultado veio abaixo da expectativa de 214 mil dos analistas consultados pelo The Wall Street Journal. A média móvel de 4 semanas foi de 211 mil, uma queda de 6,25 mil em relação à média da semana anterior.

POLÍTICA NO BRASIL

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o objetivo do governo é melhorar, no Senado, o projeto da reforma tributária aprovado pela Câmara. De acordo com Haddad, a expectativa é aprovar até o fim de outubro. (Valor)

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que o governo avalia saídas e o timing para endereçar soluções em relação ao retorno do piso constitucional da Saúde este ano, com o fim do teto de gastos. Ceron avaliou que o impacto deve ser inferior aos R$20 bilhões informados na última semana pelo Ministério do Planejamento e Orçamento. (Valor)

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a empresa espera receber no próximo mês a resposta referente a um dos processos de licenciamento de perfuração de poços petrolíferos na margem equatorial. Hoje, a empresa tem três projetos em análise no Ibama: um bloco em frente à costa do Amapá, na bacia da Foz do Amazonas, um na bacia de Barreirinhas, entre o Pará e o Maranhão, e, por fim, o terceiro envolve poços na costa do Ceará. (Folha)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a taxação de empresas offshore e dos fundos de alto rendimento vai tramitar em um único projeto, que deve ser deliberado já na próxima semana. Além dele, deve ser colocado em pauta o marco das garantias na próxima terça (03). (Folha)

A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou o Desenrola Brasil, projeto que disciplina as regras do programa de renegociação de dívidas do governo. O relator, senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), cedeu à pressão do Ministério da Fazenda e manteve o texto da Câmara dos Deputados. Assim, o projeto deve ser votado pelo plenário na próxima segunda (02) em sessão remota. (Folha)

PAINEL DE COTAÇÕES


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