Payroll americano e discursos de membros do FOMC dão tom ao pregão do dia

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NESTA MANHÃ
  • Hoje o mercado acompanha a divulgação do Payroll americano e os discursos de membros do banco central americano. No Brasil, o destaque vai para as estatísticas fiscais divulgadas pelo BCB. 
  • As bolsas na Ásia fecharam em baixa, após comentários de dirigentes do Fed alimentarem temores de que o Banco Central Americano poderá adiar cortes de juros. Assim, liderando as perdas na Ásia, o índice Nikkei recuou 1,96%. Em Hong Kong, o Hang Seng voltou de um feriado estável. Na China, não houve pregão do Xangai Composto por conta de um feriado nacional. 
  • Na Europa, as bolsas europeias operam majoritariamente em baixa, após falas de membros do Fed reforçarem preocupações sobre a trajetória dos juros básicos americanos. Assim, o Stoxx 600 registra queda de 1,08%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam alta na abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,33%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,32%, a US$ 89,95 o barril.
  • O ouro sobe 0,18%, a US$ 2.294,00 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 68,2 mil.
AGENDA DO DIA
  • Feriado do Festival Ching Ming na China
  • 08:30 Brasil: Estatísticas Fiscais do BCB
  • 09:30 EUA: Relatório de Emprego (Payroll) não-agrícola (Mar)
  • 10:15 EUA: Discurso de Barkin, Membro do FOMC
  • 13:15 EUA: Discurso de Bowman, Membro do FOMC

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
MERCADOS NO BRASIL

Em um pregão volátil dominado internamente pelo noticiário envolvendo a Petrobras, o Ibovespa, que chegou a subir 1,81%, encerrou o dia com leve ganho de 0,09%, aos 127.427,53. Em boa parte da sessão, os relatos sobre acordo no governo para o pagamento de dividendos extraordinários da Petrobras trouxeram força compradora para o papel da estatal, que na máxima subia mais de 3%. Contudo, no meio da tarde, os rumores de uma possível substituição de Jean Paul Prates por Aloizio Mercadante na presidência da estatal fizeram o humor do mercado virar. 

O mercado de juros ensaiou uma realização de lucros nesta quinta-feira, mas fechou o dia perto da estabilidade.

Após flertar com o rompimento do piso de R$ 5,00 no início da tarde, o dólar à vista ganhou força no mercado doméstico nas duas últimas horas de pregão, em meio a uma piora do humor no exterior. Declarações cautelosas de dirigentes do Federal Reserve, com alertas para as leituras recentes de inflação, levaram a uma perda de fôlego dos ativos de risco, na véspera da divulgação do relatório de emprego (payroll) nos EUA em março. Com isso, o dólar à vista encerrou cotado a R$ 5,0510, em alta de 0,20%.

MERCADOS NO EXTERIOR

Ontem (04), um somatório de fatores contribuiu para a deterioração no ambiente de risco geral. Em meio a crescentes tensões entre Irã e Israel, o preço do petróleo Brent ultrapassou a marca de US$ 90 pela primeira vez desde outubro. O tom mais hawkish dos presidentes das distritais de Cleveland, Minneapolis e Chicago, expressando cautela com a inflação nos EUA, fizeram Nova York recuar das altas de mais cedo. Além disso, a proximidade com o payroll, que será divulgado hoje, elevou a cautela do mercado. No fechamento, o índice Dow Jones registrou queda de 1,35%, o S&P 500 caiu 1,23%, e o Nasdaq recuou 1,40%.

Nos retornos dos Treasuries, o dia foi de instabilidade. Perto do fechamento de Nova York, o retorno da T-note de 2 anos caía a 4,633%; o da T-note de 10 anos recuava a 4,302%; e o do T-bond de 30 anos tinha queda a 4,465%.

O dólar permaneceu em misto contra moedas de países desenvolvidos e o índice DXY registrou baixa de 0,12%, a 104,121 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 7,483 bilhões em março. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) o valor foi alcançado com exportações de US$ 27,980 bilhões e importações de US$ 20,498 bilhões. O resultado de março veio acima da mediana apontada na pesquisa do Projeções Broadcast, de US$ 6,950 bilhões, com expectativas que iam de US$ 6,0 bilhões a US$ 8,0 bilhões.

INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR

Os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiram 9 mil na semana passada, a 221 mil, informou o Departamento do Trabalho. O resultado superou a previsão de analistas ouvidos pela FactSet, de 213 mil.  O total de pedidos da semana anterior foi revisado de 210 mil para 212 mil.  Já o número de pedidos continuados teve queda na semana encerrada em 23 de março, a 1,791 milhão, ficando aquém da projeção de 1,812 milhão. Esse indicador é divulgado com uma semana de atraso.

Segundo ata da última reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), os dirigentes do mais uma vez chegaram a um amplo consenso de que seria prematuro discutir a possibilidade de cortes de juros A reunião ocorreu nos dia  6 e 7 de março, quando os juros básicos da zona do euro ficaram inalterados pela quarta vez seguida. No encontro, os membros concordaram que é preciso obter mais evidências de que a inflação no bloco caminha para a meta de forma sustentável. Eles também ponderaram que novas informações disponíveis antes do encontro de abril seriam “muito limitadas” e que um volume significativamente maior de dados terá sido divulgado até a reunião seguinte, de junho.

FALAS DE DIRIGENTES DO FED

A presidente do Federal Reserve (Fed) de Cleveland, Loretta Mester, afirmou que a desinflação nos Estados Unidos deve acontecer em ritmo mais lento do que o visto no último trimestre de 2023.. Segundo ela, haverá “apoio notavelmente menor do lado da oferta” do que no ano passado, e por isso a inflação desacelerará a ritmo bem mais gradual.

Para o presidente do Federal Reserve (Fed) de Chicago, Austan Goolsbee, é preciso estar bastante atento à trajetória dos preços no setor de habitação dos Estados Unidos. Segundo ele, é importante que esses preços percam fôlego, para que o dirigente ganhe mais confiança de que a inflação no país retornará de fato à meta de 2% do Fed.

Já para o presidente do Federal Reserve (Fed) de Minneapolis, Neel Kashkari, os números de inflação nos Estados Unidos de janeiro e fevereiro “foram um pouco preocupantes”. Durante entrevista em Live no LinkedIn, ele disse que previu, nas projeções de março do Fed, dois cortes de juros para este ano, mas acrescentou que, caso a inflação perdure na faixa atual, isso poderia levá-lo a se questionar se seria adequado levar adiante o plano neste ano.

POLÍTICA NO BRASIL

O presidente Lula avalia transferir o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, para o comando da Petrobras. O ex-ministro da Casa Civil circula fortemente dentro do Palácio do Planalto e do Ministério da Fazenda. Nesse cenário, o diretor de Planejamento do BNDES, Nelson Barbosa, assumiria a presidência do banco. (Estadão)

Um dos grandes embates recentes envolvendo o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o governo, a distribuição de dividendos extraordinários da empresa, deve voltar à pauta do conselho de administração em reunião que será realizada hoje (05). A reunião de hoje deve reabrir o debate em torno do tema, e servirá para marcar um novo encontro em 19 de abril, quando a distribuição deve ser de fato votada. (Folha)

Governistas devem se encontrar na segunda (08) com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para discutir a desoneração da folha de pagamento dos municípios. O pedido vem na esteira de um incômodo do governo com a decisão de Pacheco de não prorrogar a validade de trecho de uma Medida Provisória que tratava do assunto. (CNN)

O presidente Lula já manifestou a diversos interlocutores insatisfação com a equipe que montou no governo e estuda uma reforma ministerial. De acordo com alguns dos desenhos debatidos, o ministro da comunicação, Paulo Pimenta, iria para a Secretaria-Geral. Em seu lugar alguns dos nomes cotados são: Rui Falcão, deputado federal, e Edinho Silva, prefeito de Araraquara. Além disso, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, iria para a Saúde e Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social, voltaria ao Senado, dando espaço para Tereza Campello, ex-ministra da pasta. (Folha)

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