Rede D’Or – Companhia entrega um trimestre fraco.

Queda de camas operacionais e crescimento de ticket médio

A companhia reportou uma receita líquida de R$ 12 bilhões, um crescimento de 3% trimestre a trimestre. Os números de RDOR (ex-SULA) tiveram crescimento impulsionado por crescimento de ticket médio (+7,4% ano a ano), compensando a queda nas camas operacionais (-13 ano a ano), com queda no trimestre de 46 camas, por conta da preocupação com recebíveis. O segmento de oncologia cresceu na comparação anual, mas com volume flat ano contra ano, o que mostra somente um repasse de preço para o consumidor final.

Sinistralidade na Sulamérica volta a ser preocupação.

A Sulamérica reportou um crescimento de receita anual de 14%, com uma adição de novas vidas em queda na comparação trimestral (-67 mil vidas). A sinistralidade da Sulamérica (MLR) atingiu 87%, praticamente sem melhoras versus o 2T23 (sazonalidade que normalmente ocorre). Além disso, veio 6,7p.p acima do pré-pandemia do 3T19, entregando um Ebitda de R$ 71 milhões, abaixo das expectativas do mercado (que esperavam um MLR melhor no trimestre).

Margem Ebitda abaixo no segmento de hospitais.

O segmento de hospitais reportou um Ebitda de R$1,6 bilhões, com queda de 6% na comparação anual, e com um valor 7% abaixo dos números de mercado. Por conta de um menor gasto com resultado financeiro, a companhia entregou um bottom-line 2% acima dos números do mercado.

Visão para frente.

O resultado da companhia veio fraco e com sinais de atenção. O ponto mais negativo ficou com uma margem no setor de hospitais abaixo das expectativas e uma sinistralidade que parecia vir em um caminho de melhora e entregou um trimestre bem abaixo no segmento de hospitais que veio levemente abaixo das expectativas do consenso. Seguimos com visão positiva para as ações da companhia, mas com uma maior atenção para os riscos de curto prazo que podem trazer volatilidade para o papel.

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