Envio do orçamento de 2024 para o Congresso e PCE americano movimentarão o dia

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, o mercado acompanhará a divulgação da PNAD (09:00), que trará mais informações sobre o estado do mercado de trabalho doméstico, e mais um relatório da dívida bruta do Brasil. No campo político, hoje é a data-limite para o envio do projeto de lei orçamentária de 2024 para o Congresso. No exterior, atenção se volta para o PCE americano de julho (09:30) e mais discursos de membros do Banco Central Europeu.
  • As bolsas na Ásia caíram em sua maioria. O Xangai Composto fechou em baixa de 0,55%  e o Hang Seng recuou 0,55%. Já no Japão, o Nikkei subiu 0,88%, sendo impactado, principalmente, pela menor preocupação em relação à possibilidade de mais aperto monetário por parte do Fed.
  • Na China, o PMI CFLP da indústria subiu de 49,3 pontos a 49,7 pontos em agosto, acima da previsão de 49,5 pontos dos analistas ouvidos pela FactSet. O PMI de serviços recuou de 51,5 pontos para 51 pontos, de acordo com as expectativas. 
  • Na Europa, os mercados acionários não exibem sinal único após a divulgação de vários indicadores e fala de membros do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BOE). 
  • O CPI da Zona do Euro subiu 5,3% na prévia de agosto, enquanto analistas previam alta de 5,1%.
  • Em relação às falas dos membros dos bancos centrais, Isabel Schnabel, do BCE, advertiu para o quadro de incertezas e frisou que será preciso analisar os indicadores a cada reunião para decidir a política monetária. Enquanto isso, o economista-chefe do BOE, Huw Pill, disse privilegiar uma abordagem de manutenção dos juros constantes por mais tempo, sinalizando que deseja evitar aperto excessivo na política monetária. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 0,27%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura mista para o pregão.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,21%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,63%, a US$ 86,40 o barril.
  • O ouro sobe 0,13%, a US$ 1.945,18 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 27 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:30 Brasil: Dívida Bruta (Jul) 
  • 09:00 Brasil: PNAD (Jul)
  • 09:30 EUA: Pedidos de Seguro-Desemprego
  • 09:30 EUA: PCE (Jul)
  • 10:00 EUA: Discurso do Collins, membro do Fed
  • 10:45 EUA: Chicago PMI
  • 13:00 Europa: Discurso de De Guindos, membro do Banco Central Europeu
  • 22:45 China: PMI Caixin de Manufatura
  • Envio do Projeto de Lei Orçamentária de 2024 ao Congresso

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa fechou com queda de 0,73%, aos 117.535,10 pontos. O resultado do índice foi impactado pelas perdas do setor financeiro, que reagiu às incertezas que permeavam em torno do fim ou não da dedutibilidade do JCP.

Os juros futuros tiveram alta ao longo de toda a curva. O movimento foi puxado pela recomposição dos riscos de prêmio fiscal após um déficit primário maior do que o previsto nas contas do governo central em julho, e pela persistência de incertezas em relação ao cumprimento da meta de 2024.

O dólar fechou em alta de 0,31%, a R$4,8700, após o resultado do governo central ser mais fraco do que o esperado e a fala da ministra Simone Tebet sobre o orçamento de 2024. De acordo com analistas, o dólar poderia ter avançado mais ontem por aqui se não fosse o enfraquecimento da moeda americana e o recuo das taxas dos Treasuries.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em alta, apoiadas por uma nova leva de dados dos Estados Unidos que reforçaram as apostas de manutenção dos juros do Fed a partir de setembro. O índice Dow Jones fechou com elevação de 0,11%, o S&P ganhou 0,39%, e o Nasdaq subiu 0,54%.

Os juros das Treasuries tiveram viés negativo ao longo do dia, mas fecharam sem direção única no fim da tarde, com os dados de atividade mais fracos. 

Por fim, o índice DXY fechou em queda de 0,36%, a 103,157 pontos, diante de uma queda do dólar em relação ao euro e à libra. O movimento se deu a partir da visão de um ciclo de aperto monetário do Fed perto do fim e de uma potencial nova alta de juros do Banco Central Europeu frente à persistência da inflação alemã. 

