Vendas no Varejo e decisão de política monetária na Europa chamam a atenção do mercado

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NESTA MANHÃ
  • Hoje o mercado acompanha a divulgação das Vendas no Varejo (Exp: -1,0) de fevereiro. Além disso, no exterior, a atenção se volta para a decisão de política monetária do Banco Central Europeu e para os discursos de dirigentes do Fed
  • As bolsas na Ásia fecharam sem direção única, com parte delas pressionadas por temores de que os juros básicos dos EUA fiquem inalterados por mais tempo após dados da inflação americana superarem as expectativas. Nesse sentido, o Xangai Composto registrou alta de 0,23%, o Hang Seng recuou 0,26% e o Nikkei caiu 0,35%.
  • Na Europa, as bolsas operam mistas e sem força, à medida que o sentimento de cautela predomina antes do anúncio de política monetária do Banco Central Europeu. Nesse sentido, o Stoxx 600 registra queda de 0,38%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam queda na abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,54%.
  • Os contratos futuros do Brent recuam 0,53%, a US$ 89,02 o barril.
  • O ouro sobe 0,20%, a US$ 2.337,72 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 72,0 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00   Brasil: Vendas no Varejo (Fev) | Expectativa: -1,0%
  • 09:15   Zona do Euro: Decisão da Taxa de Juros (Abr)
  • 09:30   EUA: Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego
  • 09:30   EUA: Índice de Preços ao Produtor – PPI (Mar)
  • 09:45   EUA: Discurso de Williams, membro do FOMC  
  • 11:15   Zona do Euro: Discurso de Christine Lagarde, Presidente do BCE 
  • 14:30   EUA: Discurso de Raphael Bostic, membro do FOMC 

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
MERCADOS NO BRASIL

O sentimento de aversão a risco se impôs ao mercado ontem (10) após a leitura acima do esperado para a inflação ao consumidor nos Estados Unidos em março. Com o mercado reprecificando que os cortes de juros nos EUA só devem começar em setembro, o Ibovespa caiu 1,41%, a 128.053,74 pontos. Na B3, entre as ações de maior peso, destaque para Petrobras (ON +3,02%, PN +2,22%) que refletiu não apenas a retomada de trajetória de alta para os preços do petróleo, mas também a percepção de que o presidente Jean Paul Prates pode permanecer no comando da empresa.

O IPCA de março perto do piso das estimativas (0,16%) não foi capaz de se impor como vetor de redução para os prêmios dos juros futuros no Brasil. Assim, acompanhando de perto a piora adicional no mercado de Treasuries após o CPI, as taxas dos contratos futuros de DI subiram mais de 20 bps nos vértices intermediários e longos. 

Nesse contexto, o dólar à vista disparou 1,41%, a R$ 5,0784, o maior valor de fechamento desde 13 de outubro de 2023, insuflado por uma onda global de fortalecimento da moeda americana.

MERCADOS NO EXTERIOR

A ata do Federal Reserve (Fed) somou-se à forte inflação ao consumidor (CPI) dos EUA em março para aumentar a cautela dos mercados sobre o início e a intensidade do ciclo de flexibilização monetária deste ano. Em um pregão em que a aversão à risco preponderou, no fechamento, o índice Dow Jones teve queda de 1,09%, o S&P 500 recuou 0,95% e o Nasdaq caiu 0,84%.

A ferramenta do CME Group passou a indicar, que a chance mais provável é de que haja apenas um corte de juros, de 25 pontos-base (pb), até o fim deste ano, embora as apostas entre 25 e 50 PB permaneçam bem divididas. Em meio a este cenário, os retornos dos Treasuries continuaram sua trajetória ascendente, renovando máximas desde novembro de 2023 e com o juro da T-note de 2 anos voltando a ficar próximo, mas ainda abaixo dos 5% aos 4,966%. Enquanto isso, o rendimento da T-note de 10 anos teve o maior ganho diário desde 2022.

O dólar também escalou e o DXY avançou mais de 1%, aos 105,245 pontos, no maior nível desde novembro. A força do dólar fez, inclusive, o iene cair ao nível mais baixo em 35 anos, também na esteira das falas do líder do Banco do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, que não descartou outra elevação de juros ainda este ano, mas a depender do avanço da inflação japonesa.

INDICADORES ECONÔMICOS DO BRASIL

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março foi de 0,16% e ficou 0,67 ponto percentual abaixo da taxa de fevereiro (0,83%). No ano, o IPCA acumula alta de 1,42% e, nos últimos 12 meses, de 3,93%.  A queda no preço das passagens aéreas deu a maior contribuição para conter a inflação oficial no País em março. O subitem recuou 9,14% no mês, um impacto negativo de -0,07 ponto porcentual.

INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR

O índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos subiu 0,4% em março ante fevereiro, segundo dados com ajustes sazonais publicados pelo Departamento do Trabalho. O resultado superou a mediana de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de alta de 0,3%. O núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, também avançou 0,4% na comparação mensal de março, vindo igualmente acima do consenso do mercado, de ganho de 0,3%.

A ata da mais recente reunião de decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), de 19 e 20 de março, mostrou que a “grande maioria” dos dirigentes da instituição deseja começar a desacelerar o ritmo da redução no balanço “razoavelmente em breve”. Em outro ponto do documento é apontado que a maioria deseja que essa redução no ritmo do corte no balanço seja iniciada em meados do ano atual. Após o ajuste no ritmo da redução, esse processo deve prosseguir “por algum tempo”. Os dirigentes pretendem desacelerar e então interromper o declínio no tamanho do balanço quando as reservas estiverem “um pouco acima do nível que o comitê julga consistente com reservas amplas”, diz a ata.

Os estoques de petróleo dos Estados Unidos tiveram crescimento de 5,841 milhões de barris, a 457,258 milhões de barris, na semana encerrada em 5 de abril, informou o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam alta de 800 mil barris. (Broadcast)

POLÍTICA NO BRASIL

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a equipe econômica está fazendo as contas para definir se haverá um reajuste para os servidores federais nos próximos anos. Segundo o ministro, no entanto, isso não deve ocorrer em 2024. (O Globo)

A deputada federal Any Ortiz (Cidadania-RS) disse que o governo concordou em retirar a urgência do projeto de lei que reonera gradualmente a folha de pagamento de 17 setores da economia. Para ela, a retirada da urgência dá tranquilidade ao debate. (O Globo)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), vai trocar o relator do projeto de lei que cria o marco legal da energia eólica offshore. A expectativa era que a proposta ficasse com o senador Carlos Portinho (PL-RJ), que relatou o texto na primeira votação no Senado. Pacheco, no entanto, definiu que o senador Weverton (PDT-MA), da base do governo Lula, é quem vai assumir a função. (Estadão)

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, publicou em suas redes sociais que o programa Voa Brasil será lançado oficialmente no dia 17/04, quarta-feira. A iniciativa não dependerá de subsídio do governo, sendo idealizada em formato para que as empresas possam oferecer passagens em períodos de ociosidade. (Estadão)

PAINEL DE COTAÇÕES

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