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PANORAMA DIÁRIO

Em dia de agenda vazia, reunião do conselho da Petrobras e palestra de Roberto Campos Neto são os destaques

NESTA MANHÃ
  • Hoje, com a agenda esvaziada, a atenção se volta para a reunião do conselho da Petrobras e para a palestra de Roberto Campos Neto no FMI. No exterior, o destaque vai para o discurso de Austan Goolsbee, dirigente do Fed. 
  • As bolsas na Ásia fecharam em baixa. O aparente ataque de Israel ao Irã reforçou a cautela com o quadro geopolítico, mas houve tempo para redução das perdas, diante da avaliação de que o episódio, ao menos por enquanto, parecia limitado. Assim, o Xangai Composto registrou queda de 0,29%, o Hang Seng recuou 0,99% e o Nikkei caiu 2,66%.
  • As bolsas da Europa exibem sinal negativo nas primeiras horas do pregão. O ataque que, segundo fontes, Israel realizou em Isfahan, no Irã, reforçava cautela com tensões no Oriente Médio. No entanto, a avaliação geral é de que a ação foi contida, enquanto Teerã sinaliza que não planeja retaliação, ao menos de imediato. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 registra baixa de 0,41%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam baixa na abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,57%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 0,60%, a US$ 85,88 o barril.
  • O ouro avança 0,12%, a US$ 2.382,29 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 65,5 mil.
AGENDA DO DIA
  • 11:30 EUA: Discurso de Austan Goolsbee, dirigente do Fed
  • 13:30 Brasil: Roberto Campos Neto palestra em seminário do FMI 
  • Brasil: Reunião do Conselho de Administração da Petrobras

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
MERCADOS NO BRASIL

O Ibovespa fechou o dia levemente positivo, encerrando a sequência de seis quedas consecutivas. O índice registrou 0,02%, de alta aos 124.196,18 pontos, em um dia marcado por falas duras de dirigentes do Fed sobre política monetária americana.

No mercado de juros, se observou uma pausa no movimento de estresse que marcou as últimas sessões. Os DIs oscilaram com viés de baixa, numa tentativa de correção às altas recentes, movimento que acabou limitado pelo avanço dos rendimentos dos Treasuries ontem. As taxas longas, que vinham subindo em ritmo muito mais forte, tiveram alívio ligeiramente maior ante as demais.

O dólar à vista, por sua vez, apresentou leve alta de 0,13% na sessão desta quinta-feira, 18, sendo cotado a R$ 5,2500, em linha com o fortalecimento da moeda americana no exterior.

MERCADOS NO EXTERIOR

O apetite por risco nas bolsas de Nova York ficou reduzido após o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, voltar a dizer que as taxas de juros dos EUA só vão cair mais para o fim do ano.  Em Nova York, as bolsas fecharam sem direção única com o índice Dow Jones subindo 0,06%, o S&P 500 caindo 0,22% e o Nasdaq recuando 0,52%.

Essa projeção de juros elevados por mais tempo impulsiona os retornos dos Treasuries. No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos subia a 4,990%, o da T-note de 10 anos avançava a 4,634% e o do T-bond de 30 anos tinha alta a 4,732%.

Do outro lado do Atlântico, dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) foram na contramão de Bostic, e sinalizaram cortes mais cedo, em junho, conforme já é amplamente esperado pelo mercado. Assim,  o índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou baixa de 0,19%, a 106,151 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos somou 212 mil na semana encerrada em 13 de abril, ficando inalterado em relação ao da semana anterior, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho do país. O resultado ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam 215 mil solicitações.

DISCURSOS DE DIRIGENTES DO FED

O presidente do Federal Reserve (Fed) de Atlanta, Raphael Bostic, afirmou ontem (18) que a autoridade não poderá reduzir as taxas de juros até o final deste ano. Em evento da Aliança da Grande Fort Lauderdale, o dirigente apontou que a inflação segue mais alta do que o normal nos Estados Unidos, e que continuará caindo nos próximos dois anos. Por sua vez, o caminho para a meta de 2% deve ser mais lento do que as pessoas esperam, incluindo algumas novas altas, avalia. Segundo Bostic, a economia está produzindo muitos empregos, e o dirigente está em situação confortável na sua postura restritiva. Para o dirigente, o PIB americano deve seguir crescendo, e ele não tem uma recessão no seu panorama. Outro ponto destacado foi o de que os salários estão subindo mais rápido que a inflação no país. (Broadcast).

ORIENTE MÉDIO

Israel realizou um ataque direto contra o Irã na madrugada de hoje (19). O alvo não era uma instalação nuclear, segundo fontes. Uma autoridade do Irã afirmou à Reuters que não houve ataque com mísseis e que as explosões ouvidas foram resultado da ativação da defesa aérea. (CNN)

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o governo está monitorando muito de perto a oscilação de preços nos combustíveis a partir do acirramento do conflito entre Israel e Irã. Em função da crise, a expectativa é, por ora, de impacto nulo, segundo ele. (O Globo)

POLÍTICA NO BRASIL

O governo Lula incluiu no PLDO de 2025 uma espécie de gatilho preventivo para frear determinados gastos e renúncias no início do respectivo ano, até comprovar o cumprimento da meta fiscal deste ano. Segundo técnicos do governo, o objetivo é evitar o risco de uma corrida para elevar despesas com pessoal, conceder novos benefícios tributários ou adotar qualquer medida vedada pelos gatilhos do arcabouço numa curta janela em que os dados oficiais ainda não tenham sido divulgados. (Folha)

Segundo parlamentares, o Ministério da Fazenda sinalizou aceitar um custo de R$15 bilhões em três anos para o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), com a extinção do benefício em 2027. A ideia dos deputados é que o Perse tenha um impacto fiscal anual de R$5 bilhões em 2024, 2025 e 2026. Diante disso, um entendimento entre a Câmara e a Fazenda parece mais próximo, possibilitando a votação ocorrer na próxima semana. (Estadão)

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou ontem (18) que a proposta de distribuição de dividendos extraordinários da diretoria da empresa está respaldada pelos números, mas que a decisão final sobre o valor distribuído será tomada pelo governo. No entanto, a discussão em torno dos dividendos extraordinários não está na pauta da reunião do conselho de administração da companhia agendada para hoje (19). (Folha)

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