Em dia de agenda esvaziada, foco se volta para a Pesquisa Mensal dos Serviços
NESTA MANHÃ
- Hoje, véspera da semana do feriado de Carnaval, o mercado conta com uma agenda esvaziada. A atenção se volta para a divulgação da Pesquisa Mensal dos Serviços (Exp: 0,7%), dado mais relevante do dia.
- As bolsas na Ásia fecharam em alta marginal, acompanhando leves ganhos em Wall Street, em meio a feriados que mantiveram os mercados fechados em várias partes da Ásia. No Japão, o Nikkei subiu 0,09%. Na China Continental e em Hong Kong, os mercados não operaram devido ao feriado de ano novo.
- As bolsas europeias oscilam perto da estabilidade, buscando direção após dados da inflação alemã e em meio a incertezas sobre a trajetória de juros na região e também nos EUA. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 0,02%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam alta na abertura do pregão.
- O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,17%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 0,16%, a US$ 81,21 o barril.
- O ouro recua 0,13%, a US$ 2.031,64 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 47,3 mil.
AGENDA DO DIA
- China: Feriado – Ano Novo Chinês
- 09:00 Brasil: Pesquisa Mensal dos Serviços (Dez) | Expectativa: 0,7%
- 15:30 EUA: Discurso de Lorie Logan, dirigente do Fed
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
Em baixa pelo segundo dia, o Ibovespa cedeu a linha de 128 mil no piso da sessão, encerrando o dia em queda de 1,33%, aos 128.216,92 pontos. O resultado se deu em meio à divulgação de dados de inflação acima do esperado, que reforçam um movimento onde investidores revisam a tese otimista que favoreceu o país no fim do ano passado.
Os juros futuros terminaram o dia em alta, influenciados pelo movimento dos Treasuries, pelo IPCA de janeiro e pela piora do risco político.
O dólar à vista fechou em alta de 0,53%, aos R$4,9950. Embora a busca de posições defensivas às vésperas do Carnaval e uma provável saída de recursos da bolsa local possam ter contribuído para seu avanço, operadores afirmam que o “escorregão” do real hoje está ligado ao fortalecimento global da moeda americana.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em alta, à medida que o salto de mais de 11% da Walt Disney, após balanço, se contrapôs à pressão dos Treasuries, que reagiram aos sinais de resiliência do mercado de trabalho nos EUA. Assim, o Dow Jones fechou em alta de 0,13%, o S&P subiu 0,06% e o Nasdaq avançou 0,24%.
Os juros dos Treasuries subiram, após dado de auxílio-desemprego nos EUA levantar dúvida sobre a ainda majoritária aposta em corte de juros do Fed em maio. No entanto, os ganhos desaceleraram à tarde, quando um leilão primário de títulos computou demanda acima da média.
O dólar se valorizou, ainda que com impulso limitado ante outras moedas principais, após um indicador positivo do mercado de trabalho americano trazer mais um sinal de economia forte no país. Assim, o índice DXY registrou alta de 0,10%, aos 104,165 pontos.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
O IPCA de janeiro apresentou alta de 0,42%, acima das expectativas da Órama (0,37%) e do mercado (0,35%). Em 12 meses, o índice acumulou 4,51%, superando o esperado (4,43%). O resultado qualitativo ruim continua chamando atenção, com destaque especial aos serviços subjacentes (0,76%), que aceleram em 12 meses (de 4,82% para 5,00%). No entanto, para o IPCA de fevereiro, antecipamos alta de 0,81%, impulsionado pelos reajustes escolares e reajuste do ICMS dos combustíveis. Para o fim de 2024 nossa projeção é de 4,0%. Para saber mais, leia o relatório completo aqui.
O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de janeiro de 2024, mostrou que a estimativa para a safra agrícola de grãos deste ano é de um recuo de 3,80% em relação à produção em 2023. Em comparação com a expectativa de dezembro, houve uma queda de 3,1 milhões de toneladas de grãos, totalizando uma produção esperada de 306 milhões de toneladas, uma redução não muito significativa considerando que será um ano de El-Niño e 2023 registrou safra recorde. De toda forma, para o fim de 2024 a nossa projeção para o PIB é de 1,6%, favorecido pela manutenção do nível da safra no patamar de 2023. Para saber mais, leia o relatório completo aqui.
INDICADORES ECONÔMICOS DOS EUA
Os pedidos de seguro desemprego recuaram 9 mil em relação à semana anterior, fechando em 218 mil na semana anterior. O número veio abaixo do esperado pelo mercado, que previa 220 mil pedidos.
POLÍTICA NO BRASIL
O presidente Lula disse que deve ter um encontro, nos próximos dias, com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O objetivo, segundo ele, é entender “o que está acontecendo”, se referindo à escalada de tensões entre o deputado e a cúpula do governo. (Valor)
Em busca de um acordo em meio ao fogo cruzado entre Executivo e Legislativo, o Ministério da Fazenda e o Congresso abriram uma negociação para mudar o prazo e o alcance da reoneração da folha de pagamentos pretendida pelo governo. Em relação ao conteúdo do novo projeto, está na mesa de negociação esticar o prazo para cobrança integral, dando um tempo maior para as empresas se adaptarem. (Estadão)
A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, defendeu uma discussão sobre os “supersalários” do Judiciário entre os Três Poderes. Para “fechar a torneira”, o governo defende um projeto que regulamenta o teto do funcionalismo que foi aprovado na Câmara em 2021, e aguarda definição no Senado. (O Globo)
PAINEL DE COTAÇÕES
As informações contidas neste material têm caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos destinatários. Este material é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da Órama Investimentos, incluindo agentes autônomos e clientes, podendo também ser divulgado no site e/ou em outros meios de comunicação da Órama. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da Órama.