Em dia de agenda relativamente vazia, investidores digerem decisões de política monetária

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, diante de uma agenda econômica relativamente esvaziada, o mercado deve digerir as decisões de política monetária americana e brasileira divulgadas ontem. Além disso, investidores devem acompanhar a decisão de política monetária do Reino Unido pela manhã. 
  • As bolsas na Ásia fecharam majoritariamente em alta, um dia após Federal Reserve reafirmar projeção de que cortará juros três vezes este ano e, ao mesmo tempo, deixar suas taxas inalteradas.  No entanto, o Xangai Composto registrou queda de 0,08%, puxado pelas ações de bens duráveis e telecomunicações, enquanto o Hang Seng e o Nikkei tiveram altas de 1,93% e 2,03%, respectivamente. 
  • As bolsas europeias operam em alta esta manhã, um dia após o Fed reafirmar a projeção para a trajetória dos juros americanos este ano, mas os ganhos são limitados por dados mistos da última rodada de PMIs locais e antes da decisão de política monetária do Banco da Inglaterra. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 0,52%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam alta na abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,23%.
  • Os contratos futuros do Brent recuam 0,15%, a US$ 85,25 o barril.
  • O ouro sobe 1,08%, a US$ 2.209,88 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 67,8 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Reino Unido: Decisão de Política Monetária 
  • 09:30 EUA: Pedidos de Seguro-Desemprego
  • 09:30 EUA: Índice de Atividade Industrial Fed Filadélfia (Mar)
  • 13:00 EUA: Discurso de Michael Barr, Vice-Presidente do Fed

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
MERCADOS NO BRASIL

Em dia de recorde triplo nos índices de Nova York, o Ibovespa avançou 1,25% aos 129.124,83 pontos, impulsionado pelo clima de apetite por risco deflagrado pela decisão do Fomc.

No mercado de juros, as taxas dos contratos futuros de DI recuaram e a curva perdeu inclinação. O DI para janeiro de 2025 fechou na mínima de 9,900%. Contudo, a reação à decisão de política monetária local, deve vir hoje, uma vez que foi retirado o plural do forward guidance.

O dólar à vista terminou a sessão desta quarta-feira, 20, em baixa de 1,10%, cotado a R$ 4,9744, em sintonia com o enfraquecimento da moeda americana no exterior, após sinais do Federal Reserve de que haverá redução de juros nos Estados Unidos ainda neste ano.

MERCADOS NO EXTERIOR

Os mercados acionários nos EUA reagiram de forma positiva à decisão do Fomc de ontem (20) que manteve os juros e as projeções de três cortes de 25bps para 2024 inalterados. Com Jerome Powell reforçando um tom mais dovish na coletiva de imprensa, o índice Dow Jones subiu 1,03%, a 39.512,13 pontos; o S&P 500 avançava 0,89%, a 5.224,62 pontos; e o Nasdaq ganhava 1,25%, a 16.369,41 pontos, todos em suas respectivas máximas históricas de fechamento.

Na mesma toada, os juros dos Treasuries e o dólar perderam força no exterior, depois de uma reação inicial com viés altista. O juro da T-note de 2 anos recuava a 4,615%, o da T-note de 10 anos caía a 4,276% e o do T-bond de 30 anos se mantinha estável, em 4,451%.

A conjuntura favoreceu a atratividade do ouro, que subiu mais de 1% no pregão eletrônico da Nymex. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrava queda de 0,41%, a 103,413 pontos.

DECISÃO DE POLÍTICA MONETÁRIA NO BRASIL

O Copom, nesta quarta (20), reduziu a taxa Selic em 0,5 p.p. para 10,75% a.a. Em comunicado, o Comitê retirou de seu texto a menção no plural de futuras reduções na taxa. Desta vez, o comunicado diz que “em função da elevação da incerteza e da consequente necessidade de maior flexibilidade na condução da política monetária, os membros do Comitê, unanimemente, optaram por comunicar que antevêem, em se confirmando o cenário esperado, redução de mesma magnitude na próxima reunião.” A autoridade monetária enfatizou que a magnitude total do ciclo de corte de juros e a flexibilização dependerão da evolução inflacionária e também das expectativas de inflação, projeções de inflação e balanço de riscos.

DECISÃO DE POLÍTICA MONETÁRIA NOS EUA

O Federal Reserve manteve os juros do país inalterados nesta quarta-feira (20), em uma faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. A decisão foi unânime. Ao publicar a decisão, o Fomc voltou a afirmar que não considera apropriado reduzir o intervalo de juros até que tenha “maior confiança de que a inflação está evoluindo de forma sustentável para 2%”. As projeções do colegiado indicam uma manutenção das expectativas de três cortes de 0,25 ponto percentual no referencial de juros ao longo de 2024, totalizando uma redução de 0,75 p.p. até o fim do ano. Na coletiva de imprensa, o presidente Jerome Powell relativizou o repique da inflação no começo do ano como reflexo de fatores sazonais.

POLÍTICA NO BRASIL

O governo deverá anunciar contingenciamento zero de despesas no Orçamento de 2024, na próxima sexta (22). As novas projeções de receitas e despesas apontam para um déficit primário de R$8 bilhões, dentro das bandas da meta fiscal. No entanto, haverá um bloqueio da ordem de R$3 bilhões por conta do crescimento de despesas obrigatórias, especialmente com Previdência. (Valor)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já teve o aval do presidente Lula para uma proposta elaborada pela pasta para a dívida dos estados. A proposta será apresentada aos governadores na terça (26). A princípio, a ideia é que os Executivos estaduais concordem em usar a eventual folga fiscal que obtiverem para pôr em prática projetos estruturantes e de transformação econômica. (Folha)

A primeira versão dos textos das leis complementares que regulamentarão a reforma tributária serão fechadas pela Fazenda até sexta (22), de acordo com integrantes do grupo de trabalho que desenha as propostas. Em seguida, as propostas passarão pela aprovação de Haddad, que definirá a data de divulgação dos textos. (O Globo)

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