Mercados tombam após leitura acima do esperado da inflação americana

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NESTA MANHÃ

Mercados tombam após leitura acima do esperado da inflação americana.

  • As bolsas da Ásia fecharam em baixa, após Wall Street sofrer um tombo ontem em reação a dados de inflação ao consumidor (CPI) dos EUA que superaram as expectativas. O índice acionário japonês Nikkei caiu 2,78%, enquanto o Hang Seng recuou 2,48% e o Xangai Composto teve baixa de 0,80%.
  • Na Europa, as bolsas operam sem direção definida, algumas ensaiando recuperação da sessão anterior, quando os dados do CPI americano reforçaram temores sobre o aperto monetário nos EUA. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,39%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura em alta.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,44%.  
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,68%, a US$ 93,80 o barril.
  • O ouro avança 0,14%, a US$ 1.704,35 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 20,3 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: Vendas no Varejo PMC (Jul)
  • 09:30 EUA: Índice de Preços ao Produtor PPI (Ago)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Em linha com a aversão global a risco que se impôs após a surpreendente leitura sobre a inflação americana de agosto, o Ibovespa fechou em baixa, ainda que em menor magnitude do que as bolsas de Wall Street. O índice de referência da B3 registrou queda de 2,3%, a 110.793,96 pontos.

Os juros futuros avançaram. O cenário externo, via surpresa negativa do CPI, foi determinante na trajetória da curva, afetando sobretudo os vencimentos longos, que acompanharam a reação dos Treasuries. A contribuição local para o movimento veio do volume de serviços em julho acima do consenso e do leilão de Notas do Tesouro Nacional. Os eventos do dia não chegaram a alterar o quadro de apostas para o Copom da próxima semana, mas ajudaram a inibir apostas em corte da Selic em 2023.

Além disso, após três pregões consecutivos de queda firme, o dólar subiu 1,79%, cotado a R$ 5,1890 no fechamento, em sintonia com a onda de fortalecimento da moeda americana tanto em relação a divisas fortes quanto emergentes. A corrida global ao dólar foi deflagrada pela decepção com a leitura do CPI dos EUA em agosto. 

EXTERIOR

Os principais índices acionários de Wall Street tiveram o pior desempenho diário desde junho de 2020, na esteira do avanço inesperado no índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos. O resultado da inflação de agosto alterou as expectativas de aumento de juros pelo Fed, que será definido na próxima semana. De acordo com as apostas monitorada pelo CME Group, a chance de um aumento de 50 bps zerou, a de 75 bps reduziu (de 91% para 68%) e a de 100 bps aumentou (de 0% para 32%) entre segunda (12) e terça (13). No fechamento, o Dow Jones caiu 3,94%, enquanto o S&P perdeu 4,32% e o Nasdaq tombou 5,16%.

Os juros dos Treasuries subiram, à medida que os dados de inflação ao consumidor (CPI) dos EUA, divulgados pela manhã, surpreenderam o mercado ao virem acima do esperado e confirmarem a trajetória hawkish do Fed. 

Ao passo que o dólar se valorizou ante rivais, também impulsionado pelo CPI. Desse modo, o índice DXY registrou alta de 1,37%. 

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos subiu 0,1% em agosto ante julho, de acordo com dados do Departamento do Trabalho. O resultado contrariou a mediana de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de deflação de 0,1%. Enquanto o núcleo do CPI avançou 0,6% na comparação mensal de agosto, acima do consenso do mercado, que apontava para acréscimo de 0,3%. 

Na comparação anual, o CPI dos EUA subiu 8,3% em agosto, desacelerando em relação ao ganho de 8,5% de julho, mas acima das expectativas, de alta de 8,0%. Ao passo que o núcleo do CPI teve incremento anual de 6,3% em agosto, acelerando em relação a julho e igualmente acima da projeção de analistas, de aumento de 6,1%.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O volume de serviços prestados subiu 1,1% em julho ante junho, conforme os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada pelo IBGE. O resultado de junho foi revisto de uma alta de 0,7% ante maio para 0,8%. O resultado de julho ficou acima da mediana de alta de 0,7%, de acordo com a pesquisa do Projeções Broadcast.

Ao passo que, na comparação com julho de 2021, houve alta de 6,3% no volume de serviços prestados, já descontado o efeito da inflação. O dado ficou acima das expectativas, que iam de uma elevação de 3,6% a 9,9%, com mediana de 5,8%. Enquanto a taxa acumulada no ano foi de alta de 8,5%. Em 12 meses, os serviços acumulam avanço de 9,6%.

POLÍTICA NO BRASIL

De acordo com o levantamento Quaest para a Genial Investimentos, as comemorações do 7 de Setembro não surtiram efeito sobre as intenções de voto para o presidente Jair Bolsonaro (PL). A pesquisa, realizada após as festividades, mostra que Bolsonaro, que tenta a reeleição, seguiu com 34%, enquanto o líder da disputa, o petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT), oscilou para baixo, dentro da margem de erro, e agora tem 42%, de 44% no levantamento de uma semana atrás. Ao passo que Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) não tiveram oscilação e seguiram, respectivamente, com 7% e 4%. No cenário de segundo turno, na disputa entre Lula e Bolsonaro, o petista ganharia a eleição com 48% das intenções de voto. Esse percentual era 51% na pesquisa de uma semana atrás, Bolsonaro teria 40% (de 39%). (Valor)

De acordo com a pesquisa PoderData realizada de 11 a 13 de setembro, o percentual de eleitores que rejeitam votar no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no 1º turno das eleições subiu 5 pontos percentuais desde o final de agosto, agora, 41% dizem não dar seu voto “de jeito nenhum” ao petista. No entanto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) segue mais rejeitado do que Lula – 50% dos eleitores negam a possibilidade de votar nele, estável desde março. Além disso, o presidente vem registrando movimento de alta gradual na taxa dos que o consideram como única opção de voto nas eleições presidenciais. No início de junho, tinha 31%, enquanto agora marca 37%. Contudo, Lula segue à frente nesse quesito, com 42% e registra estabilidade. (Poder 360)

Para mais notícias sobre política, acesse o Panorama Político.

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