Em dia de agenda esvaziada, mercado deve ser movimentado pelas decisões de política monetária de ontem

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, diante da agenda esvaziada, a bolsa deve ser movida pelas decisões de política monetária de ontem no Fed e no BCB, e pela conjuntura internacional. 
  • As bolsas na Ásia fecharam em baixa generalizada, um dia após o Fed optar pela manutenção das taxas de juros. O Xangai Composto caiu 0,77%, o Hang Seng recuou 1,29% e o Nikkei fechou em queda de 1,37%. 
  • Na Europa, as bolsas europeias operam em baixa. Na agenda, hoje o foco é na decisão de política monetária do Banco da Inglaterra. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 1,07%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam queda na abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,47%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 1,05%, a US$ 92,55 o barril.
  • O ouro recua 0,35%, a US$ 1.925,03 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 26,8 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:00 Reino Unido: Decisão de Política Monetária
  • 09:30 EUA: Pedidos por Seguro-Desemprego
  • 09:30 EUA: Índice de Manufatura do Fed de Filadélfia
  • 11:00 EUA: Venda de Casas Existentes
  • 11:00 Europa: Confiança do Consumidor – Preliminar
  • 11:00 Europa: Discurso de Christine Lagarde, membro do Banco Central Europeu

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa fechou em alta de 0,72%, aos 118.695,32 pontos. O índice, que operava um ganho na casa de 1,3% antes do Fed, reagiu pouco à relativa deterioração de Nova York a partir do meio da tarde, com os sinais emitidos pelo BC americano. O destaque positivo na sessão foi para Azul (AZUL4: +11,75%), com a elevação da recomendação do Goldman Sachs, de “neutra” para “compra”. 

Os juros futuros fecharam o dia de lado. Na maior parte da sessão as taxas estiveram em baixa, mas zeraram o recuo no fim da tarde. A curva dos Treasuries continuou servindo como referência principal, tendo sua trajetória replicada nas taxas da B3. 

O dólar fechou em alta de 0,15%, aos R$4,88. O movimento se deu em meio a ganhos da moeda americana no exterior, em especial em relação à divisas fortes, e a novas máximas das taxas dos Treasuries de 2 anos, enquanto investidores digeriam as declarações de Jerome Powell.

EXTERIOR

As bolsas de NY fecharam em queda, com deterioração das ações de tecnologia na reta final do pregão, após o Fed decidir manter juros, mas sinalizar chance de mais aperto monetário. O índice Dow Jones  recuou 0,22%, o S&P caiu 0,94% e o Nasdaq recuou 1,53%.

As taxas dos Treasuries de curto prazo subiram com força ao fim do pregão, com o rendimento projetado no papel de 2 anos chegando ao pico desde 2006, após a decisão do Fed. Houve alta também na taxa do T-note de 10 anos, mas queda no rendimento do T-bond de 30 anos. 

O dólar reverteu as perdas do início do dia e se fortaleceu ao fim da tarde em comparação com rivais, após a decisão do Fed. Nesse sentido, o DXY subiu 0,20%, a 105,367 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

Dando continuidade ao processo de distensão monetária, o Copom reduziu em 0,50 p.p. a taxa Selic, para 12,75% a.a. A decisão dos diretores do Banco Central (BC) foi unânime e sem surpresas, uma vez que na reunião anterior o Comitê havia sugerido que faria esse movimento.

 No comunicado pós-encontro, o Comitê sinalizou que em seus próximos passos avaliará os desdobramentos da inflação, salientou o balanço de riscos como de costume, a situação da inflação global, o hiato do produto mais apertado e apontou que novas quedas acontecerão em sequência, provavelmente na mesma magnitude, o que vai ao encontro de nossas expectativas. Leia o comentário completo da Órama aqui.

INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA

Sem surpresas, o FOMC (Comitê de Política Monetária do Fed) manteve a taxa de juros do Fed na faixa de 5,25% a 5,50%. A decisão já estava amplamente precificada pelo mercado e em linha com as expectativas da Órama. 

Em relação à sua próxima reunião, o FOMC afirma que há necessidade de monitorar as novas informações e suas implicações sobre a economia, o que deixa a porta entreaberta para novas elevações, pouco prováveis em nossa visão. Nosso cenário é que o Comitê mantenha os juros nesse patamar até, pelo menos, o 2º trimestre de 2024 caso a trajetória econômica prevista se consolide. Leia o comentário completo da Órama aqui.

POLÍTICA NO BRASIL

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, foi à Câmara para se reunir com a bancada do PP e falar sobre as pautas de interesse do governo no Congresso. Para o segundo semestre, Padilha afirmou que a prioridade é o foco na aprovação de medidas para baratear o custo de crédito no país. com destaque para o Marco Legal das Garantias, que pode ser votado na próxima semana, e a criação de Debêntures de Infraestrutura, aprovada na Câmara, mas que recebeu modificações no Senado. (Valor)

A relatora do projeto de lei que regulamenta o mercado de carbono, Leila Barros (PDT-DF), apresentou uma nova versão do seu parecer à Comissão de Meio Ambiente do Senado. Ela acatou sugestões da bancada ruralista para tentar viabilizar a aprovação da matéria. Entre as modificações, Barros abriu uma brecha para excluir o setor agropecuário como setor regulado. Em conclusão, a votação do texto está prevista para a próxima semana. (Valor)

A nova fase do Desenrola vai renegociar até R$161,3 bilhões em dívidas de brasileiro com renda até dois salários mínimos, cujo saldo devedor não ultrapasse os R$20 mil. A prioridade do governo é promover a repactuação de dívidas de até R$5 mil, que somam R$78,9 bilhões e estão distribuídas em 65,9 milhões de contratos. (Folha)

Com os ministros recém-nomeados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PP e Republicanos ainda representam uma base instável para o governo no Congresso. Um levantamento feito pelo GLOBO mostra que só um quinto dos parlamentares de ambas as siglas declara apoio a pelo menos uma das três das principais pautas do Planalto que devem ser votadas nos próximos meses: a PEC dos Militares, os vetos presidenciais ao arcabouço e as taxações de offshores. (O Globo)

PAINEL DE COTAÇÕES


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