Mercado aguarda a divulgação do relatório Payroll e Pesquisa Mensal da Indústria

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, após o susto dos bancos regionais americanos de ontem (01), investidores aguardam o relatório Payroll para compreender melhor a dinâmica do mercado de trabalho americano. Por aqui, a atenção se volta também para a divulgação da Pesquisa Mensal da Indústria (Exp: 0,2%).
  • As bolsas na Ásia fecharam sem direção única, com algumas avançando após a recuperação de Wall Street e as chinesas estendendo perdas recentes. Dessa forma, o Xangai Composto caiu 1,46%, o Hang Seng recuou 0,21% e o Nikkei, em contrapartida, subiu 0,41%.
  • As bolsas europeias operam em alta, após a recuperação de Wall Street e balanços positivos de grandes empresas de tecnologia. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 0,65%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam alta na abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Note de 10 anos está em 3,88%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,69%, a US$ 78,95 o barril.
  • O ouro recua 0,02%, a US$ 2.054,39 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 43,7 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: Produção Industrial (Dez) | Expectativa: 0,2%
  • 10:30 EUA: Payroll (Jan)
  • 12:00 EUA: Encomendas à Indústria (Jan)
  • 12:00 EUA: Índice de Confiança da Universidade de Michigan (Jan)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa iniciou o mês de fevereiro subindo 0,57%, aos 128.481,02 pontos, acompanhando a direção das bolsas americanas. No dia, o mercado ainda digeria as decisões de política monetária do Copom e do Fomc realizadas na quarta (31).

Os juros futuros fecharam a sessão com viés de queda. Embora o comunicado do Copom não tenha trazido novidades em relação ao anterior, o texto reforçou a confiança do mercado no processo de distensão monetária. 

Após abrir os negócios em alta e avançar até R$4,96, o dólar à vista começou a perder força no fim do dia até se firmar em baixa. O dia foi marcado por um enfraquecimento da moeda americana no exterior e pelo recuo das taxas dos Treasuries. Desse modo, o dólar fechou em queda de 0,43%, cotado em R$4,9160.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em alta e o índice Dow Jones renovou máxima histórica, com o apetite por risco em alta diante do alívio nos retornos dos Treasuries e relatos de acordo de cessar-fogo em Gaza. Setorialmente, os ganhos das big techs se sobrepuseram à queda generalizada dos bancos americanos, em meio à preocupações com o New York Community Bank (NYCB). Assim, o Dow Jones subiu 0,97%, o S&P avançou 1,25% e o Nasdaq fechou em alta de 1,30%.

Os rendimentos dos títulos do Tesouro voltaram a recuar, após o New York Community Bank induzir preocupações sobre bancos regionais nos Estados Unidos. 

O dólar caiu, com investidores avaliando indicadores dos Estados Unidos. A libra, por sua vez, subiu após o Banco da Inglaterra manter a política monetária, mas elevar as projeções para o crescimento e inflação, sem antecipar quando poderá cortar juros. Desse modo, o índice DXY caiu 0,22%, aos 103,048 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O PMI industrial subiu de 48,4 para 52,8 pontos em janeiro. De acordo com o relatório, as empresas foram estimuladas por um novo aumento no volume de novos pedidos, o que levou-as a elevar os volumes de produção ao nível máximo desde meados de 2022. Além disso, ainda que as pressões sobre as cadeias de produção tenham se intensificado, em parte devido às tensões no Mar Vermelho, a inflação dos custos de insumos diminuiu para uma das taxas mais fracas observadas em quase 10 anos.

INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR

Os pedidos de seguro-desemprego subiram 9 mil em relação à semana anterior, totalizando 224 mil na semana encerrada no dia 27 de janeiro. O resultado veio bem acima do esperado pelo mercado, que previa alta de 214 mil. 

O PMI industrial divulgado pela S&P Global subiu de 47,9 pontos para 50,7 pontos em janeiro. De acordo com o relatório, as empresas relataram volta da expansão de novos pedidos e uma menor contração produção. 

Da mesma forma, o PMI de manufatura divulgado pelo ISM registrou alta de 47,1 pontos para 49,1 pontos em janeiro.

O Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra decidiu manter a taxa básica de juros em 5,25%, como esperado pelo mercado. A decisão, no entanto, contou com 6 votos pela permanência da taxa, 2 votos pelo aumento e 1 voto pelo corte da taxa.

BALANÇOS CORPORATIVOS

A Apple (NASDAQ: AAPL) teve um resultado trimestral acima das expectativas, com lucro líquido de U$33,92 bilhões, 13,1% acima do registrado no mesmo período do ano anterior. No entanto, o que se destacou foi a queda de 12,9% nas receitas vindas da China, o terceiro maior mercado da companhia. 

A Meta (NASDAQ: META) surpreendeu o mercado, ao registrar uma receita de U$40,11 bilhões, ante os U$39,12 bilhões esperados por analistas, e reportar um lucro de U$5,33 por ação, bem mais forte do que os U$4,82 projetados. Ademais, a empresa anunciou que pagará dividendos pela primeira vez, sendo este de U$0,50 por ação. 

O resultado da Amazon (NASDAQ: AMZN) registrou um aumento de 14% das receitas no 4° trimestre, para U$170 bilhões, acima dos U$166 bilhões esperados pelo mercado. Além disso, a empresa registrou um lucro líquido de U$10,6 bilhões, 35 vezes maior do que o registrado no mesmo período do ano anterior. 

O New York Community Bancorp (NYSE: NYCB), banco que comprou o falido Signature Bank, um dos afetados pela crise do Silicon Valley Bank em março de 2023, reduziu seus dividendos e divulgou prejuízo trimestral inesperado. Em adição a isso, a agência de classificação de crédito Moody’s colocou a avaliação do NYCB em revisão para rebaixamento. Em conjunto, essa movimentação se difundiu entre os pares do setor de bancos regionais, alarmando analistas para algum potencial problema no segmento.

POLÍTICA NO BRASIL

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que o bloqueio de despesas poderá ser zero na primeira avaliação do Orçamento deste ano, caso a arrecadação se mantenha no mesmo ritmo verificado no início do ano. De acordo com o secretário, dados preliminares apontam que as receitas estão em linha com o previsto para alcançar a meta de “déficit zero”. (Folha).

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que o mais provável é que o governo envie às vésperas do Carnaval um Projeto de Lei no Congresso Nacional (PLN) para recompor os R$5,6 bilhões que foram cortados das emendas de comissão. (Valor)

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, anunciou que a PEC que acaba com o direito de reeleição para cargos do Executivo estão entre as prioridades do Senado para o ano de 2024. O projeto, de autoria do senador Jorge Kajuru (PSB-GO), aguarda relatoria na CCJ. (Estadão)

Para fugir de surpresas com surgimento de novas despesas, o governo trabalha no mapeamento das principais causas dos precatórios por meio da criação de um sistema de alertas. A ideia é analisar os principais projetos que o governo já perdeu para identificar por inteligência artificial quais os pontos mais críticos nas políticas públicas para evitar novas derrotas. (O Globo)

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