Divulgação do IBC-Br e discursos de presidentes de distritais do Fed são o foco do dia

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NESTA MANHÃ
  • Hoje investidores aguardam a divulgação do IBC-Br de fevereiro, no Brasil. No exterior, as atenções se voltam para os discursos de dirigentes do Fed e para o relatório de estoques de petróleo bruto nos Estados Unidos. 
  • As bolsas na Ásia fecharam sem direção única, em meio a dúvidas sobre o futuro dos juros nos Estados Unidos e sobre as tensões no Oriente Médio. Assim, o Xangai Composto registrou alta de 2,14%, ainda seguindo a maré de otimismo gerada pelo anúncio de novas diretrizes para o mercado de capitais por parte do governo de Pequim na semana passada. Já em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,02%, ficando praticamente estável. Em Tóquio, por sua vez, o Nikkei caiu 1,32%.
  • Na Europa, as bolsas europeias operam em alta, revertendo parcialmente as fortes perdas de ontem, após dados mostrarem arrefecimento da inflação na zona do euro e no Reino Unido, em meio a balanços de empresas locais. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 0,68%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam alta na abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,65%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 0,78%, a US$ 88,53 o barril.
  • O ouro sobe 0,14%, a US$ 2.386,42 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 63,8 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00   Brasil: IBC-Br (Fev)
  • 11:30   EUA: Estoques de Petróleo Bruto
  • 18:30   EUA: Discurso de Loretta Mester, membro do FOMC  
  • 19:30   EUA: Discurso de Michelle Bowman, Membro do FOMC 

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
MERCADOS NO BRASIL

O Ibovespa recuou pela quinta vez seguida na sessão desta terça-feira (16), fechando em baixa de 0,75%, aos 124.388,62 pontos. O cenário de cautela global com componentes geopolíticos e de dúvidas sobre o início de cortes de juros nos EUA, se somaram às incertezas sobre a credibilidade do novo arcabouço fiscal. 

Os juros futuros voltaram a disparar, com os longos abrindo 30 pontos-base nas máximas, refletindo a escalada das preocupações com o ambiente externo e fiscal. A perspectiva sobre os juros nos Estados Unidos ficou mais sombria após discursos de dirigentes do Federal Reserve, incluindo o presidente Jerome Powell.

No mercado de câmbio, também foi o quinto pregão consecutivo de avanço da moeda americana, período em que acumulou ganhos de 5,21%. O dólar à vista encerrou a sessão de ontem (16), em alta de 1,60%, cotado R$ 5,2680.

MERCADOS NO EXTERIOR

Em Nova York, as bolsas terminaram a sessão sem direção única em dia movimentado pelas declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.  No fechamento, o índice Dow Jones subiu 0,17%, o S&P 500 teve queda de 0,21%, e o Nasdaq caiu 0,12%.

Powell, reconheceu que os dados recentes da inflação americana devem significar que os juros ficarão elevados por mais tempo, o que fez as apostas do mercado por um único corte em 2024 se intensificarem, segundo monitoramento do CME Group. Depois de Powell, os retornos dos Treasuries aceleraram alta, com o da T-note de 2 anos ficando acima dos 5% na máxima intraday.

No setor de commodities, o ouro continuou seu rali recente, ficando acima de US$ 2.400 no fechamento pela primeira vez na história, enquanto o petróleo se movimentou de lado, no aguardo de atualizações sobre o conflito Irã e Israel. 

O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,05%, a 106,257 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

No Relatório de Mercado Focus divulgado ontem pelo Banco Central, houve uma revisão nas expectativas para a inflação, com a projeção para 2024 recuando de 3,76% para 3,71%, e para 2025, de 3,53% para 3,56%. Em relação à taxa Selic, o mercado revisou suas expectativas para o encerramento de 2024 para 9,13% ao ano, após 15 semanas de estabilidade a 9% ao ano. Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB), a projeção de crescimento para 2024 foi de 1,90% para 1,95%. Por fim, o cenário para o câmbio foi levemente revisado, com a estimativa para o fim de 2024 passando de R$ 4,95 para R$ 4,97.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

A produção industrial dos Estados Unidos subiu 0,4% em março ante fevereiro, segundo dados publicados pelo Federal Reserve (Fed). O resultado veio em linha com a expectativa de analistas consultados pela FactSet. Já a taxa de utilização da capacidade instalada subiu para 78,4% em março. O Fed também revisou dados da produção de fevereiro, de ganho mensal de 0,1% para acréscimo de 0,4%, assim como a taxa de utilização da capacidade, de 78,3% para 78,2%.

DISCURSOS DE DIRIGENTES DO FED

O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, afirmou ontem (16) em painel no Fórum de Washington sobre Economia Canadense, que dados recentes de inflação nos Estados Unidos indicam que vai demorar mais tempo até que a autoridade monetária tenha a confiança necessária para cortar juros. Powell ressaltou o “significativo” arrefecimento dos preços no segundo semestre de 2023, mas admitiu que os números do começo do ano apontaram uma “falta de mais progressos” no objetivo de retornar a inflação à meta de 2%. (Broadcast)

POLÍTICA NO BRASIL

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, negou que esteja colocada na mesa uma possível mudança na meta fiscal de 2024, diferentemente do que afirmou no começo do mês. Tebet disse estar “muito confiante, não só esperançosa” de que o governo entregará um resultado primário dentro da banda do novo arcabouço fiscal. (Valor)

A comissão mista da Medida Provisória que limita a empresas a compensação de créditos tributários obtidos na Justiça aprovou ontem (16), de forma simbólica, o parecer do relator. A próxima etapa é a votação nos plenários da Câmara e do Senado. O parlamentar manteve o texto original proposto pelo governo, que prevê um parcelamento para empresas compensarem créditos tributários, no caso de montantes a partir de R$10 milhões. A Fazenda argumenta que essa norma traz previsibilidade ao orçamento público. (Estadão

A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) pretende lançar ainda neste primeiro semestre quatro editais de transação tributária de temas em discussão nas esferas administrativa e judicial. A estimativa é de recuperar, por meio de acordos envolvendo teses tributárias, pelo menos R$12 bilhões. Os editais previstos tratarão da tese de afretamento de plataformas de petróleo, da tributação de subvenções, cobranças de PIS e Cofins e de desmutualização da bolsa de valores. (Valor)

O Tribunal Regional Federal da 3° Região (TRF3), com sede em São Paulo, derrubou a decisão da primeira instância e reconduziu à presidência do Conselho de Administração da Petrobras Pietro Mendes, um dos representantes da União no colegiado. A decisão de ontem (16) é do desembargador Marcello Saraiva, e será analisada por uma das turmas do TRF3. (O Globo)

A negociação no Congresso em torno do veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aos R$ 5,6 bilhões de emendas de comissão previstas no Orçamento deste ano pressionou o governo a pedir o adiamento da sessão do Congresso. Agora, a previsão é que a análise dos vetos será em 24 de abril. Congressistas querem a compensação total do valor vetado, mas o governo quer repassar R$ 3,6 bilhões. (Poder 360)

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