Agenda esvaziada direciona atenção para o exterior

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, na volta do feriado, a agenda esvaziada no Brasil deve fazer com que a bolsa seja guiada pelo ânimo externo. À noite a China divulga o PPI e o CPI, trazendo mais informações sobre a conjuntura inflacionária do país. 
  • As bolsas na Ásia fecharam em queda hoje, após o crescimento aquém do esperado da economia japonesa e com as persistentes incertezas sobre a atividade chinesa. O Xangai Composto caiu 0,18%, o Nikkei recuou 1,16% e no caso de Hong Kong, as negociações foram suspensas por conta de chuvas torrenciais que atingiram a cidade. 
  • O PIB japonês avançou 1,2% no primeiro trimestre, após o dado preliminar indicar alta de 1,5%. Na leitura anual, o resultado foi de 4,8%, decepcionando em relação à prévia de 6% e em relação à alta de 5,6% projetada pelo mercado. 
  • Na Europa, as bolsas apagaram os ganhos verificados na abertura e operam em queda no pregão, em um ambiente marcado por incertezas sobre a economia global e a trajetória de inflação. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,58%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam queda na abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,34%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 0,16%, a US$ 89,78 o barril.
  • O ouro sobe 0,23%, a US$ 1.924,84 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 26 mil.
AGENDA DO DIA
  • 22:30 China: CPI (Ago)
  • 22:30 China: PPI (Ago)
  • Feriado em Hong Kong

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Na quarta-feira (06), antes do feriado no Brasil, o Ibovespa fechou em queda de 1,15%, aos 115.983,53 pontos, impactado pela cautela no exterior. O dia foi marcado pela forte alta do petróleo Brent após a confirmação de redução da oferta da commodity por parte da Rússia e Arábia Saudita. No cenário doméstico, as discussões em torno do limite imposto aos juros do crédito rotativo prejudicaram a performance dos bancos na sessão. 

Os juros futuros fecharam perto da estabilidade, com viés de queda até o trecho intermediário e de alta nos vencimentos de longo prazo. As taxas de juros futuras reduziram o ímpeto da queda à tarde, quando indicadores de atividade americanos surpreenderam para cima e deram força para as apostas de alta de juros pelo Fed ainda esse ano. 

O dólar fechou em alta de 0,18%, a R$4,9840. No exterior, houve mais uma rodada de valorização do dólar em relação às divisas emergentes e de países exportadores em commodities, dada a perspectiva de um aperto monetário americano por mais tempo do que se esperava.

EXTERIOR

Ontem (07), teve pregão nos EUA e as bolsas de Nova York fecharam mistas, em sessão marcada por sinais de resiliência do mercado de trabalho americano, que reforçou a perspectiva de uma política monetária restritiva por mais tempo. O índice Dow Jones fechou em alta de 0,17%, o S&P caiu 0,32% e o Nasdaq recuou 0,89%.

Os juros das Treasuries fecharam em queda, enquanto investidores ponderam sobre a expectativa de mais aperto monetário pelo Fed. O recuo dos rendimentos respondeu à percepção de enfraquecimento da economia global após dados fracos da China e da zona do euro. 

O índice DXY fechou em alta de 0,18%, a 105,059 pontos. Houve queda do dólar ante o iene, mas alta em relação à libra e ao euro diante dos dados que revelaram a resiliência da economia americana e a desaceleração da zona do euro.

INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR 

As exportações da China diminuíram menos que o esperado em agosto, apontando para um melhor apetite externo por produtos chineses. As remessas de saída caíram 8,8% em relação ao ano anterior, enquanto a expectativa dos analistas entrevistados pelo The Wall Street Journal  era de queda de 10%. Ao mesmo tempo, as importações caíram 7,3% em agosto, resultado acima da queda esperada de 9,7%, o que se refletiu em um superávit comercial de U$68,36 bilhões, inferior ao saldo de U$73,8 bilhões esperado pelos economistas. 

O PIB da zona do euro cresceu 0,1% no segundo semestre ante o primeiro, de acordo com a revisão do indicador divulgada pela Eurostat. A leitura anterior havia apontado crescimento de 0,3%. A Eurostat também ajustou o desempenho da atividade econômica da zona do euro no primeiro trimestre, de estagnação frente aos três meses anteriores para aumento de 0,1%.

Os pedidos por seguro-desemprego caíram a 216 mil na semana encerrada no dia 02 de setembro, uma queda de 13 mil em relação ao número revisado da semana anterior. O resultado veio abaixo do esperado pelos analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de 230 mil.

