S&P Global eleva rating de longo prazo do Brasil para “BB”

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NESTA MANHÃ
  • Hoje o mercado acompanha a divulgação do IBC-Br (Exp: -0,2%) e a votação da MP 1.185 no Senado, agendada para o fim da tarde. No exterior, investidores aguardam a divulgação do índice de confiança do Conference Board nos Estados Unidos. 
  • As bolsas na Ásia fecharam sem direção única, enquanto investidores contrapuseram o otimismo por relaxamento monetário no Ocidente com um quadro macroeconômico ainda incerto na China. Assim, o Xangai Composto recuou 1,03%, o Hang Seng subiu 0,66% e o Nikkei avançou 1,37%.
  • A bolsa de Londres contraria o tom negativo das demais bolsas europeias e opera em alta no pregão, após a desaceleração da inflação no Reino Unido impulsionar as expectativas por cortes de juros. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,03%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam queda na abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Note de 10 anos está em 3,89%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 1,10%, a US$80,24 o barril.
  • O ouro recua 0,09%, a US$2.038,39 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$42,9 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: IBC-Br (Out) | Expectativa: -0,20%
  • 11:00 Europa: Discurso de Phillip Lane, dirigente do Banco Central Europeu
  • 12:00 EUA: Índice de Confiança do Conference Board (Dez)
  • 12:00 EUA: Venda de Casas Existentes (Nov)
  • 12:00 Europa: Índice de Confiança do Consumidor – Preliminar (Dez)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa atingiu o nível intradia de 132 mil pontos e voltou a ganhar dinamismo à tarde, após a agência de classificação de risco de crédito S&P ter elevado o rating de escala de longo prazo do Brasil de “BB-” para “BB”, com perspectiva estável. No fechamento, o índice fechou em alta de 0,59%, aos 131.085,81 pontos. 

Os juros futuros fecharam a sessão com queda nos vencimentos longos e estáveis no trecho curto. A decisão da S&P de elevar o rating do Brasil anunciada esta tarde tirou o mercado do marasmo que prevaleceu ao longo do dia. 

O dólar à vista caiu 0,83%, aos R$4,8640. O movimento acompanhou a desvalorização global da moeda americana, ainda pressionada pela expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos. O andamento da agenda do governo no Congresso, a elevação do rating do Brasil pela S&P e a ata do Copom de dezembro, que descartou a possibilidade de acelerar os cortes da Selic, também apoiaram o real.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em alta, com Dow Jones renovando a máxima histórica de fechamento. Além disso, enquanto o consenso é de um relaxamento do Fed diante da desaceleração da inflação, analistas destacam ainda o possível efeito que o entusiasmo com a inteligência artificial poderá ter nas ações. Nesse sentido, o Dow Jones fechou em alta de 0,68%, o S&P subiu 0,59% e o Nasdaq avançou 0,66%.

Os retornos dos Treasuries caíram, em uma sessão de agenda esvaziada. Investidores seguem convictos de que o Fed iniciará o ciclo de corte de juros em março, mesmo diante dos esforços dos dirigentes de convencê-los do contrário. 

O dólar operava misto ante moedas rivais. A moeda subia ante o iene, devido à decisão do Banco do Japão de manter a política monetária ultra-acomodatícia, mas recuava ante o euro e a libra diante da expectativa de que os BCs europeus sejam mais rígidos que o Fed no próximo ano. Assim, o índice DXY fechou em queda de 0,38%, aos 102,167 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

A Ata do Copom veio em linha com as falas do comunicado da última reunião, ao admitir que o ambiente externo segue volátil, apesar de menos adverso, em virtude, principalmente, do recuo das taxas de juros de prazos mais longos nos Estados Unidos. Um ponto relevante foi a decisão de manter o forward-guidance referente à perspectiva de cortes de 0,50 p.p nas próximas reuniões. O mercado debatia sobre a possibilidade de mudança nessa comunicação, podendo não haver uma  sinalização de próximos passos  ou ainda restringir apenas para a próxima reunião.

INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR

O Banco do Povo da China (PBoC) manteve as taxas de juros (LPRs) inalteradas, como já era esperado pelo mercado. A LPR de um ano permanece em 3,45% a.a., enquanto a de cinco anos segue em 4,20% a.a.

POLÍTICA NO BRASIL

A agência de classificação de risco S&P Global Ratings elevou a nota de crédito de longo prazo do Brasil de “BB-” para “BB”, com trajetória estável. Segundo a nota da agência, a mudança no rating se deu pela aprovação da reforma tributária no Congresso Nacional. A S&P afirma ainda que a perspectiva estável reflete na expectativa de que o Brasil manterá uma posição externa forte, com forte produção de commodities e necessidades limitadas de financiamento externo. (CNN)

O Congresso aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, proposta que estabelece as regras para elaboração do Orçamento do ano que vem, mantendo a meta de déficit zero para o ano que vem. Além disso, o relator incluiu no texto um calendário para a liberação de emendas impositivas. (G1)

O Senado adiou a votação da medida provisória que altera as regras de subvenções do ICMS (MP 1.185) para grandes empresas. O adiamento foi sugerido pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner, que pediu mais tempo para esclarecer pontos da medida. De acordo com o presidente da Casa, se houver mudanças no texto, mesmo que supressivas, será necessário que a proposta retorne para análise na Câmara. (Poder360)

O governo deve editar ainda nesta semana a medida provisória (MP) que abre crédito extraordinário para o pagamento do estoque de precatórios. A ideia do Tesouro Nacional é fazer os pagamentos na sexta (22). O montante a ser quitado deve ficar um pouco abaixo de R$95 bilhões. (Valor)

Uma nova rodada da pesquisa Genial/Quaest foi divulgada hoje (20), e indica que a aprovação dos brasileiros em relação ao governo Lula voltou a ter variação negativa. São 36% os que aprovam a administração do petista, ante 38% em outubro. Em relação aos que desaprovam, estes são 29%, igual ao verificado em outubro. (O Globo)

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