Dados do mercado de trabalho americano devem preparar terreno para Payroll

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NESTA MANHÃ
  • Hoje o mercado deve acompanhar com atenção a divulgação dos dados do mercado de trabalho americano coletados pela ADP. O indicador deve alinhar as expectativas para o Payroll de sexta-feira (06). Além disso, teremos os PMIs de serviços dos Estados Unidos e do Brasil. Por fim, a reunião da OPEC deve trazer novos direcionamentos para o futuro da produção mundial de petróleo, impactando diretamente os preços do futuro da commodity. 
  • As bolsas na Ásia fecharam em forte baixa, acompanhando Wall Street, que ontem sofreu expressivas perdas após novos sinais de que os juros nos EUA deverão permanecer em níveis elevados por mais tempo. O índice Hang Seng fechou em queda de 0,78%, enquanto o Nikkei caiu 2,28%. Na China, os mercados seguem fechados devido ao feriado da Semana Dourada. 
  • Na Europa, as bolsas europeias ensaiam recuperação, depois de uma abertura negativa, enquanto investidores avaliam os PMIs de serviços da região melhores do que o esperado e monitoram um relativo alívio no avanço dos rendimentos dos Treasuries. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avançava 0,32%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam abertura mista para o pregão.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,93%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 1,01%, a US$ 88,29 o barril.
  • O ouro recua 0,02%, a US$ 1.822,59 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 27,7 mil.
AGENDA DO DIA
  • 07:00 Encontro da OPEC
  • 09:15 EUA: Dados de emprego do ADP (Set)
  • 10:00 Brasil: PMI S&P de Serviços (Set)
  • 10:45 EUA: PMI S&P de Serviços (Set)
  • 11:00 EUA: Encomendas da Indústria (Ago)
  • 11:00 EUA: PMI ISM de Não-Manufatura (Set)
  • Feriado na China

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Em mais uma rodada de pressão decorrente da escalada dos juros de mercado nos Estados Unidos, o Ibovespa recuou 1,42%, aos 113.419,04 pontos. Foi o menor fechamento do índice da B3 e também a primeira vez que o Ibovespa encerrou abaixo de 114 mil pontos, desde 05 de junho. 

Os juros futuros tiveram novo dia de alta expressiva, mais uma vez determinada pelo exterior. A elevação das taxas se deu em todos os horizontes, afetadas pela resposta do mercado ao relatório JOLTs muito acima do esperado, que ampliou as chances de mais aumento de juros pelo Fed até janeiro. 

O dólar fechou em alta, variando 1,73%, aos R$5,1540, também puxado pela aversão ao risco no exterior. Nos dois primeiros pregões de outubro a moeda já acumula valorização de 2,54%.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam com baixas consideráveis, com as ações sendo pressionadas pela perspectiva de política monetária restritiva por mais tempo e pela consequente escalada dos juros dos Treasuries, após o relatório JOLTs mais forte do que o esperado. Nesse sentido, o índice Dow Jones fechou em queda de 1,29%, o S&P recuou 1,37% e o Nasdaq caiu 1,87%.

Os juros dos Treasuries retomaram a escalada às máximas em vários anos na ponta longa, com os investidores ponderando os próximos passos de política monetária do Fed, a situação fiscal americana e a resiliência da economia dos Estados Unidos. Além desses eventos, houveram discursos de diretores do Fed ao longo do dia.

O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, afirmou que houve progresso significativo na luta contra a inflação, mas notou que o caminho até a meta pode ser “acidentado”. Ao mesmo tempo, Loretta Mester, presidente do Fed de Cleveland, disse que apoiaria outro aumento na próxima reunião do Fed, em novembro, se a economia tiver o mesmo desempenho que apresentava na época do encontro de setembro. É importante ressaltar, no entanto, que nenhum dos dois membros vota nas reuniões deste ano.

O índice DXY fechou em alta de 0,11%, aos 107,000 pontos. O dólar seguiu a escalada de valorização ante rivais no exterior em meio à elevação dos juros dos Treasuries.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

A produção industrial do Brasil avançou 0,4% em agosto, abaixo das expectativas do mercado que indicavam alta de 0,5%, mas dentro do intervalo que variava entre -0,3% e +1,1%. Na comparação com agosto de 2022, o indicador apresentou elevação de 0,5%, menor do que as expectativas de uma alta de 0,9%, embora também dentro do intervalo, que oscilava entre -0,5% e +1,7%. No acumulado de 12 meses, a produção industrial ficou levemente negativa, recuando 0,1%. Para saber mais, leia nosso relatório aqui.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

De acordo com o relatório JOLTs, a abertura de postos de trabalho nos Estados Unidos subiu para 9,61 milhões em agosto, resultado bem acima do esperado por analistas consultados pela FactSet (8,9 milhões).

POLÍTICA NO BRASIL

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pretende colocar em votação propostas importantes para o ministro da Fazenda, como já foi feito com o Marco das Garantias ontem (03). A ideia é que, além de testar sua força em meio à obstrução de parlamentares da oposição e da provável resistência de bancadas temáticas, Lira mira o avanço dos textos para ampliar a pressão que já vem fazendo sobre o presidente Lula por mais espaços no governo para o Centrão. (Valor)

A Câmara aprovou o Marco das Garantias, que facilita a execução de dívidas por bancos e permite que um mesmo imóvel seja usado como garantia em mais de um empréstimo. O modelo já existe em outros países e, enquanto apoiadores alegam que ela ampliará o acesso dos brasileiros a diferentes tipos de financiamento, críticos dizem que pode ampliar o endividamento. A proposta agora segue para sanção da presidência. (Folha)

O deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) desistiu de incorporar mudanças no mecanismo dos Juros sobre Capital Próprio ao projeto de lei (PL) da tributação das offshores. A equipe econômica foi pega de surpresa pela sugestão do parlamentar e não conseguiu elaborar uma proposta calibrada que não gerasse ruídos para aprovar o restante das medidas de ajuste fiscal. Assim, o parecer do projeto foi protocolado ontem à noite (03), mas sem a parte referente ao JCP. A previsão é que o texto seja votado no plenário da Câmara hoje (04). (Valor/Folha)

O presidente Lula sancionou a lei com as regras do Desenrola Brasil. A lei também dá 90 dias para as instituições do sistema financeiro definirem um patamar de juros para as dívidas no cartão de crédito. A conclusão da votação da proposta no Congresso foi feita às pressas por conta de alerta da equipe econômica de que o programa poderia ser paralisado com o vencimento da Medida Provisória. (Folha)

PAINEL DE COTAÇÕES


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