Petrobras – Queda no Brent ofusca volumes fortes.
Petrobras
COMBUSTÍVEIS
Queda no Brent ofusca volumes fortes.
Produção recorde, puxada pelo pré-sal, como de costume.
A Petrobras fechou o 3T23 com uma produção de 2,88 milhões de barris de óleo equivalente diários (BOED), uma alta de 9% na comparação anual. O preço do petróleo, aqui auferido pelo padrão Brent, sofreu queda nos doze meses, vindo de US$ 100,85 para US$ 86,76 neste trimestre, uma desvalorização de 14%. Além do petróleo, o câmbio também foi determinante para a deterioração no resultado da empresa, vindo de 5,25 para 4,88 – o que significa um Real 7% mais valorizado. Com isso, tivemos uma receita líquida de R$ 125 bilhões, uma queda de 27% em relação ao 3T22.
Aumento nas despesas contribui para resultado pior.
A Petrobras teve despesas operacionais de R$ 17 bilhões no trimestre, uma alta substancial de 40% na comparação anual. Com isso, a geração de caixa da Petrobras, conforme medida pelo EBITDA, atingiu o patamar de ~R$ 66 bilhões, uma queda de 28% contra o 3T22.
Deterioração de 42% no lucro líquido.
A Petrobras atingiu o patamar de R$ 27 bilhões na rubrica de lucro líquido neste trimestre, uma queda expressiva em relação ao 3T22, já esperada devido ao contexto do mercado. A Petrobras investiu US$ 3,4 bi no trimestre, um aumento de 60% na comparação anual, ilustrando a inclinação do controlador em aumentar o tamanho da companhia. Tivemos ainda uma redução da dívida líquida em R$ 38 bilhões, reflexo do maior acúmulo de caixa feito nestes últimos trimestres, dado a redução no ritmo de pagamento de dividendos. Conforme já foi veiculado pela Petrobras, é provável que tenhamos um aumento nas reservas de lucro, que permitirá a companhia reter mais caixa, e com isso repassar ainda menos lucros para o acionista na forma de dividendos. Não temos recomendado entrada na empresa devido às incertezas associadas ao controlador, preferindo Prio e Enauta no setor.
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