Estratégia Moderada para Empresas – Novembro 2023

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Estratégia Moderada para Empresas – Novembro 2023

O mês de outubro foi marcado, sobretudo, pela forte volatilidade do exterior. No início do mês, o conflito entre Israel e o Hamas, grupo terrorista baseado na Faixa de Gaza, tomou as manchetes dos jornais. A disputa é muito sensível por se passar em uma região com um histórico longo de guerras. É importante frisar que, caso haja a entrada de outras nações no conflito, se amplia a probabilidade dos impactos da guerra se espalharem para o resto do mundo, principalmente no que diz respeito à oferta de petróleo mundial, já que a região é responsável por algo em torno de um terço da produção mundial.  No nosso cenário base,  dada a limitação do combate até o momento, não trabalhamos com os efeitos transbordando para outros mercados. Seguimos acompanhando atentamente o desenrolar dos eventos. 

Nos Estados Unidos a discussão sobre o orçamento de 2024 foi prorrogada no fim de setembro  até o dia 17/11, o que trouxe alívio para os mercados. Apesar disso, a resiliência da economia americana segue sendo reforçada pelos dados de atividade, intensificando as incertezas em torno da taxa terminal de juros americana. Em meio a cautela com o cenário internacional, a taxa da nota do tesouro de 10 anos (T-Note 10Y) chegou a bater a faixa dos 5%, máxima desde 2007, ano da crise do subprime

No Brasil, depois de muitos debates e adiamentos, foi divulgado o parecer da reforma tributária.  O texto traz alguns pontos positivos, como a isenção apenas para itens selecionados para a formação de cestas básicas regionais. Por outro lado, a adição de novos regimes especiais e o aumento do Fundo de Desenvolvimento Regional vai na contramão de uma simplificação havendo o risco de aumento da alíquota-padrão do novo Imposto sobre Valor Agregado. É importante reforçar que, aprovado o texto no Senado com as mudanças, o projeto precisa voltar à Câmara para uma nova votação.

Por fim, o mês deu início à divulgação aos balanços corporativos do terceiro trimestre, no Brasil e nos EUA, que deve continuar a movimentar os mercados  nas primeiras semanas de novembro. 

Nesse cenário, com uma abertura de cerca de 30 bps nos retornos dos títulos públicos americanos de longo prazo, os índices acionários por lá caminham para fechar o mês em queda. No Brasil, o Ibovespa segue a cautela externa e tem baixa próxima aos 3%. No mercado de câmbio, o dólar opera próximo a estabilidade. Já o ouro apresenta forte valorização, de cerca de 8%, enquanto o petróleo acumula desvalorização no mês. 

Novembro já começa com uma Super-Quarta (01), com decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. Ambas decisões apresentam amplo consenso das expectativas, com manutenção nos EUA e queda de 50 bps no Brasil. Em Brasília, esperamos continuidade do avanço nas pautas econômicas do governo no Congresso, com destaque para a possível votação da reforma tributária no Senado no início do mês. Além disso, o mercado estará acompanhando se o governo encaminhará alguma emenda modificativa à LDO. Alterações significativas na meta de resultado primário podem fragilizar o arcabouço fiscal, o que levaria a uma abertura ainda mais acentuada da curva de juros futuros. 

No exterior, acompanhamos o desenrolar da guerra em Israel, a persistência do governo chinês em garantir o crescimento econômico via estímulos, a postura dos diretores do Fed em relação às próximas reuniões e a resolução do acordo do orçamento americano

Em relação à alocação, mantivemos a estratégia moderada para empresas inalterada para novembro. Entendemos que existem novos riscos para monitorarmos na conjuntura, mas que, no momento, as alocações conseguem se aproveitar das oportunidades disponíveis com o nosso cenário base. Ressaltamos que existe muita volatilidade no quadro atual, reforçando a necessidade do investidor estar de acordo com seu perfil de investimento. 

Este material de divulgação foi elaborado pela Órama DTVM S.A.. A estratégia cima divulgada foi elaborada de acordo com o momento econômico e de mercado, congregando métricas de diversos tipos de risco, como aqueles calculados por prazo, modalidade de investimento, dentre outros, que podem mudar de tempos em tempos, inclusive a exclusivo critério da Órama. A estratégia disponibilizada não leva em consideração os objetivos de investimento, situação financeira, assunção de riscos ou necessidades pessoais de um tipo de investidor em específico e não deve ser considerada para estes fins. Recomendamos o preenchimento do seu perfil de investidor antes da realização de investimentos, bem como que entre em contato com seu assessor para orientação com base em suas características e objetivos pessoais. Investimentos nos mercados financeiros e de capitais estão sujeitos a riscos de perda superior ao valor total do capital investido. O resultado da estratégia pode ser diferente e variar de acordo com os ativos alocados pelo investidor. RENTABILIDADE PASSADA NÃO REPRESENTA GARANTIA DE RENTABILIDADE FUTURA. AS RENTABILIDADES DIVULGADAS NÃO SÃO LÍQUIDAS DE IMPOSTOS E TAXAS DE ENTRADA, DE SAÍDA OU DE OUTRAS TAXAS, QUANDO APLICÁVEL. FUNDOS DE INVESTIMENTO NÃO CONTA COM GARANTIA DO ADMINISTRADOR, DO GESTOR, DE QUALQUER MECANISMO DE SEGURO OU DO FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITOS – FGC. Leia a lâmina de Informações essenciais dos fundos, se houver, e o regulamento antes de investir, bem como informações sobre quaisquer outros produtos, quando for o caso, no site www.orama. com.br. Este material tem propósito meramente informativo. A Órama não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações aqui divulgadas. As informações deste material estão atualizadas até 30/10/2023.
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