Às vésperas do COPOM, o arcabouço fiscal pode ser votado na CAE do Senado

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, às vésperas da decisão do COPOM, o mercado doméstico aguarda a votação do arcabouço fiscal na CAE do Senado. No exterior, na volta do feriado nos EUA, os ativos devem reagir tanto à falas de membros do FED e BCE ao longo do dia, como também à queda de juros na China menor que o esperado.  
  • As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta terça-feira, após a China decepcionar com uma redução de juros mais modesta do que se previa. O PBoC reduziu a taxa básica de juros de empréstimos (LPR) de um ano em 10 pontos-base, para 3,55% ao ano (ante 3,65%), e também a LPR de cinco anos em 10 pontos-base, para 4,2% ao ano (ante 4,3%). A maioria dos empréstimos novos e pendentes na China é baseada na LPR de um ano, enquanto a LPR de cinco anos influencia os preços das hipotecas.
  • Com isso, o índice Xangai Composto recuou 0,47%, enquanto o Nikkei subiu 0,06% e o Hang Seng cedeu 1,54%
  • As bolsas europeias operam sem direção única, à medida que investidores seguem cautelosos em relação à perspectiva econômica global após a decisão do PBoC. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,43%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street operam em baixa, indicando que os mercados americanos devem retomar os negócios após o feriado em tom negativo. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,7740%.
  • Os contratos futuros do Brent avançam 0,09%, a US$ 76,68 o barril.
  • O ouro avança 0,12%, a US$ 1.952,18 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 26,8 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:00   Brasil:  IGP-M – Jun (2ª prévia) 
  • 09:00   Brasil: Início da votação do Arcabouço Fiscal na CAE – Senado
  • 09:30 EUA: Construção de Novas Casas (Mai)
  • 10:15      Brasil: Monitor do PIB – Abr 
  • EUA: Discursos de membros do FED
  • Europa: Discursos de membros do BCE

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa renovou mais uma vez o pico do ano nesta segunda-feira, (19), fechando em alta de 0,93%, aos 119.857,76 pontos, no maior nível desde outubro. A expectativa por um corte da taxa Selic em agosto foi a principal responsável pelo desempenho do índice, após o relatório Focus ter mostrado uma redução das expectativas do mercado para a inflação de 2023 a 2026 e a taxa básica de juros no fim deste ano e do próximo.

Em dia de feriado nos EUA, a agenda esvaziada e o compasso de espera pelo COPOM os juros futuros ficaram de lado. 

O dólar à vista encerrou a sessão em baixa de 0,92%, cotado a R$ 4,7755 no menor valor de fechamento desde 31 de maio do ano passado (R$ 4,7516). Com queda em 10 dos 12 pregões de junho, a moeda já acumula desvalorização de 5,86% no mês. A apreciação do real se deu na contramão da onda de fortalecimento do dólar no exterior, tanto em relação a moedas fortes quanto às divisas emergentes e de países exportadores de commodities.

EXTERIOR

Em dia de feriado nos EUA, além de não ter pregão, a liquidez global fica limitada. O dólar abriu a semana ganhando força ante moedas rivais, na esteira de dúvidas sobre estímulos econômicos para recuperação da China e incertezas sobre a economia global, o que minou o apetite por risco nos mercados europeus. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,27%, a 102,522 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR:

O vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, disse que é certo que a inflação deverá moderar, mas que o núcleo pode não diminuir de forma tão pronunciada. Pela manhã, a dirigente Isabel Schnabel comentou que o banco central precisa continuar elevando os juros até surgirem sinais convincentes da desaceleração no núcleo e de retorno sustentado à meta de 2%. Em relatório, o BCE revelou que uma mediana de analistas monetários aponta mais uma elevação de 25 pontos-base nos juros em julho, a última alta do ciclo atual de apertos. A partir disso, o banco central manteria as taxas até o segundo trimestre de 2024, quando faria uma redução de 25 pb nos juros.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL 

Os analistas do mercado financeiro anteciparam de setembro para agosto a projeção para o primeiro corte da taxa Selic, segundo o Sistema de Expectativas de Mercado, base de dados do Boletim Focus. Para a reunião de amanhã, a mediana ainda é de manutenção da Selic em 13,75% ao ano, o que seria a sétima seguida, mas no encontro seguinte, que ocorre nos dias 1 e 2 de agosto, a maioria dos economistas já prevê queda para 13,50%.

Na pesquisa divulgada ontem, a expectativa para o IPCA deste ano tombou de 5,42% para 5,12%, uma queda de 0,30 ponto porcentual em apenas uma semana. Para 2024, foco da política monetária, a projeção cedeu de forma modesta, de 4,04% para 4,00%.

POLÍTICA NO BRASIL

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado inicia nesta terça-feira (20). A reunião do colegiado, prevista para começar às 9h, será dividida em duas etapas: debate com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e especialistas; e, depois, a votação do projeto. Há expectativa de que os senadores peçam vista — mais tempo — para analisar a matéria. Se isso acontecer, o presidente da comissão, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), afirmou que vai chamar a votação para quarta-feira (21). (G1)

O relator do novo arcabouço fiscal no Senado, Omar Aziz (PSD-AM) irá se reunir nesta terça-feira (20) com o deputado Cláudio Cajado (PP-BA), em busca de um alinhamento a respeito de possíveis alterações na nova regra. Com mudanças, o texto voltará para a Câmara, o que provavelmente irá atrasar a votação no Congresso. (Valor)

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