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O setor privado dos Estados Unidos criou 177 mil vagas de trabalho em agosto, de acordo com dados divulgados pela Automatic Data Processing (ADP). O número ficou abaixo das 200 mil vagas projetadas por alguns economistas e também bem abaixo das 324 mil vagas abertas em julho.

A segunda prévia do PIB registrou alta de 2,1% no segundo trimestre, em base anualizada, de acordo com o Departamento de Comércio Americano. O dado ficou abaixo da expectativa média dos analistas consultados pelo The Wall Street Journal de 2,4%. O resultado também foi menor do que os 2,4% registrados na primeira estimativa

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O IGP-M caiu 0,14% em agosto, após queda de 0,72% no mês anterior. Na análise do IBRE, os produtos agropecuários e industriais contribuíram para a taxa menos negativa do índice de preços ao produtor. 

O Índice de Confiança de Serviços da FGV caiu 0,6 ponto em agosto, para 97,4 pontos. O resultado do mês, de acordo com o IBRE, pode ser enxergado como uma acomodação, influenciado pela piora da satisfação dos empresários sobre o momento atual que vem refletindo uma queda da demanda, sugerindo uma desaceleração da tendência de crescimento. 

Em compensação, o Índice de Confiança do Comércio subiu 2,2 pontos em agosto, para 93,8 pontos. A alta, de acordo com o IBRE, foi motivada pela visão positiva dos empresários do setor para os próximos meses frente à redução da taxa de juros e medidas para redução do endividamento.

O Caged divulgou os dados de julho, indicando a abertura líquida de 142.702 vagas com carteira assinada. O resultado ficou acima da estimativa mediana de 139 mil vagas, de acordo com o Valor Data. As projeções iam de 110 mil a 155 mil vagas. Ao comentar os números, o ministro do Trabalho e Emprego afirmou que o governo federal segue projetando crescimento líquido de 2 milhões de vagas formais para este ano.

POLÍTICA NO BRASIL

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, revelou alguns detalhes da peça orçamentária de 2024 que será encaminhada hoje ao Congresso. De acordo com a ministra, o governo precisa de R$168 bilhões de receita para zerar o déficit em 2024, algo que chamou atenção, já que as projeções anteriores da equipe econômica apontavam para algo em torno de R$130 bilhões em arrecadação adicional. O aumento é justificado pela atualização de parâmetros econômicos, com novas projeções de inflação e câmbio para o ano que vem. Na avaliação de Tebet, sem o voto de qualidade do Carf em favor da União e sem a tributação de subvenções concedidas por Estados via ICMS, não tem como zerar o déficit primário no ano que vem. (Valor/Valor)

Além disso, de acordo com uma fonte do governo, o pacote de medidas para elevar a arrecadação em 2024 está pronto e propõe o fim do mecanismo de Juros sobre Capital Próprio (JCP), proposta que deve render receitas de R$6 a R$8 bilhões. (Valor)

O Senado aprovou o texto-base do projeto de lei que altera a regra de desempate nos julgamentos do Carf sem alterar o texto analisado pela Câmara dos Deputados, sendo encaminhado para sanção do presidente Lula. Nas contas da equipe da Fazenda a estimativa de arrecadação parte de R$40 bilhões por ano com o retorno do voto de qualidade. (Valor)

A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de salários dos 17 setores empresariais que mais empregam no país com uma medida adicional que levará à redução da alíquota de contribuição de todas as prefeituras. A mudança faz com que o texto tenha que passar de novo pelo Senado antes de seguir para sanção presidencial. (Valor)

Membros do Partido dos Trabalhadores concordaram com a divisão do Ministério do Desenvolvimento Social e a transferência de uma parte da pasta para o Progressistas (PP), de acordo com informações de líderes do Centrão. Os petistas teriam aceitado a medida em prol da governabilidade, visando auxiliar o presidente Lula a obter maioria na Câmara dos Deputados. (CNN)

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