Produção Industrial – Julho 2023

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A produção industrial recuou 0,6% em julho, abaixo das expectativas do mercado que indicavam queda de 0,3%, mas dentro do intervalo que variava entre -1,1% e +0,4%. Na comparação com julho de 2022, o indicador apresentou queda de 1,1%, mais intensa do que o antecipado (-0,4%), embora também dentro do intervalo, que oscilava entre -1,6% e +0,9%. No acumulado de 12 meses, a produção industrial ficou estável. 

Dentre as atividades investigadas na pesquisa, 16 das 25 caíram no mês. As maiores contribuições vieram de Farmoquímicos e farmacêuticos (8,2%) – após quedas de 9,3% e de 8,6% em maio e junho, respectivamente -, Produtos alimentícios (0,9%) e Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,7%). Na outra ponta, dentre as principais atividades em queda, se destacaram: Indústrias extrativas (-1,4%), Veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,5%), Equipamentos de informática, Produtos eletrônicos e ópticos (-12,1%) e Máquinas e equipamentos (-5,0%). 

A leitura com queda tanto na indústria extrativa (-1,4%) quanto na de transformação (-0,4%) reforçam nosso cenário de desaceleração da indústria no ano. Vimos que a perda de tração foi generalizada, dando continuidade ao movimento do mês anterior. A indústria de transformação, que é a mais influenciada pela política monetária contracionista, apresentou, dentre os sete meses investigados no ano, queda em seis deles, com exceção apenas em março. 

Desse modo, mantemos nossa expectativa de uma indústria morna em 2023. Para o PIB, permanecemos com a projeção de 3,1% no ano, alterada depois do resultado do 2º trimestre.

Alexandre Espírito Santo – Economista-Chefe
Eduarda Schmidt – Analista de Macroeconomia

Alexandre Espirito Santo – Economista-Chefe
Eduarda Schmidt – Analista de Macroeconomia

Para ver as outros indicadores macroeconômicos, acesse nossas projeções.


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