Ata de política monetária do BCE e balanço de pagamentos do Brasil são o foco do dia

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, investidores acompanham a divulgação da ata de política monetária do Banco Central Europeu, no exterior. No Brasil, a atenção se volta para as estatísticas do setor externo, divulgadas pelo BCB, que trata principalmente do balanço de pagamentos
  • As bolsas na Ásia fecharam em alta, em uma recuperação parcial das perdas de ontem, em meio a esperanças de cortes de juros nos EUA e feriados na China, em Hong Kong e Taiwan. Assim, diante do feriado, não houve pregão no Xangai Composto nem no Hang Seng. No Japão, no entanto, o Nikkei registrou alta de 0,81%.
  • Na Europa, as bolsas europeias operam sem direção única e perto da estabilidade, após dados de atividade econômica e inflação da zona do euro e à espera da ata de política monetária do Banco Central Europeu. Assim, o Stoxx 600 registra alta de 0,08%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam alta na abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,36%.
  • Os contratos futuros do Brent recuam 0,14%, a US$ 88,30 o barril.
  • O ouro recua 0,28%, a US$ 2.293,09 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 67,6 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:30 Zona do Euro: BCE Publica Ata da Reunião de Política Monetária
  • 08:30 Brasil: Balanço de Pagamentos (Fev) 
  • 09:30 EUA: Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego
  • 15:00 Brasil: Balança Comercial (Mar)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
MERCADOS NO BRASIL

O Ibovespa se afastou significativamente das mínimas do dia após o alívio global causado pelas falas do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, fechando em queda leve de 0,18%, aos 127.318,39 pontos.

As declarações de Powell soaram levemente dovish em relação às da semana passada no que se refere ao ciclo de corte de juros nos Estados Unidos, mas não o suficiente para as curvas, nem lá nem aqui, engatarem uma correção em baixa. No Brasil, a questão fiscal segue trazendo desconforto, com a possibilidade crescente de revisão das metas, simultaneamente à percepção de atritos entre a Fazenda e o Senado. Com isso, os juros futuros fecharam mais um pregão em alta.

O dólar à vista perdeu fôlego ao longo da tarde, e encerrou a sessão desta quarta-feira, 3, em baixa de 0,34%, cotado a R$ 5,0410.

MERCADOS NO EXTERIOR

Em um dia com divulgação de dados fortes da economia americana, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, manteve o tom recente e disse que é preciso ter mais confiança na trajetória da inflação, antes de decidir cortar juros. Nas bolsas de Nova York, os índices fecharam sem direção definida, com o Dow Jones em queda de 0,11%, o S&P 500 avançando 0,11%, e o Nasdaq subindo 0,23%.

Após as declarações de Powell, os juros dos Treasuries perderam fôlego, o juro da T-note de 2 anos caía a 4,671%, o da T-note de 10 anos recuava a 4,346% e o do T-bond de 30 anos tinha alta a 4,503%.

O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou baixa de 0,54%, a 104,249 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

A produção industrial do Brasil caiu 0,30% em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal, informou ontem  (03) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado contrariou a mediana das previsões de analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, de alta de 0,3%. As estimativas iam desde uma queda de 0,7% até alta de 1,5%.

O índice dos gerentes de compras (PMI) sobre a atividade do setor privado do Brasil ficou estável em março ante fevereiro, em 55,1 pontos, segundo dados publicados pela S&P Global. A leitura, superior a 50 pontos, indica expansão da atividade e está no nível mais elevado em 20 meses. O PMI que mede apenas a atividade do setor de serviços aumentou, de 54,6 para 54,8 pontos entre fevereiro e março, também alcançando o nível mais alto em 20 meses e acima da média de longo prazo do indicador.

INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR

O setor privado dos Estados Unidos criou 184 mil empregos em março, segundo pesquisa com ajustes sazonais divulgada pela ADP. O resultado superou a expectativa de analistas consultados pela FactSet, de geração de 150 mil postos de trabalho no mês passado.  Já o número de empregos criados em fevereiro foi revisado para cima, de 140 mil a 155 mil. A pesquisa da ADP também mostrou que os salários no setor privado tiveram expansão média anual de 5,1% em março.

O índice de gerentes de compras (PMI) de serviços dos EUA caiu de 52,3 em fevereiro para 51,7 em março, segundo pesquisa final divulgada pela S&P Global. A leitura definitiva de março confirmou a estimativa preliminar, mas ficou abaixo da previsão de analistas consultados pela FactSet, que previam revisão para 52,1. Já o PMI composto dos EUA, que engloba serviços e indústria, recuou de 52,5 para 52,1 no mesmo período, após leve revisão para baixo, de 52,2 originalmente. Apesar das quedas, as leituras acima da marca de 50 indicam que a atividade econômica dos EUA segue em expansão.

Já o índice de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços dos EUA medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM) caiu para 51,4 em março, ante 52,6 em fevereiro. O resultado veio abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam queda apenas marginal do índice no mês passado, a 52,5.

FALAS DE DIRIGENTES DO FED

Em discurso na Universidade Stanford, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, manteve o tom recente e disse que é preciso ter mais confiança na trajetória da inflação, antes de decidir cortar os juros nos Estados Unidos. Powell reforçou que a taxa básica atingiu o pico no ciclo atual e lembrou que a maioria dos integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) espera que os juros comecem a cair em algum momento neste ano. Por outro lado, alertou que um corte de juros prematuro poderia reverter os progressos no combate à inflação e exigir uma política mais apertada à frente, mas também que um relaxamento tardio potencialmente enfraqueceria a atividade econômica e o emprego. (Broadcast)

Presidente do Federal Reserve (Fed) de Atlanta, Raphael Bostic, em entrevista à CNBC, reiterou ontem (03) que só espera um único corte de juros nos EUA em 2024. Na sua análise, esse ajuste viria no quarto trimestre, caso a economia evolua como esperado, ou seja, com força contínua no crescimento econômico e no mercado de trabalho, além de uma desinflação lenta ao longo do ano. Após o relatório de emprego ADP, Bostic falou que não considera que a economia americana esteja reacelerando, e que vê o movimento mais como uma manutenção do forte impulso exibido recentemente. Ele disse que a desinflação tende a ser mais lenta, diante de um ambiente econômico como o atual. Bostic alertou que o progresso da redução da inflação à meta de 2% ao ano será “acidentado”. (Broadcast)

POLÍTICA NO BRASIL

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo Lula estuda ingressar com uma ação no STF, contra a decisão que retirou a reoneração dos municípios da medida provisória em tramitação no Congresso Nacional. Haddad acrescentou que a possibilidade de uma ação ainda está sendo analisada pela AGU, mas que ainda não foi submetida ao presidente Lula. (Folha)

Em seu último ano de mandato, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, deseja fazer uma transição suave para seu sucessor. Como parte desse processo, Campos defendeu que a sabatina do novo nome no Senado ocorra ainda este ano, pedindo para Haddad que o governo escolha o próximo presidente entre outubro e novembro, para que haja tempo de realizar a sabatina no Congresso antes do recesso parlamentar. (Valor/Folha)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a distribuição dos dividendos extraordinários da Petrobras, associados ao lucro obtido no quarto trimestre de 2023, vai depender do plano de investimentos da empresa. Assim, Haddad reforçou que a ideia é ver se o caixa da Petrobras está suficientemente robusto e não há risco para execução de seus investimentos. (O Globo)

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que a antecipação dos R$26 bilhões em depósitos da Eletrobras vai pagar os empréstimos das distribuidoras e sobrar. Assim, R$15 bilhões seriam usados para quitar despesas do setor energético e R$11 bilhões para o barateamento da conta de luz. Segundo Silveira, a tarifa pode baixar em até 5%. (G1)

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