Mercado aguarda divulgação do IPCA-15 e discursos dos presidentes do Fed e do BCE

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NESTA MANHÃ
  • Hoje o dia é o mais aguardado da semana para o mercado, com a divulgação do IPCA-15 de agosto (expectativa 0,16%) e os discursos dos presidentes do Fed, Jerome Powell, e do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, no Simpósio de Jackson Hole. A expectativa é que os eventos deem alguma direção dos próximos passos dos respectivos bancos centrais.
  • As bolsas na Ásia fecharam em queda, com expectativa por novos sinais da política monetária americana no Simpósio de Jackson Hole, e de eventuais estímulos econômicos do governo chinês. O Xangai Composto caiu 0,59%, o Nikkei caiu 2,05%, e o Hang Seng recuou 1,40%.
  • Na Europa, as bolsas abriram em quadro misto. Os indicadores fracos da Alemanha reforçam a perspectiva de um BCE menos duro na política monetária. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 1,06%.
  • O PIB do segundo trimestre da Alemanha ficou estagnado, em relação ao primeiro trimestre, como esperado por analistas. Na comparação anual, o PIB alemão recuou 0,2%, ante uma expectativa de recuo de 0,6%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street indicam abertura positiva. 
  • O rendimento do T-Notes de 10 anos está em 4,31%
  • Os contratos futuros do Brent sobem 1,19%, a US$ 84,35 o barril.
  • O ouro recua 0,03%, a US$ 1.917,06 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 26 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:00 Brasil: Confiança do Consumidor (Ago)
  • 08:30 Brasil: Balanço de Pagamentos (Jul)
  • 09:00 Brasil: IPCA-15 (Ago)
  • 11:00 EUA: Confiança do Consumidor de Michigan
  • 11:05 EUA: Discurso de Jerome Powell, Presidente do Fed
  • 15:00 Europa: Discurso da Christine Lagarde, Presidente do BCE

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

A bolsa fechou com perda de 0,94%, aos 117.025,60 pontos. Com poucos catalisadores para orientar os negócios, o Ibovespa devolveu parte dos ganhos das duas sessões anteriores. 

Os juros futuros fecharam em baixa, na contramão da alta do dólar e dos retornos das Treasuries. Num dia sem agenda relevante, o pano de fundo para o bom desempenho do mercado continua sendo a melhora da percepção de risco político e fiscal após a aprovação do arcabouço na Câmara, que desencadeou uma correção da escalada das taxas de juros. 

O dólar fechou em alta de 0,51%, em R$4,8800. O dia foi marcado pelo sinal predominante de alta da moeda americana no exterior e queda dos preços de commodities metálicas. 

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em queda, após dirigentes do Fed indicarem apoio por juros restritivos no primeiro dia do Simpósio de Jackson Hole, na véspera do discurso do presidente da autoridade monetária. A cautela reverteu o impulso gerado pelo balanço positivo de Nvidia. O índice Dow Jones caiu 1,09%, o S&P recuou 1,35% e o Nasdaq perdeu 1,87%.

Os rendimentos dos Treasuries avançaram, também afetados diretamente pelas falas dos dirigentes do Fed sinalizando a intenção de manter juros restritivos por um longo tempo. A presidente do Fed de Boston, Susan Collins, reconheceu sinais promissores no combate à inflação, mas evitou descartar novo aperto monetário. Além dela, o líder regional da Filadélfia, Patrick Harker, comentou que espera manutenção da postura atual. 

Por fim, o dólar avançou frente aos rivais diante das falas mais duras dos dirigentes do Fed. O índice DXY fechou com alta de 0,54%, a 103,982 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR

O Índice Nacional de Atividade do Fed de Chicago subiu para 0,12 em julho. A leitura acima de zero sugere que a atividade econômica cresceu acima da tendência histórica média, indicando crescimento para o mês. 

Os pedidos de seguro-desemprego caíram em 10 mil na semana passada, em relação à semana anterior, para 230 mil. O resultado veio abaixo do esperado por analistas, de 240 mil pedidos. 

As encomendas de bens duráveis de julho caíram 5,2%, ou U$15,5 bilhões, de acordo com dados do Departamento de Comércio dos Estados Unidos. O número foi bem abaixo do projetado por alguns economistas, que previam queda menor, de 4%.

POLÍTICA NO BRASIL

Depois de ver a ação do Planalto para blindar o Ministério do Desenvolvimento Social, o PP fez chegar ao governo Lula a mensagem de que deseja ocupar o Ministério da Agricultura, hoje ocupado por Carlos Fávaro (PSD-MT). O PP insiste em assumir uma pasta com mais entregas na ponta, o que justificaria as recusas ao Ministério da Ciência e Tecnologia e ao Ministério da Micro e Pequena Empresa. (Estadão)

Após emitir parecer que descarta a necessidade de uma Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) para a perfuração de um poço exploratório na Margem Equatorial, a AGU seguirá mediando a disputa entre a Petrobras e o Ibama em torno do projeto. Após a decisão da AGU, aumentou-se a confiança de que a licença poderá sair e, se confirmada a existência de óleo, iniciar a exploração das reservas. (Valor)

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou que a taxação de rendimento no exterior tem chance de ser aprovada se o Ministério da Fazenda mantiver o acordo para retirada de variação cambial e alíquotas regressivas, ou seja, quanto maior o prazo em que rende, menor o percentual cobrado. (O Globo)

O relator da Reforma Tributária, senador Eduardo Braga, pretende fazer algumas mudanças no texto da reforma encaminhado pela Câmara. Algumas delas são: 

  • a redução do imposto que seria cobrado de advogados, engenheiros e profissionais liberais;
  •  a inclusão no texto da Constituição pontos que a Câmara remeteu por Lei Complementar; 
  • e que o percentual máximo dos impostos fique como comando constitucional, uma alíquota alta o suficiente para financiar o país, mas baixa a ponto de evitar a sonegação. (O Globo)

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) informou que trabalha em uma proposta de ampliação do limite de faturamento para enquadramento de Microempreendedor Individual (MEI). Atualmente, o teto anual é de R$81 mil e a pasta quer expandir para R$144,9 mil. No entanto, o valor da renúncia fiscal com a ampliação do limite não foi informado pelo ministério, mas a renúncia atual já alcança R$5,2 bilhões, de acordo com dados da Receita Federal. (Valor)

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