Agenda esvaziada promete poucas surpresas para investidores

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, em dia de agenda esvaziada e de início de uma semana mais curta que o convencional, investidores dão atenção aos dados do exterior, com destaque aos discursos de dirigentes do Fed nos Estados Unidos
  • As bolsas na Ásia fecharam em baixa, com as da China à espera de novos dados econômicos e a de Tóquio sucumbindo à realização de lucros após recentes máximas históricas. Dessa forma, o Xangai Composto recuou 0,71%, o Hang Seng caiu 0,16% e o Nikkei teve queda de 1,16%.
  • As bolsas europeias operam mistas e sem ímpeto, em um dia de agenda fraca e iniciando uma semana que será encurtada pelo feriado da Sexta-feira Santa. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,25%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam queda na abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,23%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,75%, a US$ 85,47 o barril.
  • O ouro sobe 0,15%, a US$ 2.168,65 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 68,1 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00   EUA: Licenças para Construção (Mar)
  • 09:25   EUA: Discurso de Raphael Bostic, dirigente do Fed
  • 11:30   EUA: Discurso de Lisa Cook, dirigente do Fed

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
MERCADOS NO BRASIL

Um agitado noticiário das políticas monetária e fiscal deixou os ativos domésticos sem direção única na última semana. No fechamento de sexta, o Ibovespa recuou 0,88%, para 127.027 pontos, com as preocupações em torno da política fiscal do governo fortalecendo o clima de aversão ao risco.

O gatilho para a piora da percepção fiscal veio do primeiro relatório bimestral de avaliação das receitas e despesas. Nele, o governo diminuiu a projeção de resultado primário deste ano, de um superávit de R$ 9,1 bilhões para um déficit de R$ 9,3 bilhões. A nova previsão continua dentro da meta do governo, de déficit zero, com tolerância de 0,25 ponto porcentual do Produto Interno Bruto (PIB).

Os juros futuros oscilaram perto da estabilidade, com discreto viés de baixa nos vértices curtos e intermediários, e de alta nos mais longos.  O recuo nos juros dos Treasuries, se não foi capaz de trazer as taxas locais para baixo, ao menos contribuiu para limitar o contágio da cautela com o fiscal que afetou a Bolsa e o câmbio.

O dólar à vista encerrou a sessão de sexta-feira, 22, negociado a R$ 4,9990, avanço de 0,40%. Na semana, permaneceu praticamente estável (+0,01%).

MERCADOS NO EXTERIOR

Com ímpeto contido, os índices americanos fecharam sem direção única na sexta (22) e apenas o Nasdaq conseguiu renovar pelo terceiro dia o recorde de fechamento, subindo 0,16%. Falas de dirigentes de bancos centrais, incluindo do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, não forneceram informações adicionais ao mercado, após uma semana intensa de ajustes nas políticas monetárias dos principais BCs do mundo. Com isso, o S&P 500 terminou em baixa de 0,14% e o Dow Jones caiu 0,77%.

Powell comentou apenas que a pandemia deixou efeitos “duradouros” sobre a economia, Assim, os juros dos Treasuries recuaram, com o retorno da T-note de 2 anos caindo a 4,598%, o da T-note de 10 anos a 4,212%. 

No câmbio, entretanto, os comentários tiveram poucos efeitos sobre a força do dólar. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,44%, a 104,46 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de março subiu 1,6 ponto, para 91,3 pontos, após duas quedas consecutivas. De acordo com o relatório, a alta da confiança se deu pela melhora de todos os quesitos que compõem o indicador, com exceção ao de intenção de compra de bens duráveis, que recuou fortemente no mês. 

A arrecadação do governo federal com impostos, contribuições e demais receitas somou R$186,5 bilhões em fevereiro. O número representa um aumento real de 12,3% em relação ao mesmo mês do ano passado e é a maior arrecadação já registrada para o mês de fevereiro desde o início da série histórica. (G1)

POLÍTICA NO BRASIL

Para além da regulamentação da reforma tributária, o governo Lula tem outra “pendência” para 2024: o futuro da Desvinculação das Receitas da União (DRU). O dispositivo autoriza o Executivo a usar livremente até 30% da arrecadação com tributos que, originalmente, teriam um “carimbo”, ou seja, um destino definido por lei. Esse dispositivo já foi estendido pelo Congresso diversas vezes, e expira em 31 de dezembro se não for renovado. (Estadão)

A Petrobras confirmou, em documento enviado na sexta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que vai propor apenas os dividendos ordinários aos seus acionistas na próxima assembleia geral ordinária, prevista para 25 de abril, deixando a decisão sobre uma remuneração extra para outro momento.  (Estadão/Broadcast)

O Supremo Tribunal Federal marcou para o dia 03 de abril o julgamento dos embargos de declaração da revisão da vida toda, que permitia a aposentados e pensionistas do INSS incluir salários antigos no cálculo de seus benefícios para aumentar a renda mensal. Os ministros vão julgar recurso da União contra a tese, aprovada em dezembro de 2022 e derrubada pela corte na quinta (21/03). (Folha)

PAINEL DE COTAÇÕES

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