Semana começa agitada em Brasília e, no exterior, falência do First Republic continua no radar

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, no Brasil, após o feriado do dia dos trabalhadores, o mercado fica atento aos possíveis impactos do desfecho do First Republic e da medida provisória que formalizou o aumento do salário mínimo para R$ 1.320.
  • As bolsas na Ásia fecharam em alta, com algumas delas voltando do feriado do Dia do Trabalho. Os mercados chineses permaneceram fechados devido a um feriado de três dias que se estenderá até amanhã (03). O índice Hang Seng avançou 0,20%, enquanto Nikkei subiu 0,12% e o Kospi registrou alta de 0,91%.
  • Na Europa, os mercados acionários operam sem direção única, enquanto investidores digerem balanços corporativos e dados econômicos da região. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,26%.
  • A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro atingiu 7% em abril, acelerando levemente ante 6,9% em março. A prévia de abril veio em linha com a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura negativa.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,52%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 0,48%, a US$ 78,93 o barril.
  • O ouro avança 0,17%, a US$ 1.985,57 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 28 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:25 Brasil: Boletim Focus
  • 11:00 EUA: Ofertas de Emprego JOLTs (Mar)
  • 15:00 Brasil: Balança Comercial

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Na sexta-feira (28), o Ibovespa subiu 1,47%, aos 104.432 pontos, impulsionado na sessão por ganho em torno de 2% para a Petrobras. Em dia positivo para o Brent e o WTI, as ações da estatal encerraram o mês acumulando alta de 11,36% (ON) e de 13,02% (PN), superando o desempenho de outros papéis de primeira linha e de grande liquidez na B3. O principal índice da Bolsa obteve leve ganho de 2,50% em abril, interrompendo sequência de perdas em março (-2,91%) e fevereiro (-7,49%).

Os juros futuros encerraram o pregão em alta firme ao longo de toda a curva, diante das preocupações dos investidores com notícias que podem impactar as contas públicas e de novos sinais de resiliência na atividade econômica brasileira, que reforçaram a perspectiva de que o Banco Central ainda tem um desafio para conter as pressões inflacionárias.

O dólar à vista encerrou a sessão cotado a R$ 4,9870, em alta de 0,15%. A moeda operou em terreno positivo ao longo de todo o pregão em sintonia com o exterior, mas se manteve abaixo da linha de R$ 5,00 no fechamento. O comportamento da moeda americana no mercado local sofreu forte influência da disputa técnica para formação da última Ptax de abril e pela rolagem de posições no segmento futuro de câmbio. Na semana, o dólar recuou 1,42%, enquanto no mês a queda foi de 1,62%.

EXTERIOR

O dólar e os rendimentos dos Treasuries avançaram, após a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) anunciar o fechamento do First Republic e a venda dos ativos para o JPMorgan. A notícia consolidou a expectativa por novo aumento de 25 pontos-base nos juros do Fed na próxima quarta-feira. O índice DXY fechou em alta de 0,52%.

As bolsas de Nova York, que abriram durante o feriado no Brasil do dia 01 de maio, fecharam em queda, os índices até exibiram ganhos ao longo de quase toda a sessão, no entanto, nas horas finais do dia, a disparada dos rendimentos dos Treasuries pesou no sentimento dos agentes e derrubou os mercados acionários. O índice Dow Jones caiu 0,14%, enquanto o S&P 500 cedeu 0,04% e o Nasdaq recuou 0,11%.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O índice de preços de gastos com consumo (PCE) dos EUA avançou 0,1% em março ante fevereiro, segundo o Departamento do Comércio do país. Na comparação anual, a alta foi de 4,2%, desacelerando em relação ao aumento anual de 5,0% no mês anterior.

O índice de sentimento do consumidor dos EUA, elaborado pela Universidade de Michigan, teve alta de 62,0 em março a 63,5 na leitura final de abril. O resultado divulgado veio em linha com a previsão dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal.

O índice de gerentes de compras (PMI) da indústria dos EUA, elaborado pelo Instituto ISM, subiu de 46,3 em março para 47,1 em abril. Analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal previam alta menor, a 46,7.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil (IBC-Br) avançou 3,32% em fevereiro na comparação mensal, acima do teto das expectativas (2,0%), que tinha piso de 0,15% e mediana de 1,10%. Na comparação com fevereiro de 2022, houve crescimento de 2,76%, melhor índice da série ajustada desde março de 2014. Para ler o relatório completo da Órama, acesse aqui.

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 8,8% no trimestre encerrado em março, de acordo com os dados mensais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo IBGE. O resultado ficou dentro das expectativas dos analistas, que estimavam uma taxa entre 8,5% e 9,1%, com mediana de 8,9%.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, registrou baixa de 0,66% em março ante recuo de 0,29% em fevereiro, de acordo com o IBGE.

POLÍTICA NO BRASIL

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou nesta segunda-feira (01/05), Dia do Trabalhador, a MP (Medida Provisória) que aumenta o salário mínimo de R$ 1.302 para R$ 1.320 ao Congresso Nacional. A medida entra em vigor a partir da publicação. Precisa ser aprovado pelo Legislativo Federal em até 120 dias para continuar em vigência. (Poder 360)

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que as CPIs (comissões parlamentares de inquérito) propostas no Congresso, como a do 8 de Janeiro e da Americanas, não devem atrapalhar a tramitação da reforma tributária e da nova regra fiscal. (Poder 360)

O governo federal aumentou a isenção do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física) de R$ 1.903 para R$ 2.640 mensais. A medida provisória foi publicada no Diário Oficial da União. A Receita Federal disse que 13 milhões de pessoas estarão isentas do tributo. Mas a mudança não impacta as declarações que estão sendo feitas em 2023, porque o ano de referência é de 2022. O prejuízo com a correção da tabela do IR alcançaria R$ 15,35 bilhões até 2025. Para compensar esse rombo, o governo também incluiu na MP um dispositivo que cria tributações ao rendimento de aplicações financeiras no exterior de residentes no Brasil, além de bens e direitos objeto de trusts. A nova tributação pode significar um aumento de R$ 13,59 bilhões em arrecadação, segundo o cálculo da Fazenda. (Poder 360)

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se reunirá nesta terça-feira (2) com líderes partidários e com o relator do projeto de lei de combate às “fake news”, Orlando Silva (PCdoB-SP), para medir a disposição das bancadas em apoiar o avanço da proposta. Uma eventual perspectiva de derrota pode determinar o adiamento da apreciação, que até o está prevista para esta terça. (Valor)

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