Com agenda doméstica esvaziada, dados dos EUA devem dar tom ao pregão

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, com a agenda doméstica focada em negociações políticas, sem indicadores econômicos, o exterior dará o tom do pregão. Ao longo do dia serão divulgados os pedidos por seguro desemprego nos EUA, a prévia do PIB americano do 4° trimestre e índices de confiança dos Estados Unidos e Europa. 
  • As bolsas na Ásia fecharam sem direção única, após a ata do Fomc ter reforçado preocupações sobre inflação nos Estados Unidos. Nesse sentido, o Xangai Composto fechou em queda de 0,79%, o Hang Seng ficou estável e o Nikkei subiu 0,29%. 
  • As bolsas da Europa operam com viés positivo, mas Londres cai, em compasso de espera pela atualização do quadro orçamentário britânico. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 0,35%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam alta na abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,41%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 0,24%, a US$ 82,28 o barril.
  • O ouro avança 0,22%, a US$ 2.002,77 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 37 mil.
AGENDA DO DIA
  • 10:30 EUA: Pedidos por Seguro-Desemprego
  • 10:30 EUA: Pedidos de Bens Duráveis (Out)
  • 12:00 EUA: Índice de Confiança do Consumidor da Universidade de Michigan (Nov)
  • 12:00 Europa: Índice de Confiança do Consumidor (Nov)
  • 13:30 EUA: Prévia do PIB do 4° tri

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Após quatro altas consecutivas, o Ibovespa conseguiu defender a linha dos 125 mil pontos na sessão, ainda que em viés negativo desde a abertura do dia. Assim, o índice fechou em queda de 0,26%, aos 125.626,03 pontos. 

Os juros futuros fecharam a sessão em alta, dando continuidade ao movimento de realização de lucros iniciado ontem. Fatores internos pesaram na primeira parte dos negócios e à tarde a piora do ambiente externo ampliou o fôlego do avanço das taxas.

 O dólar encerrou a sessão em alta de 0,96%, aos R$4,8980, após ter registrado máxima de R$4,9090 à tarde, quando houve uma piora do sentimento de risco no exterior. Os picos da moeda à tarde vieram com nova rodada de estresse no mercado de renda fixa americana.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em queda, após a ata da última reunião do Fed ter reforçado que os dirigentes veem necessidade de manter juros restritivos por mais algum tempo, mas não ter tido grande impacto nas expectativas do mercado. Assim, o índice Dow Jones recuou 0,18%, o S&P caiu 0,20% e o Nasdaq cedeu 0,59%.

Os juros dos Treasuries operaram sem direção única, após a ata do Fed reforçar a disposição em manter juros restritivos por algum tempo. Investidores repercutiram também o leilão de Treasuries e o dado fraco de moradias nos Estados Unidos. 

O dólar oscilou sem direção única ante as principais moedas do planeta. Em destaque, a libra avançou ante a moeda americana, à espera do orçamento no Reino Unido, enquanto o peso argentino despencou no mercado paralelo, na primeira sessão após a eleição do ultraliberal Javier Milei à presidência. Desse modo, o índice DXY fechou em alta de 0,12%, aos 103,565 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR

De acordo com a Associação Nacional de Corretores (NAR), as vendas de moradias existentes nos EUA caíram 4,1% em outubro ante setembro, totalizando 3,79 milhões de unidades anualizadas. O resultado veio mais fraco do que a expectativa dos analistas, que projetavam recuo de 1,5%, de acordo com a FactSet.

Conforme mostrou a ata do Fomc, os membros do Fed reforçaram a possibilidade de que pode haver uma alta dos juros caso os indicadores indiquem que a inflação ainda não está numa trajetória sustentável em direção à meta de 2%. Além disso, o documento reiterou a postura cautelosa dos dirigentes neste momento de incerteza na conjuntura econômica, de modo a seguirem aguardando mais dados para verificar o progresso da inflação.

POLÍTICA NO BRASIL

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado vai analisar hoje (22) os projetos de lei que tratam da tributação de fundos offshore e da regulamentação de apostas esportivas. As duas matérias são consideradas prioritárias pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. (Valor)

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD-MT), foi exonerado do cargo, conforme decisão publicada em edição do Diário Oficial da União de hoje (22). O decreto informa que a demissão se deu a pedido de Fávaro, que é senador e deve retornar ao posto no parlamento. No entanto, em fevereiro deste ano, o ministro já tinha sido exonerado, junto a outros 12 ministros com cargos legislativos, a fim de reforçar a votação de aliados do governo na disputa pelas presidências do Senado e da Câmara. (O Globo)

O relatório do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024 enfrenta impasses sobre o valor do contingenciamento do próximo ano, em caso de descumprimento da meta de resultado primário, que pode acabar consumindo verbas do Programa de Aceleração do Crescimento. A previsão é que o parecer seja concluído na quinta-feira (23), e que a Comissão Mista de Orçamento vote a proposta na terça (28). (Valor)

O ministro Fernando Haddad negocia mudanças no projeto que trata da taxação federal sobre os benefícios fiscais do ICMS, concedidos pelos estados. Interlocutores da equipe econômica afirmam que uma das possibilidades em discussão é flexibilizar as situações em que as empresas terão direito a um crédito fiscal para abater o tributo a ser pago, mantendo, na prática, o efeito de isenção que se aplica hoje (Folha)

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