Aspas dos Gestores – Fevereiro de 2024

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O Research de fundos da Órama reuniu no Aspas dos Gestores de fevereiro o comentário de 95 gestores de fundos de investimentos sobre os desafios dos fundos no mês de janeiro e as perspectivas para o mês de fevereiro.

O documento está ordenado por gestores, em ordem alfabética, e adaptado para navegar até comentário desejado através de um clique no nome da gestora.

Panorama Geral

O mês de janeiro foi marcado, sobretudo, por uma correção dos preços após o rali de fim de ano. No Brasil, com o Congresso em recesso, a pauta política foi guiada pelo embate entre o executivo e o legislativo em torno da MP 1.202/2023, que trata da reoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia. Além disso, houve a sanção da Lei Orçamentária de 2024 com veto ao valor disponibilizado para as emendas de comissão, gerando um desconforto entre os dois poderes. Por fim, pesou sobre o mercado a divulgação da “Nova Indústria Brasil (NIB)”, um plano de industrialização do governo federal com o intuito de injetar R$300 bilhões até 2026 via crédito e subvenções, majoritariamente. Investidores se incomodaram com a sinalização, que trouxe lembranças do fracassado Programa de Sustentação do Investimento (PSI), mas interlocutores do governo indicam que, diferente do PSI, este não contará com desembolsos do Tesouro Nacional. Isso, somado à falta de avanços na agenda econômica do governo, contribuiu para um clima menos favorável em relação ao observado em dezembro de 2023. Com o desconforto político no radar, e com um mercado externo também com os juros futuros subindo, as curvas de DI abriram cerca de 35 bps nos vértices mais longos. 

No exterior, com a economia americana dando sinais mais fortes de resiliência, o mercado reprecificou o começo dos cortes de juros dos Treasuries para a terceira reunião do ano, em maio, anteriormente esperado para março. Ainda tratando do orçamento americano, o legislativo aprovou mais um projeto de lei que estende o prazo para entrega do documento, desta vez até março de 2024, dando mais fôlego para as negociações. Além disso, este mês deu-se início à disputa das primárias, onde são escolhidos os candidatos que representaram cada partido na corrida pela presidência dos Estados Unidos. Ao que tudo indica, o embate se dará entre o incumbente, Joe Biden, pelo partido Democrata, e o ex-presidente Donald Trump, pelo Republicano. Somado a isso, discursos mais duros de dirigentes do Fed contribuíram para alta no rendimento dos Treasuries de 10 anos em mais de 15 pontos base, ultrapassando novamente o patamar dos 4,0%. Por fim, seguimos acompanhando o conflito no Oriente Médio, que pode aumentar a volatilidade dos mercados diante da possibilidade da entrada efetiva dos Estados Unidos, após a morte de três soldados americanos em uma base na Jordânia.

O mercado de criptomoedas contou com uma notícia que era amplamente aguardada, a aprovação do ETF de Bitcoin à vista pela SEC. A decisão abre margem para um novo modelo de negociações do ativo, com potencial de levar a principal cripto para os portfólios dos investidores institucionais e também pessoas físicas. Diante disso, mesmo após a volatilidade das últimas semanas, o Bitcoin sobe cerca de 2,6% no mês.

No mercado americano, que contou com a divulgação dos resultados corporativos, os índices apresentam desempenho positivo próximo a 3%. Na contração do quadro internacional, o Ibovespa recua cerca de 5,1% no mês, resultado da realização dos lucros após o rali de fim de ano. Em relação ao câmbio, o real desvaloriza 1,9% em relação ao dólar. Já nas commodities, o ouro apresenta queda de 1,3% e o petróleo avança 7,5%. 

Para fevereiro, é esperado o retorno do recesso parlamentar na primeira semana, dando continuidade à agenda pausada no final de dezembro. A mensagem passada tanto pelo Banco Central americano quanto pelo brasileiro na Super-quarta, que acontece no último dia útil de janeiro, também guiará os negócios ao longo do mês de fevereiro. Na geopolítica, a tensão no Oriente Médio retorna ao rol de pautas acompanhadas de perto pelo mercado. Além disso, a temporada de divulgação de resultados corporativos das empresas brasileiras, que tem início no dia 31 de janeiro, também deve fazer preço para as ações da bolsa.

É válido lembrar que fevereiro é um mês mais curto e também tem o feriado de Carnaval, diminuindo ainda mais a quantidade de dias úteis. Desse modo, o CDI do mês será menor que a média dos outros meses do ano, o que impacta pontualmente os retornos dos títulos e fundos atrelados a esse indexador.

Confira a lista completa de fundos de investimento disponíveis da Órama.


As informações aqui contidas são de caráter informativo, bem como não se trata de qualquer tipo de análise ou aconselhamento para a realização de investimento, não devendo ser utilizadas com esses propósitos, nem entendidas como tais. A Órama não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações aqui divulgadas. Os investimentos em fundos estão sujeitos a riscos específicos de mercado. FUNDOS DE INVESTIMENTO NÃO CONTAM COM GARANTIA DO ADMINISTRADOR, DO GESTOR, DE QUALQUER MECANISMO DE SEGURO OU DO FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITOS – FGC. Leia o regulamento, o formulário de informações complementares e a lâmina de informações essenciais dos fundos antes de investir, disponíveis no site www.orama.com.br.

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