DISCURSOS DE BANQUEIROS CENTRAIS

O presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, indicou que não é a favor de alterar a meta de inflação do BC americano até que ela seja atingida. Ele disse: “eu acho que você tem que fazer seu trabalho antes de começar a falar que quer um trabalho diferente”

Indagado se as próximas decisões do Fed terão viés mais ou menos contracionista, o presidente do Fed de Nova York, John Williams, respondeu que a entidade precisa analisar os dados antes de sinalizar qualquer posição e tomar qualquer atitude. 

A presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan, disse que outra pausa nos aumentos de juros pode ser apropriada na decisão de política monetária deste mês. Entretanto, ela frisou que isso não significaria o fim do ciclo monetário. Além disso, Logan fez questão de adicionar que os dados indicam que é cedo demais para afirmar que a inflação cairá a 2% em tempo hábil.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O IGP-DI de agosto subiu 0,05%, levando o indicador para -6,91% nos últimos 12 meses. No mês anterior, a variação tinha sido de -0,40%. No mês, o reajuste dos preços do diesel e da gasolina permitiram que o índice do produtor fosse maior do que se esperava. 

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de agosto de 2023, mostrou que a estimativa para a safra de grãos deste ano é de um aumento de 19,04% em relação à produção em 2022. Em comparação com a expectativa de julho, houve um aumento de 4,4 milhões de toneladas de grãos, o que representa uma safra recorde para o ano de 313,3 milhões de toneladas. A soja e o milho, principais commodities brasileiras, tiveram aumento na expectativa de produção no ano, de 1,56 e 2,56 milhões de toneladas, respectivamente. Para as duas, a perspectiva é de safra recorde. Para saber mais, leia o relatório completo aqui.

POLÍTICA NO BRASIL

A reforma ministerial de Lula finalmente avançou, trazendo os deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) para a Esplanada. Costa Filho ficou com o ministério de Portos e Aeroportos, fazendo com que Márcio França seja redirecionado ao futuro ministério da Micro e Pequena Empresa. Já o PP ficará com o Ministério dos Esportes. No comunicado da Secom não há o detalhamento das estruturas dos ministérios concedidos à Fufuca e Costa Filho, deixando em aberto as definições sobre o tema. (Valor)

De olho nas pautas prioritárias que precisa aprovar no Congresso, o governo deve atrasar por mais algumas semanas as negociações para a escolha dos novos presidentes da Caixa e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). A avaliação da articulação política é que a gestão petista precisa ter alguma “carta na manga” caso PP e Republicanos não entreguem os votos que se esperam deles após a primeira reforma ministerial de Lula. A preocupação ocorre após a afirmação do presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, ao dizer que o partido seguirá independente em relação ao governo, um dia após Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), se tornar o novo ministro dos Portos e Aeroportos. (Valor)

A ministra da Gestão, Esther Dweck, afirmou que o governo não tem pronta nenhuma proposta de reforma administrativa para apresentar ao Congresso. Dweck indicou ser possível fazer algumas coisas em relação ao tema, mas pontuou que nada será na linha da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) encaminhada ao Legislativo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. (Valor)

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a Advocacia Geral da União (AGU) vai constituir na semana que vem o comitê de conciliação com integrantes do governo para chegar a um consenso sobre o licenciamento do poço exploratório da Petrobras no litoral do Amapá. A criação do comitê, que trabalhará pelo prazo de 60 dias, deve ser formalizada pela AGU por meio de portaria. (Valor)

O deputado Zeca Dirceu (PT-PR), líder do PT na Câmara e relator do projeto que compensa os estados pela desoneração dos combustíveis no governo Bolsonaro, afirmou que discute com o governo e outros líderes para incluir no parecer um pagamento adicional do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) este ano e antecipar o pagamento aos governadores como forma de ajudá-los e ampliar o espaço fiscal para 2024.  Ainda não há um valor fechado para o auxílio, mas Dirceu disse que fazer esse pagamento adicional pode ser mais favorável à União do que aprovar projetos como a redução das alíquotas previdenciárias dos servidores municipais, com impacto de R$7,2 bilhões. (Valor)

O Desenrola Brasil, realizado pelo governo federal em parceria com bancos, negociou R$11,7 bilhões em dívidas em sete semanas. Até agora, o número de contratos negociados chega a 1,6 milhão, beneficiando 1,25 milhão de clientes. Além disso, houve a retirada do nome de mais de 6 milhões de consumidores, que tinham dívida de até R$100, dos cadastros de inadimplentes (Folha)

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