Mercado reage ao PIB chinês, à produção industrial americana e à Pesquisa Mensal do Comércio

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, o mercado reagirá ao PIB chinês divulgado ontem (16) à noite, mas também às divulgações da Pesquisa Mensal do Comércio (exp restrito: 0,1% | exp ampliado: 0,3%) no Brasil, e da produção industrial e vendas no varejo dos Estados Unidos. 
  • As bolsas na Ásia fecharam em baixa, após dados econômicos decepcionantes da China e em meio a preocupações renovadas com a esperada trajetória de queda dos juros nos EUA. O PIB da China teve expansão anual de 5,2% no 4° trimestre, em linha com a previsão dos analistas consultados pela FactSet, mas aquém do consenso do The Wall Street Journal (+5,6%) e Reuters (+5,3%). Dessa forma, o Xangai Composto registrou queda de 2,09%, o Hang Seng recuou 3,71% e o Nikkei caiu 0,40%.
  • As bolsas europeias operam em baixa de mais de 1%, após comentários de autoridades do Banco Central Europeu esfriarem as expectativas para cortes de juros na Zona do Euro e na esteira de dados decepcionantes da China. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 1,16%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam queda na abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,05%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 1,82%, a US$ 76,45 o barril.
  • O ouro recua 0,25%, a US$ 2.023,49 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 43,1 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:00 Brasil: IGP-10 (Jan)
  • 09:00 Brasil: Pesquisa Mensal do Comércio (Nov) | Expectativa: 0,1% e 0,3% (ampliado)
  • 10:30 EUA: Vendas do Varejo (Dez)
  • 11:00 EUA: Discurso de Michael Barr, vice-presidente do Fed
  • 11:00 EUA: Discurso de Michelle Bowman, dirigente do Fed
  • 11:15 EUA: Produção Industrial (Dez)
  • 12:15 Europa: Discurso de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu
  • 17:00 EUA: Discurso de John Williams, dirigente do Fed

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa perdeu a linha de 130 mil, encerrando o dia em queda de 1,69%, aos 129.294,04 pontos. O dia foi de correção bem distribuída pelas ações de maior peso no índice, como Vale, Petrobras e os grandes bancos. 

Os juros futuros avançaram em bloco, com altas de quase 20 pontos-base nos trechos intermediário e longo da curva. O firme aumento dos rendimentos dos Treasuries deu o tom para o mercado doméstico de renda fixa. Investidores passaram o dia calibrando apostas na trajetória da política monetária americana. 

A percepção de que os juros dos Estados Unidos podem cair mais lentamente do que o mercado espera, somada às preocupações dos investidores com o ritmo de crescimento da China e com o conflito no Mar Vermelho, favoreceram o dólar em escala global. Nesse sentido, a moeda americana subiu 1,23%, cotado em R$4,9260.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York terminaram o pregão de terça em queda, após o diretor do Fed, Christopher Waller afirmar que existe a possibilidade de haver três cortes de juros este ano, uma dosagem bem mais moderada que a precificada no mercado atualmente. Desse modo, o Dow Jones fechou em queda de 0,62%, o S&P recuou 0,37% e o Nasdaq caiu 0,19%.

Os rendimentos dos Treasuries voltaram do feriado nos Estados Unidos em alta firme, após um diretor do Fed sinalizar um número de cortes de juros para o ano abaixo do projetado pelo mercado. 

O dólar se valorizou ante outras moedas principais, com o euro e a libra pressionados na Europa, em meio a indicações e sinais de dirigentes de bancos centrais. Assim, o índice DXY fechou em alta de 0,74%, aos 103,357 pontos. 

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O setor de serviços subiu 0,4% em novembro na comparação mensal, de acordo com a Pesquisa Mensal dos Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE. O desvio em relação às expectativas se deu por um recuo mais forte que o esperado nos Transportes e no segmento de Informação e Comunicação. De todo modo, o resultado mais fraco reforça nosso cenário de desaceleração ao longo do ano, impactado pelo alto nível da taxa de juros. Em relação ao PIB, mantemos nossa projeção de alta de 3,0% em 2023, com queda de 0,2% no quarto trimestre.
Para saber mais, leia o relatório completo aqui.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O Índice de Manufatura Empire State sinalizou queda de 29,2 pontos em janeiro, de -14,5 pontos em dezembro para -43,7 pontos, sendo a menor leitura desde maio de 2020. De acordo com analistas, a projeção era de uma alta do indicador para -6,5 pontos.

DISCURSOS DE BANQUEIROS CENTRAIS

De acordo com Christopher Waller, dirigente do Fed, a inflação dos Estados Unidos parece estar retornando à meta de 2%, com reequilíbrio no mercado de trabalho e com dados recentes positivos, e isso deve permitir que o Fed corte juros em 75 bps em 2024, três reduções de 25 bps. Ademais, Waller acrescenta que o progresso atual da economia é compatível com a visão do Fed de três cortes até o fim do ano, mas o momento e a intensidade dos cortes dependerão dos dados futuros. (Broadcast)

ELEIÇÃO AMERICANA

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ganhou as prévias do partido republicano em Iowa. No entanto, o estado não tem servido como termômetro do apoio nacional para o partido, mas sinaliza a abertura oficial do calendário eleitoral americano para definição do novo presidente. (G1)

POLÍTICA NO BRASIL

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo federal está em negociação com lideranças do Congresso Nacional para acomodar da melhor forma a medida provisória que reonera a folha de pagamentos. O ministro disse que conversou com o presidente da Câmara por telefone, e irá se encontrar pessoalmente com Lula para tratar do assunto. (O Globo)

O Congresso convocou sessão de retorno dos trabalhos do Legislativo para 05 de fevereiro. Ainda que a volta esteja prevista apenas para fevereiro, integrantes da cúpula do Congresso devem ter conversas nas próximas semanas para alinhar os temas que terão prioridade no retorno das atividades. (Valor)

De acordo com Bernard Appy, secretário extraordinário da reforma tributária, os anteprojetos de leis que vão regulamentar a reforma tributária devem ficar prontos entre o fim de março e o início de abril. As propostas serão desenhadas pela comissão de sistematização e pelos 19 grupos técnicos criados pela União com Estados e municípios. (Valor)

PAINEL DE COTAÇÕES

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