Em dia de agenda esvaziada, noticiário político deve movimentar o ânimo

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, em dia de agenda esvaziada, o mercado acompanha a divulgação do relatório Focus e o desenvolvimento do noticiário político no Brasil, com destaque para os temas referentes aos dividendos extraordinários da Petrobras, possível mudança de meta fiscal para 2025 e o debate da MP 1202 no Senado.  
  • As bolsas na Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em alta, com investidores à espera de novos dados da inflação dos EUA para avaliar a trajetória dos juros básicos americanos. Dessa forma, o Xangai Composto registrou uma alta de 0,05%, o Hang Seng subiu 0,57% e o Nikkei avançou 1,08%. Além desses, Taiwan liderou os ganhos na região, com o índice Taiex avançando 1,85%, à medida que a ação da TSMC subiu 4,6%, a preço recorde, após a empresa garantir subsídios de até U$6,6 bilhões de dólares do governo americano para a construção de um complexo fabril que está em construção em Phoenix, Arizona. 
  • Na Europa, as bolsas europeias operam mistas e com variações modestas, em dia de agenda esvaziada, à medida que investidores seguem em compasso de espera antes de novos dados de inflação americana e do anúncio de juros do Banco Central Europeu. Nesse sentido, o Stoxx 600 registra queda de 0,40%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam recuo na abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,39%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,23%, a US$ 89,59 o barril.
  • O ouro sobe 0,73%, a US$ 2.356,36 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 71,5 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:25   Brasil: Relatório Focus
  • 17:30   EUA: Estoques de Petróleo Bruto Semanal API

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
MERCADOS NO BRASIL

Sendo puxado por Vale (ON +5,46%) e  Petrobras (ON +1,43%, PN +1,39%), o Ibovespa iniciou a semana em alta de 1,63%, aos 128.857,16 pontos. O avanço de 3% nos contratos futuros de minério na retomada dos negócios com a commodity na China, após o feriado da semana passada impulsionou o papel da mineradora brasileira. A Petrobras, por sua vez, teve um noticiário relativamente positivo com a possibilidade de distribuição de 50% dos dividendos extraordinários.

No mercado de juros, as taxas dos contratos futuros de DI registraram comportamentos distintos, sem apresentar uma tendência. Com a agenda econômica da semana, tanto aqui quanto no exterior carregada, e com a permanência de ruídos fiscais e dúvidas em torno do comando da Petrobrás, os movimentos das taxas foram limitados. 

O dólar fechou em baixa de 0,67%, cotado a R$ 5,0310, interrompendo uma sequência de dois pregões de alta. O movimento pode ser interpretado como uma realização de lucros em um dia de moeda americana fraca no exterior e alta do minério de ferro.

MERCADOS NO EXTERIOR

Nas bolsas de Nova York, o fôlego contido marcou o pregão, com expectativa pelo início da temporada de balanços e indicadores mais importantes na semana. O Dow Jones fechou em baixa de 0,03%, o S&P 500 caiu 0,04% e o Nasdaq teve ganhos de 0,03%.

Os juros dos Treasuries não deram trégua e tiveram mais um dia de alta, com o  juro da T-note de 2 anos subindo a 4,792%, o da T-note de 10 anos avançando a 4,420% e o do T-bond de 30 anos estável, em 4,551%, Pelo monitoramento do CME Group, no fim desta tarde de segunda (08) havia equilíbrio entre as possibilidades de um primeiro corte de juros em junho ou em julho, bem como entre reduções totais de 50 ou 75 pontos-base em todo o ano atual.

No câmbio, o dólar não firmou sinal único frente a outras moedas principais, com o euro subindo, em semana de Banco Central Europeu (BCE) com expectativa de manutenção nos juros. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou baixa de 0,15%.

DISCURSOS DE DIRIGENTES DO FED

O presidente do Federal Reserve (Fed) de Chicago, Austan Goolsbee, afirmou ontem (08) que a economia real dos Estados Unidos “tem se mostrado bastante sólida” e avaliou que o mais recente relatório mensal de empregos (payroll), divulgado na sexta-feira, foi “bastante forte”. Sem direito a voto nas decisões de política monetária deste ano, Goolsbee disse que é preciso estar atento neste momento ao nível de aperto da política monetária. Segundo ele, caso ela continue mais restrita, isso tenderá a elevar o desemprego. O dirigente não se pronunciou, porém, sobre um eventual momento adequado para o Fed começar a cortar juros. (Broadcast)

POLÍTICA NO BRASIL

O governo estuda fixar a meta fiscal de 2025 em um patamar entre 0 e 0,25% do PIB. Nesse sentido, os dados preliminares de receitas disponíveis até o momento vem apontando um quadro “quase impossível” de aumento adicional de arrecadação para o cumprimento da meta. Para o ano que vem, a projeção era de um superávit de 0,5% do PIB, de acordo com o indicado na apresentação do novo arcabouço fiscal. Essa será a principal definição do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) do ano, que será enviado ao Congresso Nacional até o dia 15. (Folha)

A transação tributária relacionada aos contratos de afretamento (espécie de aluguel) de plataformas de petróleo que está sendo negociada entre a União e a Petrobras deve envolver um acordo de pagamento de cerca de R$ 20 bilhões. A adesão deve colocar fim a uma disputa que envolve processos administrativos judiciais que somam R$ 55,234 bilhões. (Valor)

O governo deve propor ao conselho de administração da Petrobras a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários retidos em conta de reserva de remuneração de capital, após a diretoria ter sinalizado positivamente em aderir à transação tributária relacionada aos contratos de afretamento. (Valor)

O ministro Fernando Haddad afirmou que o governo Lula enviará na próxima semana ao Congresso Nacional os projetos de regulamentação da reforma tributária. A declaração foi dada pelo chefe da equipe econômica após encontro com o presidente do Senado e outras lideranças. (Folha)

O presidente Lula assina hoje (09), em cerimônia no Palácio do Planalto, uma medida provisória com o objetivo de garantir a redução de até 4% na conta de luz para consumidores residenciais. A proposta prevê, entre outros pontos, antecipar futuros pagamentos que a Eletrobras deve ao governo. (O Globo)

O Palácio do Planalto marcou para quarta (10) uma reunião extraordinária com representantes dos servidores públicos federais. O intuito é conter um possível movimento de greve identificado entre algumas categorias do funcionalismo. (CNN)

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