Payroll reforça expectativas de fim do ciclo de aperto monetário nos EUA

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NESTA MANHÃ
  • No exterior, sem indicadores relevantes, as atenções estão voltadas para a fala do Jerome Powell, que discursa na quarta e quinta-feira, após o payroll divulgado na última sexta-feira. No Brasil, os destaques são os balanços corporativos e expectativa com a ata do Copom, que sai amanhã (07). Além disso, o mercado continua acompanhando o desenrolar da possível mudança da meta fiscal. 
  • As bolsas na Ásia fecharam em alta expressiva nesta segunda-feira, após Wall Street garantir o melhor desempenho semanal este ano em meio a esperanças de que os juros básicos dos EUA comecem a cair mais cedo. O Hang Seng subiu 1,71%, enquanto o Xangai Composto teve alta de 0,91% e o Nikkei, na volta de um feriado, disparou 2,37%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam queda na abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,59%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 1,55%, a US$ 85,71 o barril.
  • O ouro recua 0,29%, a US$ 1.986,73 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 35,5 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:25 Brasil: Boletim Focus
  • 08:30 Brasil: Conta Corrente (Out)
  • 10:00 Brasil: PMI de Serviços (Out)
  • 12:00 EUA: Discurso de Lisa Cook, membra do Fed
  • 14:00 Reino Unido: Discurso de Huw Pill, membro do Banco da Inglaterra

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

A leitura abaixo do previsto na geração de vagas de emprego nos Estados Unidos em outubro reforçou o apetite por risco, com a percepção de que os dados contribuem para a possibilidade do fim do ciclo da elevação de juros do Fed. Nesse sentido, vindo do feriado de Finados, o Ibovespa buscou se alinhar a dois dias de fortes ganhos em Nova York, tendo alta de 2,70%, aos 118.159,97 pontos. Desse modo, fechou a semana com valorização de 4,29%.

Os juros futuros encerraram a sessão em queda tanto em relação a quarta quanto no acumulado da semana, refletindo, em ambos os casos, os eventos do cenário externo, que prevaleceram ante a piora do risco fiscal. 

O dólar à vista caiu 1,54% em relação ao real, a R$4,8960, acompanhando o rali de ativos de risco desencadeado por números que mostraram esfriamento do mercado de trabalho americano e consolidaram a aposta no fim do ciclo de aperto monetário no país. 

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam com ganhos, após dados de emprego e serviços nos EUA reforçarem as expectativas de que o Federal Reserve não deverá mais elevar seus juros. O otimismo colocou em segundo plano a queda de 0,52% do papel da Apple, após a divulgação dos seus números trimestrais. Assim, o Dow Jones fechou em alta de 0,66%, enquanto o S&P 500 teve ganho de 0,94% e o Nasdaq subiu 1,38%. Na semana, os ganhos foram de 5,07%, 5,85% e 6,61%, respectivamente.

Os retornos dos Treasuries caíram, após indicadores sinalizarem arrefecimento no mercado de trabalho e no setor de serviços dos EUA. Os dados corroboraram para as expectativas de que o Fed deverá cortar juros no primeiro semestre de 2024.

O dólar caiu em geral, após a publicação do relatório mensal de empregos nos Estados Unidos, com número abaixo do esperado na geração de vagas. Desse modo, o índice DXY fechou em queda de 1,04%, aos 105,021 pontos. 

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

O Departamento do Trabalho americano divulgou o resultado do Payroll, que registrou a criação de 150 mil vagas de trabalho em outubro, número abaixo do esperado e com queda relevante ante às 297 mil vagas criadas em setembro. De acordo com o consenso Refinitiv, a estimativa era de criação de 180 mil vagas no mês. 

O PMI de serviços dos Estados Unidos, calculado pela ISM, caiu de 53,6 pontos em setembro, para 51,8 pontos em outubro. O resultado veio abaixo da projeção de analistas consultados pela FactSet, que previam queda para 53 pontos.

POLÍTICA NO BRASIL

Após cerca de três meses de intensas negociações, o Senado deve analisar nesta semana o parecer de Eduardo Braga (MDB-AM) sobre a reforma tributária. A expectativa do emedebista e de outros integrantes da Casa comandada por Rodrigo Pacheco (PSD-MG) é que o texto avance na terça-feira na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e que receba o aval da maioria dos senadores no plenário até o final da semana. (Valor)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem feito um esforço junto ao presidente Lula para tentar segurar uma eventual revisão da meta fiscal de 2024 para março, quando o Tesouro Nacional divulgará o 1° relatório bimestral de receitas e despesas do ano. Haddad entende que, até março, o governo ganha tempo para conseguir a aprovação no Congresso de medidas de arrecadação que podem assegurar a meta do déficit zero. A proposta, no entanto, é rechaçada pela Casa Civil, que tem tentado influenciar o presidente na direção contrária. (CNN Brasil/Valor)

Em meio às discussões sobre a magnitude e o formato da alteração da meta fiscal, integrantes do governo Lula e o relator do projeto de Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO), Danilo Forte (União-CE), avançaram nos últimos dias na definição de um cronograma para a tramitação da proposta, que prevê apresentação do parecer final em 20 de novembro e apreciação do texto na mesma semana, entre o dia 21 e 24 de novembro. O relatório preliminar deve ser analisado pela Comissão Mista de Orçamento na terça (07). (Valor)

O secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, afirmou que a reforma do Imposto de Renda deverá ser enviada ao Congresso no início de 2024, argumentando não ver sentido em enviar um projeto de lei ao Legislativo no fim do ano. Além disso, Appy disse que não está em discussão a iniciativa para taxar grandes fortunas. (CNN Brasil)

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