Junto de mais decisões de política monetária, dados de varejo no Brasil e exterior direcionam o dia

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NESTA MANHÃ
  • Hoje o dia conta com decisões de política monetária do Banco Central Europeu e do Banco da Inglaterra. Além disso, serão divulgados dados do varejo do Brasil, Estados Unidos e China
  • As bolsas na Ásia fecharam mistas, compartilhando apenas em parte a animação global com a decisão do Fed. Nesse sentido, o Xangai Composto fechou em queda de 0,33%, ainda afetada por um sentimento negativo após uma conferência econômica desapontar investidores, que aguardavam mais estímulos oficiais. Ao mesmo tempo, o Hang Seng subiu 1,07% e o Nikkei caiu 0,73%.
  • As bolsas da Europa exibem ganhos em geral robustos. A postura de ontem no Fed apoia a tomada de risco no continente, já que o relaxamento monetário nos Estados Unidos pode beneficiar a atividade global.  Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 1,65%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam alta na abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Note de 10 anos está em 3,94%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 1,73%, a US$75,80 o barril.
  • O ouro avança 0,34%, a US$2.034,38 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$43,2 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Reino Unido: Decisão de Política Monetária do Banco da Inglaterra
  • 09:00 Brasil: Pesquisa Mensal do Comércio – PMC (Out) 
  • 10:15 Europa: Decisão de Política Monetária do Banco Central Europeu
  • 10:30 Estados Unidos: Pedidos de Seguro-Desemprego
  • 10:30 Estados Unidos: Vendas do Varejo (Nov)
  • 10:45 Europa: Coletiva de Imprensa do Banco Central Europeu
  • 23:00 China: Vendas do Varejo (Nov)
  • 23:00 China: Produção Industrial (Nov)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Acompanhando Nova York, o Ibovespa buscou as máximas da sessão ainda nos primeiros sinais do comunicado sobre a decisão de política monetária do Fed. Assim, o índice fechou em alta de 2,42%, aos 129.465,08 pontos. 

Os juros futuros caíram fortemente após o desfecho da reunião do Fed. A leitura dovish do comunicado, do gráfico de pontos e da entrevista de Jerome Powell estimulou as apostas no corte de juros a partir do primeiro trimestre do ano que vem. 

O dólar à vista fechou em queda de 0,92%, cotado a R$4,9210, em meio a um ambiente de fraqueza geral da moeda deflagrado pela decisão de política monetária dos Estados Unidos.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em alta de mais de 1%, com o índice Dow Jones renovando a máxima histórica e fechando acima de 37 mil pontos pela primeira vez. O desempenho positivo foi favorecido pelo comunicado e pelas projeções do Fed em relação ao relaxamento monetário. Nesse sentido, o Dow Jones fechou em alta de 1,40%, o Nasdaq subiu 1,38% e o S&P avançou 1,37%.

Os retornos dos Treasuries despencaram no fim de tarde, repercutindo o tom do Fed ao informar a decisão de política monetária e a coletiva que seguiu o comunicado. Não só os dirigentes mantiveram os juros inalterados como revisaram para baixo suas expectativas para a inflação e juros nos próximos anos. Desse modo, investidores ampliaram apostas em cortes de juros mais agressivos no ano que vem. 

O dólar enfraqueceu consideravelmente ante rivais, após o presidente do Fed admitir que os dirigentes da instituição discutiram eventual relaxamento monetário no encontro em que decidiram manter juros. Desse modo, o índice DXY fechou em queda de 0,96%.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O setor de serviços recuou 0,6% em outubro na comparação mensal, de acordo com a Pesquisa Mensal dos Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE. A leitura veio abaixo da mediana do mercado (0,0%), que oscilava entre -1,0% e 1,4%. O desvio em relação às expectativas se deu por um recuo mais forte que o esperado nos Transportes, que surpreendeu negativamente. Desse modo, para o PIB, mantemos nossa projeção de alta de 3,0% em 2023, com queda de 0,2% no quarto trimestre. Para saber mais, leia o nosso relatório completo aqui.

INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR

O índice de preços ao produtor americano ficou estável (0,0%) na variação mensal de novembro. O resultado veio abaixo do consenso, que projetava avanço de 0,1%. Já na leitura anual, foi registrada alta de 0,9%. Em relação ao núcleo do índice, este subiu 0,1% no mês, sexto mês consecutivo de crescimento.

DECISÕES DE POLÍTICA MONETÁRIA

Sem surpresas, o FOMC (Comitê de Política Monetária do Fed) manteve a taxa de juros do Fed na faixa de 5,25% a 5,50%. A decisão já estava amplamente precificada pelo mercado, de acordo com o CME Group, e em linha com as expectativas da Órama. Em relação à sua próxima reunião, o FOMC mantém o discurso de data dependent, isto é, que há necessidade de monitorar as novas informações e suas implicações sobre a economia, o que deixa incerto quando iniciarão os cortes de juros. Além disso, na reunião foram divulgadas as novas projeções econômicas do Fed, que mostraram uma melhora das expectativas para a trajetória de inflação e da taxa de juros americana. Para saber mais, leia nosso relatório completo aqui

Em linha com o esperado pelo mercado e pela Órama, o Copom reduziu em 0,50 p.p. a taxa Selic na última reunião do ano, para 11,75% a.a. A decisão foi unânime entre os diretores do Banco Central (BC) e segue a sinalização dada pelo Comitê no último encontro. Nesse sentido, confirmamos nossa projeção de Selic em 11,75% ao fim de 2023. Para 2024, estimamos uma taxa terminal de 9,50% a.a., com quatro cortes de 0,50 p.p. e um último de 0,25 p.p. Para saber mais, leia o relatório completo aqui.

POLÍTICA NO BRASIL

O projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que cria as bases do Orçamento de 2024, foi aprovado pela Comissão Mista de Orçamento. A proposta ainda terá de ser votada pelo plenário do Congresso, o que, segundo líderes do governo, só deve ocorrer na próxima semana. O texto prevê uma meta de déficit zero no próximo ano, como defende Haddad. No entanto, o relator adicionou um pedido do governo para poder descontar da meta fiscal até R$5 bilhões em despesas estatais federais referentes ao Novo PAC. (Folha)

O ministro da justiça, Flávio Dino, vai herdar a vaga de Rosa Weber no STF. Sua indicação foi aprovada no plenário do Senado por 47 a 31, sendo o mínimo exigido 41 votos. Paulo Gonet também teve a indicação aprovada, e comandará a PGR. (G1)

A Câmara dos Deputados aprovou, por 370 votos a 77,  um projeto de lei que altera o Novo Arcabouço Fiscal para permitir o pagamento de R$6 bilhões para a bolsa permanência para estudantes de baixa renda concluírem o ensino médio. O texto agora segue para sanção presidencial. (Valor)

PAINEL DE COTAÇÕES

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