Apesar das surpresas altistas da inflação, juros futuros e Treasuries fecharam em queda

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, os mercados acompanham o índice de preços ao produtor americano, e uma continuação dos discursos de dirigentes de bancos centrais.
  • As bolsas na Ásia fecharam majoritariamente em baixa, em meio a preocupações renovadas sobre a tendência deflacionária na China. A exceção foi o mercado japonês, que driblou o mau humor e seguiu o rali de alta. Nesse sentido, o Xangai Composto caiu 0,16%, o Hang Seng recuou 0,35% e o Nikkei subiu 1,50%.
  • As bolsas europeias operam em alta, revertendo perdas do pregão anterior, em meio a uma melhora na perspectiva de cortes de juros na Zona do Euro. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 0,92%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam abertura mista do pregão.
  • O rendimento do T-Note de 10 anos está em 3,99%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 2,32%, a US$ 78,90 o barril.
  • O ouro avança 0,38%, a US$ 2.038,64  a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 46,2 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:30 Europa: Discurso de Phillip Lane, dirigente do Banco Central Europeu
  • 10:30 EUA: Índice de Preços ao Produtor (Dez)
  • 12:00 EUA: Discurso de Neel Kashkari, dirigente do Fed

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Divulgados pela manhã, os dados mais aguardados da semana (IPCA e CPI) vieram acima do esperado, resultando em enfraquecimento adicional do apetite por risco. Ao fim do pregão, o Ibovespa fechou em queda de 0,15%, cotado em 130.648,75 pontos. 

Os juros futuros fecharam em queda, acompanhando a direção dos Treasuries. A movimentação ao longo do dia foi volátil diante dos números de inflação acima das expectativas.

O dólar à vista fechou em baixa de 0,34%, aos R$4,8750. Segundo operadores, a alta do petróleo e ingressos de recursos externos praticamente isolaram o real da volatilidade observada no mercado global de moedas.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam sem direção única, após alívio dos Treasuries à tarde abrir caminho para a recuperação das perdas de mais cedo, quando investidores repercutiram a aceleração da inflação ao consumidor americano. Nesse cenário, o índice Dow Jones subiu 0,04%, o S&P caiu 0,07% e o Nasdaq ficou estável. 

Os juros projetados nos Treasuries recuavam ao fim do dia, em uma reversão do movimento visto pela manhã, quando subiram em resposta ao CPI acima do esperado. No entanto, a surpresa foi insuficiente para anular a expectativa de parte dos investidores de que o Fed teria espaço para cortar a partir de março. 

O dólar se movimentou lateralmente contra os rivais desenvolvidos, na esteira de um CPI que veio levemente acima da expectativa, mas que deixou o futuro em aberto. Assim, o Índice DXY queda de 0,07%, aos 102,291 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O IPCA de dezembro apresentou alta de 0,56%, superando as expectativas da Órama (0,43%) e do mercado (0,49%), que oscilavam entre 0,38% e 0,55%. Em 12 meses, o índice acumulou 4,62%, maior que o esperado (4,49%). O desvio entre a nossa projeção e o realizado é explicado, principalmente, pelo grupo de Alimentação e bebidas (1,11% e 0,11 p.p. de diferença em relação à nossa projeção). Para saber mais, leia o relatório completo aqui.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos fechou dezembro com alta de 0,3%, acima dos 0,2% esperados pelo mercado. No acumulado de 12 meses a taxa foi de 3,4%, enquanto o projetado era de 3,2% na base anual. Em relação ao núcleo, este subiu 0,3% no mês e 3,9% na leitura anual, em linha com o esperado pelo mercado. 

O número de pedidos de auxílio-desemprego fechou em 202 mil na semana encerrada no dia 06/01. O resultado veio menor do que os 210 mil pedidos projetados por analistas do mercado.

DISCURSOS DE BANQUEIROS CENTRAIS

Loretta Mester, presidente do Fed de Cleveland, disse que um corte de juros em março parece muito “precoce”. No entanto, a dirigente afirmou que a inflação americana está caindo, mas também indicou que o trabalho no combate à pressão inflacionária ainda não acabou. (Broadcast)

POLÍTICA NO BRASIL

Diante da resistência à medida provisória editada pelo governo na última semana de dezembro, o Ministério da Fazenda e o Congresso Nacional discutem alternativas para manter a atual política de desoneração da folha. Uma das ideias é a taxação de compras feitas em sites do exterior, como Shein e Shopee, com valor inferior a US$ 50.  (CNN)

O presidente Lula anunciou Ricardo Lewandowski como seu futuro ministro da Justiça e prometeu ao escolhido autonomia para formação de sua equipe na pasta. Assim, a expectativa é que Lewandowski leve consigo nomes que o acompanharam na trajetória do Senado. (Folha)

Lula mudou os critérios, nos últimos dias de 2023, para repassar os recursos do Orçamento apadrinhados pelos parlamentares da área da saúde, o que travou transferências para municípios previstos para o fim do ano e abriu um novo flanco de descontentamento. Embora não seja formalmente considerado emenda parlamentar, o dinheiro também é usado como moeda de troca do governo com a Câmara dos Deputados e o Senado. (Folha)

PAINEL DE COTAÇÕES

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