Mercados avançam após alívio no risco de crise financeira sistêmica

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NESTA MANHÃ
  • As bolsas na Ásia fecharam em alta, acompanhando um rali em Wall Street após um grupo de grandes bancos dos EUA oferecer ajuda financeira ao First Republic Bank, em tentativa de impulsionar a confiança no sistema bancário. O índice Hang Seng avançou 1,64%, enquanto Xangai Composto subiu 0,73% e o Nikkei registrou alta de 1,20%. 
  • Na Europa, as bolsas operam em alta, em meio ao bom humor do último pregão nas bolsas de NY. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,36%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura positiva.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 3,52%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 1,22%, a US$ 75,61 o barril.
  • O ouro avança 0,59%, a US$ 1.930,85 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 26,8 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: Taxa de Desemprego 
  • 10:15 EUA: Produção Industrial (Fev)
  • 11:00 EUA: Confiança do Consumidor Michigan (Mar)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa encerrou o pregão em alta de 0,74%, aos 103.434,66 pontos, quebrando série de cinco perdas seguidas. O pregão acompanhou o otimismo no exterior após a ajuda do Banco Central Suiço com a liberação de recursos de 50 bilhões de francos suíços ao Credit Suisse, aliviando as tensões sobre um possível efeito sistêmico no setor bancário decorrente da falência do Silicon Valley Bank.

Os juros futuros fecharam em alta, mais expressiva nos vencimentos intermediários da curva, refletindo uma realização de lucros após a queda anterior, tendo como gatilhos o avanço dos rendimentos dos Treasuries e o leilão de prefixados do Tesouro.

O dólar à vista encerrou a sessão cotado a R$ 5,2398, desvalorização de 1,03%. Apesar do alívio, a semana ainda é de perdas para o real, com o alta de 0,61% da divisa americana.

EXTERIOR

Os mercados acionários de Nova York fecharam em alta, recuperando parte das fortes perdas do fechamento anterior, com o mercado mais confiante de que a turbulência bancária está sendo controlada, diante dos auxílios para os bancos afetados. Os ganhos se fortaleceram após 11 grandes instituições financeiras confirmarem apoio financeiro ao First Republic Bank. O índice Dow Jones subiu 1,17%, enquanto o S&P 500 avançou 1,76% e o Nasdaq fechou em alta de 2,48%.

Os retornos dos Treasuries subiram, após estabilização nas turbulências sobre os sistemas bancários dos Estados Unidos e da Europa. Com isso, o mercado passou a precificar com maior intensidade uma alta de 25 bps na próxima reunião monetária do Fed, de acordo com o CME Group.

O dólar recuou ante o euro e a libra, em sessão marcada por volatilidade após o BCE elevar juros e com o arrefecimento das preocupações sobre o Credit Suisse e turbulências nos sistemas bancários. Contudo, a moeda americana subiu contra o iene, que havia sido buscada nos últimos dias como ativo de segurança. O índice DXY recuou 0,22%.

O Banco Central Europeu (BCE) elevou suas principais taxas de juros em 50 pontos-base, após concluir a reunião de política monetária nesta quinta-feira (16), apesar de recentes incertezas no sistema bancário global. Com a decisão, a taxa de refinanciamento do BCE passou de 3% a 3,50%, a de depósitos, de 2,50% a 3%, e a de empréstimos, de 3,25% a 3,75%.

A Presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que a inflação deve permanecer “muito alta por muito tempo” na zona do euro, o que justificou a decisão de subir juros em 50 pontos-base na reunião deste mês. Além disso, assegurou que não enxerga um cenário de crise de liquidez, mas reforçou que a autoridade monetária está “pronta para agir” se o quadro geral assim exigir.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA:

O índice de atividade manufatureira na área da Filadélfia permaneceu negativo e chegou a -23,2 pontos em março, ligeiramente acima dos -24,3 pontos em fevereiro, de acordo com o Fed da Filadélfia. A leitura ficou bem abaixo do projetado por economistas consultados pelo WSJ, de -15,5 pontos. Esta foi a sétima leitura negativa consecutiva do indicador.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL:

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 0,05% em março, após a alta de 0,02% em fevereiro, de acordo com a FGV. O resultado anunciado ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro que esperavam desde uma queda de 0,15% a aumento de 0,18%, com mediana positiva de 0,08%. O IGP-10 acumulou um aumento de 0,12% no ano. A taxa acumulada em 12 meses ficou em 1,12%.

POLÍTICA NO BRASIL

O presidente Lula se reunirá com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e os demais integrantes da equipe econômica nesta sexta-feira (17) para discutir os detalhes da proposta de uma nova regra fiscal que substituirá o teto de gastos. A reunião será às 15h no Palácio do Planalto e terá a participação, além de Lula e Haddad, do vice-presidente e ministro, Geraldo Alckmin, e dos ministros do Planejamento, Simone Tebet, de Gestão e Inovação em Serviços, Esther Dweck, e da Casa Civil, Rui Costa. (Poder 360)

Diversos bancos começaram a interromper a oferta de crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS, após o governo reduzir no início da semana o teto de juros de 2,14% para 1,70%. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) já havia alertado que a nova taxa não cobre a estrutura de custos e que poderia haver reflexo na oferta. De acordo com o Valor, todos eles deixaram de oferecer o crédito.

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), devolveu nesta quinta-feira (16) à noite o pedido de vistas sobre a constitucionalidade de um artigo da Lei das Estatais. O tema agora está liberado para o debate e votação no plenário do Supremo e caberá à presidente do tribunal, Rosa Weber, pautar ou não. A decisão de Mendonça vem logo após o ministro Ricardo Lewandowski conceder uma liminar solicitada pelo PCdoB que determina a inconstitucionalidade de um artigo da lei das estatais que limita a participação de políticos na diretoria e nos conselhos das estatais. (CNN)

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