Prévia do PIB americano supera as expectativas na primeira leitura mas perspectiva de desaceleração permanece

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NESTA MANHÃ
  • Hoje o mercado acompanha a divulgação do índice de inflação do consumo americano (PCE), importante para balizar a trajetória inflacionária e os próximos passos do Fed. No Brasil, a divulgação dos dados de crédito do Banco Central é o destaque do dia. 
  • As bolsas na Ásia fecharam em alta, após o indicador de lucro industrial chinês registrar alta de 11,9% em setembro, na comparação anual, e em meio a sinais de que Wall Street poderá se recuperar de perdas recentes. Assim, o Xangai Composto subiu 0,99%, enquanto o Hang Seng avançou 2,08%, e o Nikkei fechou em alta de 1,27%.
  • As bolsas europeias operam majoritariamente em alta, à medida que um forte desempenho de ações de energia se sobrepõe à frustração com balanços da região. No entanto, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,01%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam alta na abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,87%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 1,90%, a US$ 88,70 o barril.
  • O ouro recua 0,05%, a US$ 1.983,80 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 34,2 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:30 EUA: Índice de Inflação do Consumo (PCE) (Set)
  • 09:30 Brasil: Dados de Crédito do Banco Central (Set)
  • 10:00 EUA: Discurso de Michael Barr, Vice-Presidente do Fed
  • 11:00 EUA: Índice de Expectativa de Inflação da Universidade de Michigan (Oct)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa fechou em alta de 1,73%, aos 114.776,86 pontos. Apesar da dinâmica negativa de Petrobras (PETR3: -0,74%, PETR4: -1,03%), após queda na casa de 2% do Brent e do WTI, o índice conseguiu se descolar da cautela externa que ainda fez efeito sobre as bolsas de Nova York. 

Os juros futuros recuaram ao longo de toda a curva, com mais intensidade nos vértices de médio e longo prazo. O movimento foi puxado pelos dados benignos sobre a inflação no Brasil e pela queda das taxas dos Treasuries após indicadores mostrarem alta de preços mais contida nos Estados Unidos.

O dólar fechou a sessão em baixa de 0,23%, aos R$4,9900. Apesar do avanço acima do esperado da primeira leitura do PIB americano, as taxas dos Treasuries recuaram com sinais de desaceleração inflacionária, abrindo espaço para apreciação da maioria das divisas emergentes e de países exportadores de commodities.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York registraram baixa, com a temporada de balanços em destaque. Algumas ações de peso, como Meta (NASDAQ: META -3,73%), caíram em meio a balanços e ao noticiário corporativo, e investidores também avaliaram os números do Produto Interno Bruto dos Estados Unidos, que cresceu acima do previsto no terceiro trimestre, mas com analistas em geral prevendo perda de fôlego adiante. Desse modo, o Dow Jones caiu 0,76%, o S&P recuou 1,18% e o Nasdaq teve baixa de 1,76%.

Os retornos dos Treasuries caíram, com dados do Produto Interno Bruto dos EUA apontando para uma economia resiliente, enquanto o núcleo do índice de preços para gastos de consumo pessoal trimestral recuou. 

O dólar avançou contra o iene e o euro, na esteira de manutenção de juros pelo Banco Central Europeu e de dados que reforçaram a resiliência da economia americana. Desse modo, o índice DXY fechou em alta de 0,07%, aos 106,602 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O IPCA-15 registrou alta de 0,21% em outubro, marginalmente acima das expectativas da Órama (0,19%) e da mediana do mercado (0,20%), que oscilava entre 0,14% a 0,34%. Em 12 meses, o índice acumula elevação de 5,05%, ante 5,00% em setembro.  Em nossa visão, o resultado foi positivo e contribui com a trajetória de arrefecimento dos serviços. Para saber mais, leia nosso relatório aqui.

INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR

O Banco Central Europeu (BCE) optou por manter as taxas de juros inalteradas no encontro de ontem, após 10 aumentos consecutivos. A decisão era altamente esperada pelo mercado. A presidente do BCE foi bastante tímida ao sugerir que os cortes nas taxas não estavam previstos, ao mesmo tempo em que reconheceu que a inflação caiu muito em setembro e que grande parte do aperto monetário ainda não atingiu a economia. 

O PIB americano cresceu 4,9% no terceiro trimestre, de acordo com a primeira leitura. O resultado veio mais forte do que a mediana das projeções dos analistas, que esperavam alta de 4,3%. 

Já o índice de preços das despesas de consumo (PCE), aumentou 2,9% no trimestre, após 2,5% no trimestre anterior. Ao mesmo tempo, o núcleo do PCE, que desconsidera preços de energia e alimentos, cresceu 2,4% no trimestre, desacelerando em relação à alta de 3,7% no trimestre anterior. 

Os novos pedidos de auxílio-desemprego cresceram 10 mil, na semana encerrada em 21 de outubro, para 210 mil. O resultado veio acima das expectativas dos analistas, que esperavam 208 mil novos pedidos. 

RESULTADOS CORPORATIVOS

A Vale (VALE3) reportou lucro líquido de U$2,836 bilhões no terceiro trimestre, uma queda em relação aos U$4,45 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. De acordo com a empresa, o principal resultado do lucro líquido no trimestre estaria relacionado ao ajuste de variação cambial acumulada em 2022, quando o câmbio ficava acima de R$5,20 e agora fica abaixo de R$5,00 na maior parte do tempo.

POLÍTICA NO BRASIL

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez um pedido ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para acelerar a análise da elevação das receitas federais. O movimento é feito a pouco tempo do fim do ano e enquanto o chefe da equipe econômica mantém a promessa prevista nas peças orçamentárias de buscar a eliminação do déficit das contas públicas em 2024. O objetivo de Haddad é fazer com que o projeto de lei que trata da subvenção do ICMS avance no Congresso. (Folha)

O governo deve indicar o servidor Rodrigo Alves Teixeira para uma das duas diretorias do Banco Central que ficarão vagas na virada do ano. Ele deve assumir o comando da área de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta como substituto de Maurício Moura. Teixeira é secretário especial adjunto de Análise Governamental na Casa Civil e é professor do departamento de economia da PUC-SP. (Folha)

O líder do União Brasil na Câmara, o deputado Elmar Nascimento, afirmou que o relatório preliminar da LDO deverá ser votado em comissão na próxima semana. A previsão, segundo o parlamentar, é que o texto possa ser votado pelo Congresso na semana do dia 20 de novembro. (Folha)

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que a equipe econômica ainda tem “algumas medidas”, que “não são muitas”, mas que poderão ser anunciadas caso haja frustração das receitas previstas para 2024. (Valor)

PAINEL DE COTAÇÕES

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