Vendas no Varejo – Novembro 2023
As vendas no varejo restrito subiram 0,1% em novembro na comparação mensal, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE. O resultado veio em linha com o esperado, que tinha piso de -1,3% e teto de 0,9%. Na comparação com o mesmo período de 2022 houve expansão de 2,2%, enquanto a projeção apontava para alta de 2,1%, oscilando entre -0,6% e 3,0%.
Já as vendas no varejo ampliado (PMC-A), que incluem vendas de veículos, materiais de construção e atacado alimentício, subiram 1,3% no mês, acima da mediana das estimativas (0,3%), que tinha piso de -1,0% e teto de 1,4%. Na comparação com novembro de 2022, o índice registrou expansão de 4,3%, também maior que a da mediana (2,5%) e acima do teto (4,0%).
Dentre as atividades monitoradas pela pesquisa, seis das oito avançaram na margem. Do lado altista, Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (18,6%), Móveis e eletrodomésticos (4,5%) e Tecidos, vestuário e calçados (3,0%) foram os destaques na variação mensal. Na outra ponta, Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-1,6%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,5%) registraram queda no mês frente a outubro de 2023.
No varejo ampliado, a abertura de Veículos, motos, partes e peças subiu 4,0%, ao passo que o segmento de Material de construção avançou 0,4%. Houve uma reformulação da PMC a partir do início do ano, e o varejo ampliado inclui, agora, o segmento de atacado alimentício, como uma nova atividade investigada. Não há, contudo, ainda divulgação de dados individuais para a série ajustada sazonalmente.
A leitura do varejo é neutra. Enxergamos que a alta dos segmentos de informática e móveis/eletrodomésticos é pontual, majoritariamente afetada pela black friday, e que o avanço do setor de veículos não pode ainda ser interpretado como uma tendência. Desse modo, consideramos o resultado do restrito em linha com o nosso cenário de desaceleração no último trimestre do ano. Para oPIB, mantemos nossa projeção de 3,0% em 2023 e de queda de 0,2% no quarto trimestre.
Para o PIB, mantemos nossa projeção de 3,0% em 2023 e de queda de 0,2% no quarto trimestre.
Eduarda Schmidt – Economista
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